Hoje não se fala em outra coisa a não ser empoderamento feminino e luta pela igualdade de gênero, algo maravilhoso, diga-se de passagem. As mulheres estão cada vez mais ganhando espaço e quebrando tabus: não precisam dos homens para nada e nunca precisaram. Essa é a verdade.
Em jogada de mestre, a Warner Bros. resolveu contar a história da personagem – criada em 1941 nos quadrinhos da DC Comics – agora nos cinemas, após uma única série com Lynda Carter nos anos 70.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mas a estrela da vez é a israelense Gal Gadot, 32, atriz e modelo que venceu o Miss Israel 2004 e atuou nos filmes “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” e “Velozes e Furiosos 6“. O público poderá vê-la também no elenco de “Liga da Justiça“, que estreia no fim do ano.
Na trama de “Mulher-Maravilha“, ela interpreta Diana, princesa das Amazonas que foi treinada desde criança – inicialmente contra a vontade da sua mãe, a rainha Hipólita (Connie Nielsen) – para ser uma guerreira imbatível.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A situação muda quando o piloto americano Steve Trevor (Chris Pine) cai de avião nas águas próximas de Themyscira (Ilha Paraíso) e introduz o contexto da Primeira Guerra Mundial.
Nesse momento, a heroína percebe que há um conflito entre os humanos que, do seu ponto de vista, é causado por um inimigo antigo: Ares, o Deus da Guerra e principal vilão do filme na pele de Sir Patrick Morgan (David Thewlis, lembrado pelo professor Lupin nos filmes de “Harry Potter”).
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As cenas de ação e efeitos especiais não deixam ninguém piscar os olhos e dão ritmo à montagem, mas os suspiros ficam por conta do casal que se forma entre Diana e Steve. O tratamento do romance é bem sutil e a diretora Patty Jenkins colocou os dois de igual para igual, sem um “dominador”. É natural e, acima de tudo, real.
Outro ponto positivo é a dose de humor no roteiro de Allan Heinberg, que inclui de frases de duplo sentido a tiradas inteligentes com os personagens secundários, que acompanham os protagonistas na jornada. E de brinde, a música-tema (“To Be Human“) é cantada por Sia e Labirinth. Vale a pena o ingresso.
Quem acompanha o universo de super-heróis deve ter se decepcionado com os últimos dois filmes da DC e Warner (“Batman vs Superman” e “Esquadrão Suicida”), mas a recompensa veio agora com “Mulher-Maravilha”.
O filme já ganhou notas altíssimas da crítica especializada e, provavelmente, arrecadará uma senhora bilheteria. Esse é o resultado de um trabalho bem executado e coerente com o cenário atual: o da força feminina.