MARCOU A HISTÓRIA!

Morte, pedido de falência e tomada por rival: Fim de 3 varejistas nº1 das donas de casa devasta RJ:

23/04/2025 às 4h00

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Varejistas foram extintas após falências, crises e até assassinato, no RJ (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

Relembre a história de três gigantes do varejo que desmoronaram: falência, assassinato e disputas marcaram o fim de impérios do setor

Os supermercados sempre ocuparam um papel vital na estrutura econômica e social das grandes cidades brasileiras, uma vez que abastecem lares e garantem a manutenção alimentar de milhões de famílias.

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Ainda mais para as donas de casa, as quais costumam ser as primeiras a organizar diariamente o orçamento do lar e ao mesmo tempo manter a mesa farta.

No entanto, a história de algumas das redes mais icônicas do Brasil e do mundo revelou que nem sempre tamanho sucesso é suficiente para resistir a crises financeiras, disputas familiares ou mudanças no mercado, impactando assim não apenas o setor como os seus consumidores.

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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal ExameG1, Origem das Marcas e portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco separou 3 dos casos mais chocantes envolvendo grandes redes do setor, os quais desolaram o Rio de Janeiro.

Sendas: Fim marcado pela tragédia:

A história do Sendas começou ainda nos anos 20, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, quando o imigrante português Manoel Antônio Sendas fundou o primeiro armazém da família:

Leia também:

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  • O pequeno negócio prosperou e, após a morte do patriarca em 1951, o comando passou para o jovem Arthur Sendas, com apenas 16 anos.
Antiga unidade do Sendas
Antiga unidade do Sendas (Foto: Reprodução/Internet)
  • Visionário, Arthur liderou uma rápida expansão e, nos anos 1960, o Sendas introduziu o conceito de autosserviço no estado do Rio de Janeiro.
  • Já nos anos 2000, com 106 lojas e mais de 16 mil funcionários, a rede era uma potência regional e atraiu o interesse do Grupo Pão de Açúcar, que assumiu boa parte das operações.

Mas a ascensão foi interrompida de forma trágica em 20 de outubro de 2008. Arthur Sendas foi assassinado dentro de seu apartamento no Leblon por um funcionário, conforme depoimentos da Polícia Civil à época.

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Um crime que abalou o setor:

O crime abalou não apenas o setor varejista, mas o Rio de Janeiro como um todo.

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Em nota, Abílio Diniz, o qual comandava na época o Grupo Pão de Açúcar, lamentou profundamente o episódio:

“Eu, minha família e os mais de 65 colaboradores que fazem parte da Sendas Distribuidora e do Grupo Pão de Açúcar, estamos profundamente consternados com a morte de Arthur Sendas.

Exemplo de dedicação e retidão nos negócios, foi grande representante do varejo brasileiro e um ícone dos supermercados cariocas.

Um concorrente sempre elegante, quando ainda estávamos em lados diferentes, e que se tornou um parceiro fiel na associação e criação da Sendas Distribuidora.

Recebemos a notícia com grande pesar e lamentamos pela forma trágica que perdemos o amigo”, disse Diniz, por meio de sua assessoria de imprensa.”

Pouco tempo depois da morte de Arthur, em 2010, o Grupo encerrou de vez o ciclo da marca, convertendo as lojas em unidades Extra ou Pão de Açúcar.

Este processo de conversão e modernização, a qual incluiu a bandeira Compre Bem:

  • Durou cerca de 18 meses;
  • Envolveu um total de 221 lojas em São Paulo e no Rio de Janeiro;
  • Teve um investimento de cerca de R$ 230 milhões.

Sears: O colapso de uma gigante

Fundada em 1886, nos Estados Unidos, por Richard Warren Sears, a empresa revolucionou o varejo com seu catálogo, o famoso “Livro de Desejos”, e se tornou referência mundial no consumo de massa.

