AIDS: A morte irreparável de galã no auge da carreira, par romântico de Glória Pires, após luta contra o HIV

Par romântico de Glória Pires em várias tramas da Globo acabou nos deixando após lutar contra o vírus da AIDS, deixando o Brasil devastado com a notícia

Conforme já dissemos em matérias anteriores, a Globo é uma das maiores referências quando o assunto é novelas.

Com um time de atores renomados, há anos ela emociona e encanta telespectadores com suas tramas recheadas de reviravoltas, momentos cômicos e romances de tirar o fôlego.

Par oficial de Glória Pires

Entre tantos nomes, temos o de Lauro Corona, galã marcante das telinhas do Plim-Plim e que protagonizou inúmeros pares românticos com Glória Pires, uma das maiores musas da TV.

De acordo com o portal Wiki, entre tantas novelas, duas consolidaram a parceria dos dois em cena:

• “Dancin’ Days” (1978) – Novela de maior sucesso da TV Globo, escrita por Gilberto Braga. Na trama, Lauro Corona interpretou Beto, e Glória Pires viveu Marisa, ambos formavam o casal mais amado pelos noveleiros de plantão na época

• “Louco Amor” (1983) – Também escrita por Gilberto Braga e que mais uma vez apostou a sintonia dos atores, dando o papel de Luís Carlos e Patricia para Lauro e Glória. O que resultou mais uma vez em uma química maravilhosa que fazia o público pirar

Desde então, ambos acabaram se destacando como “pares oficiais”.

Infelizmente, esse ator tão querido acabou morrendo em 20 de julho de 1989, aos 32 anos, após lutar contra o vírus da AIDS.

O que causou profunda tristeza entre todos que acompanhavam o trabalho do galã.

Trajetória

De acordo com o portal TV História, o ator nasceu em 6 de julho de 1957, Rio de Janeiro.

Lauro Corona começou sua carreira como modelo, mas rapidamente migrou para o teatro e estreou na TV, tornando-se um dos atores mais promissores da época.

A primeira aparição de Lauro na televisão foi em 1977, em um episódio do programa Caso Especial, da Globo.

No ano seguinte, ele já estava em sua primeira novela, Dancin’ Days (1978), um dos grandes sucessos da teledramaturgia.

A partir daí, ele seguiu uma trajetória de ascensão, participando de novelas importantes como Os Gigantes (1979), Baila Comigo (1981), Elas por Elas (1982), Louco Amor (1983) e Corpo a Corpo (1984).

Além de ator, Lauro também se aventurou como apresentador, mostrando sua versatilidade na televisão brasileira.

Últimos trabalhos

No ano de 1987, Lauro Corona viveu Adriano Monserrat na novela Direito de Amar, um dos mais marcantes de sua carreira, consolidando-o de vez como um galã da teledramaturgia.

Porém, devido ao seu estado de saúde ele precisou parar de atuar, tendo a novela Vida Nova como seu último trabalho.

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, Vida Nova estreou em novembro de 1988 e contou com Lauro Corona no papel do aventureiro português Manoel Victor.

Entretanto, infelizmente, a trama não teve grande aceitação do público e ficou marcada pela despedida oficial de Lauro nas telinhas.

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A luta contra a Aids

De acordo com o Tv História, Corona enfrentava complicações decorrentes ao vírus da AIDS, doença que cercada de preconceitos e desinformação na época.

A saída de Lauro da novela foi justificada por uma cena emocionante: seu personagem, Manoel Victor, foi embora em uma noite chuvosa, declamando um poema de Fernando Pessoa.

A cena comoveu o país, pois o público já tinha conhecimento do momento delicado e doloroso vivido pelo ator.

Após o afastamento da novela, o ator se isolou em uma chácara em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Em busca de tratamento e privacidade, o ator achou melhor se preservar apesar da expectativa gerada pelo público de que ele pudesse retornar à novela, mas isso não se concretizou.

O triste adeus

Em menos de três meses depois do último capítulo de Vida Nova ir ao ar, Lauro Corona não resistiu e faleceu, no dia 20 de julho de 1989, aos 32 anos.

Na época, sua família negou a doença, e o médico responsável, Carlos Alberto Morais de Sá, afirmou que era proibido de comentar o assunto.

Conforme dissemos, naquele contexto histórico, a doença ainda era cercada de preconceitos, fazendo do assunto um grande tabu.

Além disso, o velório foi marcado por muita comoção, mas também por silêncio por parte da família, que se recusou a falar com a imprensa.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a mãe do ator, Maria Alice del Corona, teria dito “graças a Deus” pelo fim do sofrimento do seu filho, que a partir dali, descansava em paz.

O que aconteceu no enterro de Lauro Corona?

A morte de Lauro Corona gerou uma certa polêmica quando o também ator, Carlos Augusto Strazzer, proferiu críticas à imprensa.

Segundo Strazzer, a cobertura midiática teria agravado o estado de saúde de Corona: “Repórteres e editores devem por as mãos na consciência”.

O enterro do ator, realizado no Rio de Janeiro, também foi palco de alguns momentos de tensão.

Durante o sepultamento, a mãe de Lauro se revoltou contra fotógrafos e repórteres, criticando a exposição midiática em um momento tão delicado e doloroso.

Conclusão

Lauro Corona, grande nome da televisão brasileira dos anos 70 e 80, teve uma carreira promissora interrompida precocemente pela AIDS.

Sua luta contra a doença e a forma como a enfrentou, mesmo em meio ao preconceito e à desinformação da época, fizeram dele uma figura ainda mais amada em todo o país.