Principais marcas da cosmética como o Boticário e Natura vivenciaram viradas históricas neste ano de 2023
Quando falamos em cosmético e tudo que envolve seu nome, logo nos vêem em mente duas unanimidades praticamente do setor: A Natura e O Boticário.
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Ambas que nasceram praticamente na mesma época, (O Boticário em 1977 e Natura em 1969), já passaram por muitas viradas de lá pra cá.
Porem, neste ano de 2023, relembramos duas das viradas mais históricas pelas quais ambas passaram; Enquanto a Natura vendia uma de suas marcas mais icônicas, pertencente ao grupo, O Boticário viu uma de suas rivais afundar em uma devastadora falência
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Pensando nisso, iremos explicar cada uma dessas viradas e quais impactos isso gerou no setor da cosmética.
Natura vende marca amada
Em 14 de novembro de 2023, a Natura&Co e a Natura Cosméticos anunciaram a assinatura de um acordo vinculante com a alemã Aurelius Investment Advisory para a venda de uma de suas marcas mais amadas, a The Body Shop.
De acordo com o portal Terra, o negócio é estimado em 207 milhões de libras (R$ 1,25 bilhão), a serem pagos em até cinco anos.
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Um acordo vinculante indica que o comprador tem o compromisso firme de fechar o negócio indicado no contrato. Conforme comunicado pela própria Natura, a conclusão da transação está prevista para ocorrer até 31 de dezembro de 2023.
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Porém, ainda está sujeita às aprovações regulatórias usuais.
1-Venda de bilhões
Pra quem não sabe, a rede The Body Shop foi comprada pela Natura em 2017, em um acordo de 1 bilhão de euros (algo como R$ 3,6 bilhões à época)*
Para saber mais detalhes, clique aqui*
A empresa já era dona naquele momento da rede australiana Aesop, comprada em 2012 por cerca de US$ 70 milhões. Os planos eram de montar uma grande operação internacional. A experiência, porém, acabou não sendo positiva.
Fazendo com que a Natura, neste ano de 2023, se desfizesse da Aesop, que acabou vendida para a L’Óreal por US$ 2,5 bilhões.
2-Motivos …
De acordo com o portal EXAME, executivos da Natura&Co ressaltaram que o anúncio do acordo vinculante para a venda da The Body Shop faz parte do processo de reestruturação das operações da companhia, para simplificar a sua operação.
Segundo o CEO, Fábio Barbosa, a venda da Aesop, acabou sendo decisiva para a Natura apresentar um lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões no terceiro trimestre, revertendo um cenário de prejuízo líquido do mesmo período de 2022.
2. O Boticário vê rival se afundar
Outra virada histórica foi a que O Boticário vivenciou ao ver uma grande rival do ramo dos cosméticos (que aliás também é rival da Natura) após se afundar em dívidas, falência (ainda em 2022) e ficar no “fio da navalha”.
Estamos falando da gigante norte americana Revlon, fundada ainda no ano de 1932 e que é considerada uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, segundo o portal Exame.
Apesar de todo esse reconhecimento, como mencionamos, os últimos nos foram bem complicados, para a empresa, ainda mais durante o período da pandemia da Covid-19, o que deixou o cenário ainda mais devastador*
*Para saber mais sobre essa falência, clique aqui
Porém, de acordo com o portal Network Fashion, em abril deste ano de 2023, a Revlon teve uma grande reviravolta e acabou escapando da falência.
Isso porque o juiz de falências de Manhattan, David Jones, encarregado de supervisionar a falência da empresa sob o Capítulo 11, disse que a Revlon chegou a “um acordo multifacetado e árduo” que acabou resolvendo uma “série de riscos que ameaçavam a empresa”, incluindo um litígio “debilitante” entre seus credores.
Conforme o plano, os credores da Revlon assumirão a propriedade da empresa em troca de um acordo de redução da dívida, anulando o valor do capital dos atuais acionistas.
A empresa reestruturada planeja arrecadar US$ 670 milhões após sair da falência com a venda de novas ações.
Reestruturação
A reorganização da Revlon foi apoiada por 88% dos 4.500 credores que votaram no plano, e os credores de apoio possuem 98% da dívida da empresa.
Essa reestruturação está permitindo que a Revlon “recomece” e forneça uma base sustentável para o crescimento futuro, segundo declarações dadas por ela mesma, no dia 31 de abril de 2023..
Vale mencionar que durante o processo de falência, a Revlon chegou a um acordo com duas facções rivais de credores que financiaram a compra da empresa de cosméticos e fragrâncias Elizabeth Arden pela Revlon no ano de 2016.
Os credores entraram em conflito sobre um empréstimo de 2020 que dava a uma parte deles controle adicional sobre os ativos de propriedade intelectual da Revlon.
Mas qual é agora a real situação da Revlon?
Sob o plano de falência da Revlon, os credores que participaram do empréstimo de 2020 receberam a maior parte do capital da empresa, avaliado entre US$ 2,7 5bilhões e US$ 3,25 bilhões.
Os credores que não participaram do empréstimo de 2020 poderiam optar por receber até US$ 56 milhões em dinheiro ou renunciar aos pagamentos em dinheiro e receber até 18% das ações da empresa após a falência.
Os credores minoritários, incluindo aposentados com pensões não pagas e consumidores que entraram com ações judiciais por danos pessoais contra a Revlon, receberam até US$ 44 milhões.
Vale mencionar que apesar de ter escapado da falência, a sua situação ainda esta bem delicada e ela ainda corre riscos, sendo assim suas ações atuais só serão removidas quando a empresa sair de vez desse processo;
A MacAndrew & Forbes, de Ron Perelman, possuía 85% das ações da empresa no momento do pedido de falência.
As demais ações atraíram o interesse de investidores de varejo no ano passado, sendo negociadas acima de US$ 8 por ação no início da falência da empresa, antes de seu valor despencar.