Em 1925, inaugurou sua primeira loja física em Chicago e, em 1949, desembarcou no Brasil, trazendo o conceito moderno de lojas de departamento:

  • A loja na Praça Oswaldo Cruz, em São Paulo, revolucionou o varejo com produtos inovadores e escadas rolantes, em uma época de poucas modernidades.
Sears no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Luiz Paulo, 03/03/1972 – Agência O Globo)
Sears no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Luiz Paulo, 03/03/1972 – Agência O Globo)
  • A Sears chegou ao Rio de Janeiro em 1949, com a inauguração de uma loja em Botafogo. 
  • A loja trouxe ao Brasil a tradição da rede americana, apresentando variedade de produtos e um inovador conceito que antecipava o shopping moderno.

Declínio e sumiço no Brasil:

Porém, a partir dos anos 80, a empresa começou a perder força.

A matriz americana, em dificuldades financeiras, vendeu as 11 lojas brasileiras para o grupo Malzoni/Vendex, em 1983.

Na década de 1990, as lojas foram compradas pelo Mappin e a marca desapareceu do mercado brasileiro.

Inclusive, muitos consumidores possuem sentimentos saudosistas das vitrines modernas, das escadas rolantes e da variedade de produtos que transformaram a experiência de compras no país.

Atualmente, no local onde ficava a Sears, existe o Botafogo Praia Shopping.

Ao procurar declarações extras da rede sobre o fim as mesmas não foram encontradas, no entanto o espaço segue em aberto

Pedido de falência:

Nos Estados Unidos, a Sears também não resistiu ao avanço de concorrentes como Walmart e Target.

Em 2005, numa tentativa desesperada de recuperação, fundiu-se com a rede Kmart, sob o comando do investidor Edward Lampert, que declarou à época acreditar “na reestruturação e no legado histórico da Sears como pilar do varejo americano”.

Em 2018, com uma dívida de 5,6 bilhões de dólares, a empresa pediu recuperação judicial e iniciou um processo de falência que duraria mais de quatro anos.

Disco: Do domínio à extinção

Fundada em 1952 no Rio de Janeiro, a rede Disco conquistou espaço entre as classes populares com lojas emblemáticas — especialmente o “Discão”, localizado na Avenida Brasil, o qual se destacava pelo:

  • Atendimento próximo;
  • Preços acessíveis;
  • Consolidação da identificação com o consumidor carioca.

Na década de 1980, no entanto, o cenário mudou drasticamente com a somatória de fatores:

  • Má gestão;
  • Morte do fundador;
  • Incapacidade de enfrentar a concorrência.
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Supermercados Disco (Foto Reprodução/Rio Memórias)

Todos esses aspectos corroeram a saúde financeira do grupo e as trocas de comando só aceleraram o colapso.

Durante a década de 90, as unidades restantes foram sendo gradativamente incorporadas por outras redes, incluindo a Paes e Mendonça, decretando o fim definitivo do Disco.

Ao procurar declarações extras da rede sobre o fim as mesmas não foram encontradas, no entanto o espaço segue em aberto

Qual é a maior rede de supermercado da atualidade no Brasil?

De acordo com o Valor Econômico, a maior rede de supermercados do Brasil em termos de faturamento é o Grupo Carrefour Brasil, seguido pelo Assaí Atacadista e pelo Grupo Mateus

O Carrefour manteve a liderança no ranking da ABRAS em 2024, com um faturamento de R$ 120,59 bilhões

  • O Assaí Atacadista, por sua vez, faturou R$ 80,57 bilhões;
  • Já o Grupo Mateus, R$ 36,38 bilhões

Conclusões:

Em suma, a trajetória de Sendas, Sears e Disco escancara uma dura lição: nem tradição, nem gigantismo são garantias de sobrevivência no varejo.

Disputas internas, má gestão e a incapacidade de se adaptar aos novos hábitos de consumo minaram a longevidade de empresas que, por décadas, abasteceram lares e moveram economias inteiras.

Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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