A cantora Negra Li surpreendeu ao lançar um álbum inédito completamente diferente e falar sobre uma grave acusação que sofreu
A cantora Negra Li, que atualmente é considerada um dos maiores nomes da música pop nacional, está lançando um novo álbum. Ela, vale recordar, polemizou quando em 2004 resolveu deixar o grupo de sucesso RZO para se aventurar em um gênero conhecido e dominado até então pela música branca.
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Hoje com inspirações negras até internacionais como Beyoncé, a cantora finalmente se pronunciou sobre essa acusação em entrevista concedida ao portal R7. Segundo a cantora, a fronteira entre o rap e o pop foi rompida para que outras mulheres negras ganhassem visibilidade e até para que a verdadeira Negra Li fosse conhecida.
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Negra Li inicia revelando que foi acusada de oportunista. “Uma parcela da galera do rap acreditava que eu não estava fazendo aquilo por convicção e, sim, por grana. Mas, na verdade, a mudança de cenário foi mais arriscada do que muitos pensam. Hoje, entendem que houve coragem da minha parte e muita ralação. Uma coragem que ajudou a chegarmos nesse cenário, em que gente como Iza virou ícone cultural do país”, disparou a cantora.
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Sobre o atual disco, Negra Li conta que se sentiu bastante à vontade para reunir várias influências que formaram sua identidade artística, até a gospel. “É um disco que não foi pensado só para tocar na rádio, mas para que o ouvinte comece a refletir e conheça melhor o que eu gosto. Estou à vontade para ir além”, disse a famosa.
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A cantora prosseguiu na entrevista traçando um paralelo entre a época em que começou a cantar e os dias atuais, confirmando o que muita gente já percebe: mudou muita coisa sobre o que as pessoas pensam do mundo e também das outras pessoas. “Quando eu comecei, achava que não combinava ser negra, periférica e poderosa”, iniciou.
“Mas à medida que virei referência, percebi que era minha obrigação ser um exemplo, já que quase não existem negras na TV e também são poucas na música. Cresci pensando que meu destino era ser perdedora e que só seria aceita se passasse por processo de embranquecimento. Hoje, quase nenhum negro pensa assim”, prosseguiu Negra Li.
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“Hoje, estamos mais unidas. Lady Gaga, Beyoncé, Rihanna são responsáveis por uma cena de mulheres que não se calam e nem se submetem. Às vezes, as pessoas acham que cantoras podem fazer pouco pelo mundo, pela política. Mas foi de tanto nos manifestarmos, que hoje as coisas estão diferentes”, concluiu a cantora.