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Na moral, eu esperava algo bem melhor.
Ou ao menos, esperava algo.
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O que vi, porém, foi um arremedo:
Míseros 32 minutos de arte.
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“Debates” que duraram por 3 ou 4 frases.
VT’s mal editados sendo exibidos de forma inadequada.
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Ilustres que ali foram convidados… a se calar.
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E, por fim, um Bial robótico que falou muito, mas não concluiu nada.
O Na Moral conseguiu um feito raro: Nada deu certo.
O tema do dia era “Politicamente Correto“.
De um lado, um escritor que condena o conceito.
Do outro, o escritor de uma cartilha que o defende.
Entre eles, Maria Paula (que, pasmem, foi a melhor em cena).
À frente deles, Pedro Bial.
E, atuando como DJ (?!), Alexandre Pires.
Estes foram os 5 responsáveis por muitas perguntas, pouquissímas colocações e nenhuma resposta.
O papo não fluiu, possivelmente porque não teve tempo para isso.
Alguns convidados com histórias polêmicas foram trazidos ao palco.
A pressa, porém, destruiu uma ideia excelente.
De pé (não havia banquinhos?), eles trocavam 4 palavras com Bial e sumiam.
Suas histórias, que poderiam ser contadas no palco, eram picotadas em VT’s.
Num dado momento, Bial foi às ruas e… ouviu 5 pessoas.
No fim (Uai, já começou?), Bial destratou Antônio Carlos Queiroz, o convidado desgraçado que defendia o “Politicamente Correto“.
O moço quase foi apedrejado (de leve, na moral) pelo apresentador.
Ao fim do Programa, Bial discursa por 2 minutos e conclui condenando o tal “Politicamente Correto“.
Mas… Espere! O Programa não seria imparcial?
Enfim, foi tudo muito rápido.
Tão rápido quanto será o tempo de vida do Programa…
***
Seguirei sua ordem, Bial.
Por apenas uma Coluna, aceitarei seu desafio e utilizarei sua linguagem.
Na moral, seu Programa pode ser definido de 3 formas:
(Escolha a que quiser, tá? Sem grilos!)
1) Um Encontro inferior ao da Fátima
2) Um Casos de Família mais chique que o da Christina
3) Um Roberto Justus + com um apresentador mais presunçoso do que o Roberto.
Falo como seu amigo, na moral.
Você vive um mal momento, Bial.
Que ter passado anos chamando desocupados de heróis não tenha apagado seu brilhantismo.
Afinal de contas, a TV precisa de mentes tão aguçadas e geniais como a sua.
Todo formador de opinião tão competente quanto você merece um destaque natural.
E, acredite, digo isso sem ironia, na moral…
***
Quase me esqueço:
A trilha sonora do Na Moral é a música do Jota Quest chamada… Na Moral.
Não seria muito “politicamente correto” ser tão óbvio assim, Bial?
Twitter: @ArthurVivaqua
E-Mail: arthurvivaqua@yahoo.com.br