Se o SBT pretende enfrentar a nova programação da Record com programas parecidos com o “Máquina da Fama” de ontem, pode ir se acostumando com o terceiro lugar, ou quarto. Saliento a fraca apresentação e o excesso de gafes cometidos pela apresentadora, Patrícia. Isso é só o início da análise.
Os convidados e a plateia disputavam o lugar de pior envolvimento. Morna, robotizada, completamente sem emoção, as “colegas de trabalho” mostravam falta de motivação. Já os artistas, que, por vezes, chegaram a chorar pela morte do ídolo e que manifestavam amor de tiete comum à adolescentes, além de nos cansarem por apresentar sempre os mesmos ídolos, mostraram-se maquinalmente seguidores de regras. Sabemos que recebem orientações, isso é ótimo, mas suas apresentações beiraram o ridículo por deixar em evidência seu esforço para seguir a dica. Perderam totalmente a naturalidade.
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Patrícia não soube atiçar nossa curiosidade para com cada apresentado. Simplesmente chamava, comentava superficialmente sobre o ídolo e, quando terminada a apresentação, praticamente despachava o sujeito caprichando na simpatia, mas não se pode viver só disso. O telespectador quer fatos curiosos, brincadeiras, as quais, mesmo simples, transbordam de humor. Uma das gafes, entre tantas, foi dizer para a sósia de Marilyn Monroe que ela mostrou ser muito mais poderosa do que aparentava. Ora, isso quer dizer que, antes da apresentação, a participante foi menosprezada. Imagino não ter sido essa a intenção, mas foi a mensagem passada. Outra foi dizer ter preferência pelo Tim Maia feito por Thiago Abravanel. A brincadeira teria sido muito boa se melhor desenvolvida, mas ela ficou no ar, rápida demais, meio constrangedora. Um apresentador precisa dominar o momento e suas palavras não podem demonstrar falta de percepção.
Se a Record está com receio de Gugu não manter a atual audiência, caso o restante dos programas do SBT mantenha esse padrão, tranquilizem-se pessoal da rede dos bispos, esse ano será todo de vocês.
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