Jornalista da Globo morre devido complicações de um AVC
O famoso jornalista, escritor e cineasta Arnaldo Jabor faleceu na madrugada de uma terça-feira, 15 de fevereiro, aos 81 anos e deixou o país chocado com sua partida. Uma assumidade intelectual, sua perda é irreparável no meio do jornalismo e artístico do país.
Considerado um verdadeiro artista nato, Arnaldo Jabor estava internado desde o dia 17 de dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). As informações foram divulgadas em primeira mão pela Folha de S. Paulo.
De acordo com a família do jornalista, Arnaldo Jabor faleceu por volta da meia-noite, do dia 14 para 15 de fevereiro, em decorrência de complicações gravíssimas do AVC sofrido. No final de dezembro, o boletim médico apontou que o cineasta havia tido uma melhora progressiva do quadro neurológico e se encontrava em plena consciência.
Devido a gravidade de sua doença, Arnaldo Jabor não resistiu e, na manhã daquela terça-feira, a ex-mulher do jornalista, a senhora Villas Boas, declarou seus sentimentos. “Jabor virou estrela, minha filha perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro”, disse emocionada.
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O cineasta e jornalista, Arnaldo Jabor, deixa sua única filha, Carolina Jabor, que também atua como diretora e produtora audiovisual, fruto do relacionamento com Villas Boas.
CARREIRA DE DESTAQUE PREMIADA
Arnaldo Jabor teve uma carreira brilhante dedicada ao cinema, à literatura e ao jornalismo. Em 1960, o jornalista fez parte do cinema novo, um movimento cinematográfico brasileiro que tinha como objetivo criticar a desigualdade social no país. Seu primeiro longa foi “A Opinião Pública” (1976).
No cinema, Arnaldo Jabor dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Além de ser cronista e jornalista. Como comentarista, se tornou ainda mais conhecido por suas críticas ácidas, bem humoradas e reflexivas nos telejornais da TV Globo desde 1990.
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Arnaldo Jabor dominava todas as áreas em seus comentários, fosse sobre política, cinema, filosofia e relacionamentos, ganhando sempre um espaço especial, fosse no “Jornal Nacional”, no “Jornal da Globo”, no “Jornal Hoje” ou no “Fantástico”.
Premiado, Arnaldo Jabor chegou a ganhar quatro condecorações: o Urso de Prata, no Festival de Berlim, por “Toda Nudez Será Castigada”, o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, também pelo mesmo filme, o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por “O Casamento e o Candango” de Melhor Filme e no Festival de Brasília, por “Tudo Bem”.
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