Não Estávamos Prontos – Por Arthur Vivaqua

12/07/2012 às 2h46

Por: TV em Foco

 

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Antes de apontar os culpados, exaltemos os inocentes:

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Parabéns ao SBT!

O Maior Brasileiro de Todos os Tempos (30 letras) é o tipo de Programa que possui o DNA da Emissora.

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Na Globo, soaria fake. Na Record, hipócrita. No SBT, porém, OMBTT (5 letras em vez de 30, que tal?) cai como uma luva.

Num mundo onde mal nos lembramos do almoço de ontem, reverenciar ícones é uma iniciativa sensacional.

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OMBTT é um Programa de essência nobre e execução eficaz.

VT’s ágeis comentados por figuras ilustres deram o tom de uma Atração que soube ser longa sem ser cansativa.

***

Parabéns também a Carlos Nascimento!

Mesmo robótico e visivelmente nervoso, Nascimento não comprometeu a Atração, já que estava ali como jornalista, não animador.

Sua presença trouxe ao Programa (um pouquinho d)a Credibilidade da qual ele tanto necessitava.

Carlos merecia estar ali por tudo que já fez pela TV brasileira.

Ancorou durante anos o Jornal Hoje, sendo a voz da Globo durante o almoço.

Transferiu-se para a Band e alavancou o Jornalismo de lá, entregando-o no auge.

No SBT, trouxe à Emissora a base necessária para que a pirâmide atual viesse a ser erguida.

Ainda que não venha a ser justo em seu resultado, OMBTT já fez justiça ao seu apresentador.

 

 

***

Por fim, parabéns a Silvio Santos.

Em diversos momentos o Programa exalou o aroma de seu realizador.

Ah, como ele cairia bem ali!

Silvio sabia que o Programa era “dele” e apenas 2 motivos me parecem plausíveis o suficiente para explicar sua ausência:

1) Silvio percebeu que o Programa precisaria de um Jornalista

2) Para Silvio, “eleito pelo voto popular”, seria frustrante demais entregar o Prêmio à pessoa errada.

Algo me faz acreditar mais na hipótese.

E é aí que, após louvar os inocentes, precisamos falar sobre os culpados…

***

Tiririca à frente de Carlos Drummond de Andrade.

Lua Blanco à frente de Tom Jobim.

Rogério Ceni à frente de Monteiro Lobato.

Eis algumas das constatações (sic) da Lista.

Nada contra Tiririca, Lua e Rogério.

Antes que alguém o diga, eu mesmo reconheço: Os 3 são mais famosos, remunerados e bem-sucedidos que eu.

“Algo”, no entanto, sugere que eles não deveriam estar ali.

E quando penso no que é, a pergunta feita por Nascimento no início do Programa me volta à memória:

– Às vezes é fácil ser famoso, mas o que é preciso para ser grande?

Acho que o Brasil (e nele estou incluído) não está preparado para responder a essa pergunta.

Temos facilidade de apontar o Melhor (aquele que vence), mas desconhecemos o valor do Maior (aquele que faz).

E a raiz desta dificuldade é a nossa carência. Falta-nos heróis!

A África do Sul possui Mandela. A Itália, Da Vinci.

Nós temos… (Pense num nome)

Você possivelmente acaba de pensar num Vencedor que, não necessariamente foi um Doador.

Percebe o que aconteceu conosco?

Trocamos a Contemplação pela Competitividade.

Apontamos o dedo mas temos dificuldade de unir as palmas.

E, acima de tudo, brincamos tentando esconder o nosso medo de falar sério.

Talvez por isso Tiririca, Lua e Rogério tenham estado lá.

Os desiludidos se escondem sob a bandeira da Irreverência.

Os jovens, sob o escudo da música.

Quanto a Rogério, ele defendeu os pênaltis que nossos heróis não conseguiram segurar.

Talvez seja isso:

Procuramos na TV o que não encontramos na sala de estar…

 

Twitter: @ArthurVivaqua

E-Mail: [email protected]

 

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