Para a cirurgiã-dentista, uma das pioneiras da técnica em sua região, o conceito de belo tem que ser muito abrangente nos dias atuais
A cirurgiã-dentista, especializada em procedimentos de harmonização orofacial, Dra. Iolanda Negrão, esteve recentemente no programa de podcast Papo Raro, apresentado por Rodrigo Correa e Rafael Sampaio. Durante o encontro, dentre outros temas, a convidada falou sobre padronização da beleza e questões emocionais ligadas ao desejo de mudar a aparência.
Uma das pioneiras neste tipo de técnica, Dra. Iolanda, que nasceu em Marília/SP e, atualmente, reside e trabalha em Campo Grande/MT, desenvolveu uma técnica inovadora chamada “Identidade Orofocial”, que atua no rejuvenescimento dos traços do paciente de forma estratégica, prezando sempre pela permanência da naturalidade dos resultados.
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Na ocasião, a cirurgiã-dentista contou um pouco de como decidiu entrar para o ramo estético. “Quando me formei em Marília, interior de São Paulo, não tinha esse lance de harmonização ainda, eu ajudei a ‘capinar o terreno’. Aí, quando eu me formei, eu ingressei na especialização em Odontopediatria e, no meio do caminho, logo que me formei, em 2015, surgiu o primeiro curso, em Marília, de harmonização. Dentro da minha formação, a gente estuda muito cabeça-pescoço, então falei: ‘isso é pra mim’. Eu gosto, tenho senso estético e artístico”.
O apresentador Rafael Sampaio enfatizou a questão da melhora dos pacientes que passam por procedimentos estéticos com Negrão, questionando se esse bem-estar físico também se estende ao mental. Sobre a pergunta, Dra. Iolanda respondeu que o bem-estar emocional é o pano de fundo. “Antes, eu achava que era uma solucionadora de problemas, hoje eu já acho que eu ajudo seres humanos que têm problemas. Porque ali eu sou especialista em resolver ‘pepino’ (brinca)”.
E continua, ao alertar sobre a pressão estética que a internet proporciona: “As redes sociais colaboram muito para essa deturpação psicológica das pessoas, de buscar uma perfeição que não existe, de buscar uma forma que é inacessível. Eu faço muito reparo de procedimentos dos outros (profissionais), principalmente nariz, porque a pessoa se submete a muito ácido hialurônico, mas a maioria das pacientes já busca um procedimento com uma roupagem mais voltada para melhorar o emocional e a autoestima, tem muito mais a ver com emocional do que a gente pensa. Eu encaminho paciente para fazer tratamento psicológico, porque tem casos bem extremos, de dismorfia facial, de querer virar outra pessoa. Tem também a parte de transformação de fato, que são as minhas pacientes trans, que isso tem muito a ver com o emocional, porque ela se sente e de fato é uma mulher, então a gente faz essa transição física-facial”.
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Sobre dar cursos, a especialista diz que no momento não deseja ministrar aulas sobre a sua técnica, já que ainda não encontrou a melhor maneira de passar esse conhecimento e, principalmente, seu olhar sobre ela. “Eu sigo toda uma base científica para fazer o que eu faço, mas o olhar do profissional muda tudo”.
Ao falar de beleza, Dra. Iolanda traz a pergunta: “Quem sou eu para dizer o que é bonito e o que é feio?”, e prossegue: “A paciente pode ter um nariz grande, torto, se ela chegar lá pra mim e falar que a queixa dela é a papada, ou a sobrancelha, quem sou eu a me atrever a falar algo? Eu tenho a minha questão de harmonia, eu preciso conseguir deixar tudo proporcional dentro da face da paciente. Eu só enxergo problema onde a pessoa acha que tem problema. O conceito de belo, hoje em dia, tem que ser muito abrangente”.
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Ainda sobre padrão de beleza, Dra. Iolanda fala sobre a importância de cada pessoa buscar o seu melhor, sem se comparar com o outro. “Não meça a sua beleza com a régua dos outros, assim como para tudo na vida. Se hoje eu tô aqui de camiseta e tênis é porque eu confio muito no meu taco, a ponto de saber que não é uma roupinha de grife, parcelada em 10 vezes, 12 vezes, que me faz melhor ou mais profissional”.
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E finaliza: “Confie no teu taco, mulher, homem, o que quer que seja! Pessoal se deixa levar pelos comentários dos outros, eu bato de frente. Não pode deixar bagunçar, sua vida não é o quintal da casa de ninguém. Não meça a sua beleza através de padrões. Se tem alguém que acha que beleza não tem padrão sou eu. Você tem que se amar em primeiro lugar!”.
Para conferir a entrevista na íntegra clique aqui.
A cirurgiã-dentista, especializada em procedimentos de harmonização orofacial, Dra. Iolanda Negrão, esteve recentemente no programa de podcast Papo Raro e falou sobre diversos temas, como padrão de beleza e questões emocionais
“As redes sociais colaboram muito para essa deturpação psicológica das pessoas, de buscar uma perfeição que não existe, de buscar uma forma que é inacessível”, alerta a especialista
“Eu só enxergo problema onde a pessoa acha que tem problema. O conceito de belo, hoje em dia, tem que ser muito abrangente”, ressalta Dra. Iolanda Negrão
“Eu sigo toda uma base científica para fazer o que eu faço, mas o olhar do profissional muda tudo”, fala Negrão, sobre importância do profissional colocar sua identidade no que faz
“Não meça a sua beleza com a régua dos outros, assim como para tudo na vida”, finaliza a especialista