A Teledramaturgia é sem dúvida o principal produto da televisão brasileira, e na maioria das vezes é responsável pelas maior audiência das emissoras.
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Há alguns anos, a Record conseguiu vencer o invencível “Jornal Nacional”, justamente com a novela “Prova de Amor” e agora “Os Dez Mandamentos” começa a seguir o mesmo ritmo. No SBT “Chiquititas” e “Carrossel” são os maiores sucessos do canal, já na Globo temos “Babilônia” que vem apresentando o pior desempenho em audiência de uma novela das nove. Como se pode ver, nem sempre as novelas são motivo de orgulho, algumas vezes sofrem forte rejeição do público, amargam baixa audiência e se tornam uma verdadeira mancha na carreira dos autores e até mesmo do elenco.
Pensando nisso, o TV FOCO preparou uma matéria exclusiva listando as 6 novelas que decepcionaram o público, a emissora e não deixaram saudades.
Relembre:
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“Zaza” – Globo 1997
Quase 10 anos depois de escrever o fenômeno “Salvador da Pátria”, Lauro César Muniz errou feio ao escrever “Zaza”, e em nada lembrava os trabalhos de sucesso do autor. A trama tinha como protagonista Fernanda Montenegro que interpretava a personagem Zaza Dumont que jurava ser filha de Santos Dumont e era apaixonada por aviação. Para se ter noção do tamanho do fracasso, o próprio autor revelou em uma entrevista que perdeu completamente o controle da história, e que após a trama pensou seriamente em parar de escrever novela. Ele ainda classificou essa triste experiência como traumatizante.
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“Vende-se um Véu de Noiva” – SBT 2009
Se dependesse apenas da inspiração de Íris Abravanel, que se baseou na obra homônima da grande escritora Janete Clair, certamente a trama seria um sucesso, pois é, não foi. A história girava em torno do casal Maria Célia e Rubens Baronese, interpretados por Thaís Pacholek e Nando Rodrigues. Mesmo com grande divulgação e sendo anunciada pelo próprio Sílvio Santos a novela não escapou da baixa audiência e ficou durante todos os meses de exibição em quarto lugar. Diante desse resultado pífio, o folhetim do SBT saiu do ar dois meses antes do previsto.
“Metamorphoses” – Record 2004
Depois de um curto espaço de tempo longe das novelas, a Record resolveu voltar a apostar no gênero com o objetivo de conquistar a vice-liderança, e estreou em 2004 “Metamorphoses”. A história girava em torno de duas irmãs que administravam uma clínica de cirurgia plástica e eram perseguidas pela máfia japonesa.
A novela estreou em um dia bastante atípico, num domingo, e conquistou boa audiência marcando 11 pontos. Porém quando passou a ser exibida durante a semana os números despencaram, e a novela fechou com média geral de 3 pontos. “Metamorphoses” tinha como autor o pseudônimo Charlotte K, após os verdadeiros escritores deixarem a trama devido divergências com a produtora.
“Tempos Modernos” – Globo 2010
Prometendo inovar, a novela “Tempos Modernos” contava a história do empresário Leal (Antônio Fagundes) e seu computador Frank. Com foco na tecnologia, a novela não agradou ao público que respondeu com baixa audiência. Nessa época as tramas globais não ficavam abaixo dos 30 pontos, mas a obra de Bosco Brasil quebrou todos os recordes negativos, fechou com média de 24 (o pior da história da Globo até 2010) e chegou a marcar algumas vezes 17 pontos. Números comuns para os padrões da emissora hoje em dia, mas que na época eram um verdadeiro pesadelo.
“Máscaras” – Record 2012
Se Lauro César Muniz tivesse deixado de escrever novelas depois de “Zaza”, como chegou a cogitar, teria evitado outro fracasso ao longo de sua carreira. “Máscaras” estreou cercada de grande expectativa na emissora, gravada em um navio de luxo, a trama tinha como meta nada menos do que 15 pontos de audiência, porém a realidade foi desastrosa. Além de não cumprir a meta, a novela conseguiu a proeza de perder metade do público de sua antecessora, na época “Vidas em Jogo” que encerrou seus trabalhos com 12 pontos, já “Máscaras” conquistou apenas 6.
Vale lembrar que desde então nenhuma novela da Record voltou a ter o sucesso que tinha antes, e a trama de Lauro César Muniz deixou uma herança indesejada para o canal dos bispos. Após esse fracasso o autor afirmou que não volta a escrever novelas, e que seu foco agora são as séries.
“Vira-Lata” – Globo 1996
Carlos Lombardi foi outro exemplo de um grande autor que derrapou em algum momento de sua carreira. Depois dos fenômenos “Bebê a Bordo” e “Quatro por Quatro” foi difícil acreditar que um escritor tão talentoso escreveu “Vira-Lata”. Em certo momento da história, o casal protagonista foi substituído pelo casal coadjuvante Fidel e Renata, que possuíam maior carisma com o público. Em uma entrevista Lombardi admitiu que a trama foi uma mancha em seu currículo. Recentemente o autor mudou de emissora, e na Record escreveu “Pecado Mortal”, novela que assim como as outras, sofreu com o efeito “Máscaras”, marcou baixa audiência, porém foi bastante elogiada pela crítica especializada.
“Em Família” – Globo – 2014
Manoel Carlos, autor de grandes sucessos como “Laços de Família”, “Por Amor” e “Páginas da Vida”, finalizou sua carreira de uma maneira um tanto desastrosa. Isso porque, depois de passar dos 80 anos de idade, o autor decidiu escrever sua última novela, a escolhida foi “Em Família”. A trama que contava com mais uma Helena de suas histórias, não emplacou. O lenga lenga e a história lenta e considerada por vezes “depressiva”, conseguiu derrubar a audiência do horário nobre de uma maneira jamais vista. E quando a Globo achou que não podia piorar, veio “Babilônia”, a próxima trama da nossa matéria.
“Babilônia” – Globo – 2015
A novela de Ricardo Linhares nem mesmo chegou fim, mas já deixa aquele gosto amargo de fracasso no elenco, no autor e no próprio público. A trama protagonizada por Adriana Esteves, Gloria Pires, e Camila Pitanga tinha tudo para dar certo: fotografia, elenco e uma história inicialmente envolvente. Apesar disso, algo saiu errado, e o autor perdeu a mão. O resultado foi um desastre total: capítulos reescritos, mudança repentina nos rumos dos personagens, a pior audiência da história, chororo no bastidores e por fim o corte de pelo menos 3 semanas do folhetim.