Natura, Pão de Açúcar e outro nome gigante do mercado, estão se desfazendo de lojas e ativos em meio a cenário cada vez mais crítico
Já dissemos em matérias anteriores, que de uns tempos para cá, muitos grandes nomes do setor do varejo, assim como grandes corporações, estão atravessando um cenário cada vez mais adverso e conturbado.
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Todos os dias somos bombardeados com notícias envolvendo esses tipos casos e, muitas vezes somos surpreendidos ao saber quais são as marcas envolvidas, sendo muitas vezes, uma mais improvável que a outra.
Falando em improváveis, nomes como o GPA (Grupo Pão de Açúcar) Natura e um outro gigante nome forte do mercado , a Marfrig, também estão tendo que tomar medidas drásticas para driblar a crise, como por exemplo a venda de unidades de lojas bem como demais ativos.
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Raspando tudo
Pois é, de acordo com o portal Veja, só o GPA (Grupo Pão de Açúcar) vendeu nos últimos meses 11 lojas, o que rendeu aos seus cofres o valor de 330 milhões de reais para conseguir equilibrar o seu balanço e diminuir a alavancagem financeira da empresa ao longo de 2023 e 2024.
O GPA (Grupo Pão de Açúcar) vendeu nos últimos meses 11 lojas que rendeu aos seus cofres o valor de 330 milhões de reais (Foto Reprodução/Internet)Vale mencionar que essa transação se deu no formado sale and leaseback*, possibilitando que o GPA consiga alugá-las, para outros interessados, no futuro.
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*É uma transação financeira na qual se vende um ativo e o arrenda de volta a longo prazo; portanto, continua a ser capaz de usar o ativo sem o possuir mais.
*Para saber mais sobre o caso GPA, clique aqui*
A Marfrig, empresa brasileira de alimentos, fundada nos anos 2000, por sua vez, vendeu 16 unidades de abate bovino para a Minerva, em operação que pode chegar a 7,5 bilhões de reais.
A Marfrig por sua vez vendeu vendeu 16 unidades de abate bovino para a Minerva (Foto Reprodução/Internet)Já a Natura vendeu a marca de cosméticos de luxo Aaesop para a L’Oreal, em operação de 12,3 bilhões de reais. Fora isso ela ainda explora a possibilidade de se desfazer da The Body Shop.
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*Para saber mais sobre a situação da Natura, clique aqui
Todas essas movimentações expostas têm um único objetivo comum: gerar fluxo de caixa e combater o peso do endividamento.
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Mas por que será que isso está acontecendo?
Ainda de acordo com o portal da Veja, Max Mustrangi, sócio fundador da Excellance, empresa especialista no ramo de reestruturação de empresas, a motivação por trás dessas aquisições e vendas está em reduzir a alavancagem financeira, ou seja, diminuir a dívida pendente.
Justamente como mencionamos acima no caso GPA (Grupo Pão de Açúcar). Fora isso, também se trata de uma tentativa de de reforçar as reservas de dinheiro disponíveis.
Afinal de contas, as operações principais não estão conseguindo gerar resultados positivos consistentes, intimamente ligados às condições atuais do mercado financeiro, que se mostra relutante em conceder linhas de crédito para atender à necessidade de capital de giro das empresas:
“Essas manobras estratégicas não estão isentas de consequências. Muitas empresas estão se vendo em uma encruzilhada” -Disse o especialista que continuou:
“A empresa resolve seus desafios de curto prazo ao optar por essa estratégia, mas muitas vezes isso compromete suas perspectivas de longo prazo”.
Analisando as vendas, a Aesop era a joia da coroa da Natura, com altas taxas de crescimento, já a The Body Shop, menos atrativa, que inclusive já havia sido comprada no ano de 2017 por 900 milhões de dólares.
De acordo com a Veja, dificilmente ela seria vendida hoje por mais de 500 milhões de dólares.
Já no mercado do alimentos, a Marfrig perderá a segunda posição no mercado de bovinos, atrás apenas da JBS, para a Minerva, que aumentará sua capacidade de abate de gado em 44%.
A situação do GPA (Grupo Pão de Açúcar) não é menos dramática: no primeiro semestre, o grupo anunciou dívida líquida de 3 bilhões de reais e um Ebitda* de apenas 1,1 bilhão de reais em 12 meses.