Nada de Real e Banco Central ciente: Moeda aprovada está em vigor no RJ em 2025 durante a era Castro

O Rio de Janeiro conta com diversas moedas em vigor, valendo tanto quanto o real. O Banco Central já está ciente

O Real segue sendo a moeda oficial do Brasil, mas não é a única que circula por aí. Em diversas comunidades pelo país, as chamadas moedas sociais desempenham um papel fundamental na inclusão financeira e no fortalecimento da economia local.

Em 2025, conforme apurado pelo TV FOCO, no Rio de Janeiro, novas moedas sociais continuam surgindo, aprovadas e organizadas dentro de um sistema que conta com o conhecimento e monitoramento do Banco Central.

De acordo com as informações do portal ‘Terra’, as moedas sociais são implementadas principalmente em comunidades quilombolas, indígenas, assentamentos rurais, vilas de pescadores e territórios urbanos.

Elas não substituem o Real, mas funcionam como um complemento indexado na proporção de um para um. Assim, facilitam o acesso ao crédito e fomentam o consumo local sem interferir na política monetária do país.

Economia solidária e inclusão financeira

A circulação dessas moedas é restrita às suas comunidades de origem, estando ligadas a bancos comunitários que garantem sua gestão e aceitação dentro do território.

A Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC) contabiliza, atualmente, 182 moedas sociais operando em todo o Brasil, número que corresponde ao total de bancos comunitários existentes.

Joaquim Melo, educador popular e coordenador da RBBC, é um dos maiores especialistas no assunto. Em seu livro “As Moedas Sociais do Brasil” (2010), ele detalha a diferença entre moedas sociais comunitárias e moedas sociais municipais.

Melo também esteve envolvido na criação da primeira moeda social do país, a palmas, em Fortaleza (CE), no ano de 1998. “Nós fazemos 1 milhão de empréstimo em palmas para produção por mês e 300 mil de empréstimos em palmas para o consumo”, explica.

O modelo inclui microcrédito para pequenos negócios e incentivo ao consumo dentro das comunidades, com alternativas como feiras solidárias e cartões de crédito sociais.

Moedas sociais no Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro tem forte presença no cenário das moedas sociais. Algumas das principais em circulação são:

• Pedra Bonita (Itaboraí)
• Itajuru (Cabo Frio)
• Saquá (Saquarema)
• Caboclinho (Iguaba Grande)
• Elefantina (Porciúncula)
• Macaíba (Macaé)
• Saracuruna (Duque de Caxias)

Além do Rio de Janeiro, São Paulo também conta com moedas sociais como a vida (São Carlos), apuanã (Jardim Apuanã) e estela (Carapicuíba). Outras moedas operam em diferentes regiões do país, como a tupinambá (Mosqueiro/PA) e a pirê (Dourados/MS).

Considerações finais

• Com o apoio de bancos comunitários e o respaldo de organizações que promovem a economia solidária, as moedas sociais se consolidam como uma alternativa eficaz para fomentar o desenvolvimento sustentável em áreas periféricas.
• O Banco Central tem ciência dessa movimentação e acompanha a evolução desse modelo, garantindo que ele continue a fortalecer as comunidades sem comprometer a estabilidade do sistema financeiro nacional.
• Em meio à era Castro, o Rio de Janeiro segue demonstrando que há espaço para inovação na economia popular.
• As moedas sociais mostram que, mesmo dentro de um sistema monetário consolidado como o do Brasil, há formas criativas e eficientes de garantir que ninguém fique de fora do jogo econômico.

Quais moedas o Brasil já teve?

De acordo com as informações divulgadas pelo portal ‘Brasil Escola’, em “toda a sua história, o Brasil teve as seguintes moedas:

• “real português (1568-1833);
• real brasileiro (1833-1942);
• cruzeiro (1942-1967);
• cruzeiro novo (1967-1970);
• cruzeiro (1970-1986);
• cruzado (1986-1989);
• cruzado novo (1989-1990);
• cruzeiro (1990-1993);
• cruzeiro real (1993-1994);
• real (1994-vigente).”

Atualmente estão sendo produzidas pelo Banco Central cédulas de 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200 reais, além de moedas de 5, 10, 25, 50 centavos e 1 real.

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