Uma das drags mais antigas e conhecidas do país, Nany People revelou no The Noite, do SBT, como se sentia sendo um menino quando criança.
A ex-Fazenda recordou como reagiu ao descobrir que era diferente das meninas com quem brincava. “Eu gritava: ‘tira, tira!’. Saí correndo pelada, fui no Correio onde minha mãe trabalhava e dizia ‘quero pepeca’, ela entendia ‘quero boneca’. Eu mandava carta pro Papai Noel pedindo pepeca. Quando acordava e via que não tinha, chorava”. Se é exagero de Nany, piada ou verdade, nunca saberemos.
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Sobre o entendimento de sua família sobre a transexualidade, a artista disse: “Não tinha essa coisa de identidade de gênero. Com 10 anos me colocaram no psiquiatra porque eu tinha ‘desvio de comportamento’. Fiquei dos 10 aos 18 anos no psiquiatra”, contou.
E acrescentou: “Além disso, tinha todo um tratamento corporal, [diziam]: ‘fala que nem homem’. Você não se reconhece com o que tem, o seu catálogo emocional não é condizente com o genital. Até eu descobrir que não era gay, era transexual, levou quase 20 anos”.
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Sobre a importância do dinheiro que a sua carreira a proporcionou, Nany disse: “Comprei apartamento trabalhando como drag, com 37 anos. Eu tinha medo do preconceito, de me transformar numa trans e fechar portas de trabalho”.
Apesar de tanto tempo no psiquiatra e da incompreensão da família, a humorista garante: “Sou muito bem resolvida, fui uma criança muito amada”.
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Sobre a saúde, Nanny contou que precisou emagrecer nesta ano, mas não foi por estética: “Estou 22 kg mais magra. Estava com 92 kg, fui fazer um check-up e descobri que estava com gordura no fígado. Ficava com um sono danado, indisposição. Estou desde maio sem comer açúcar, farinha, leite e derivados. É fechar a boca mesmo”, disse ela, que hoje tem 52 anos.
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