Ex-integrante do Rouge, Li Martins contou que vendia mais que Ivete Sangalo no início dos anos 2000, mas ainda assim viu gravadoras falirem
Li Martins passou por um período complicado antes do fim do Rouge envolvendo a pirataria. Mesmo fazendo parte do maior grupo do início dos anos 2000 e vendendo mais que Ivete Sangalo, de acordo com ela mesma, a parceria com Fantin, Luciana, Aline e Karin chegou ao fim.
Em entrevista ao “Link Podcast”, a artista explicou que nunca se arrependeu de nenhuma decisão tomada em relação ao Rouge, mas viu a indústria fonográfica brasileira ruir devido à pirataria.
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“Na verdade foi uma série de fatores. Se você me perguntasse ‘ah, você faria diferente?’, eu não faria diferente. Eu não sei se você se lembra, mas foi o auge da pirataria, então teve gravadoras fechando. A Virgin fechou nessa época, muitas gravadoras fechando, foi quando a Abril fechou também, a Sony teve que juntar com a BMG, então virou Sony BMG, porque também estava enfrentando uma crise muita grande por conta da pirataria”, revelou ao jornalista Matheus Baldi.
Li Martins continuou: “O custo do CD era muito alto, foi essa transição para aquele Naspter, se eu não me engano, a galera baixava os CDs lá, baixava as músicas lá. Então assim, para a gravadora era um prejuízo. E a gente conseguiu um marco que era uma coisa fora da realidade. Nenhum artista, nem Ivete Sangalo vendia o que a gente vendia“.
MUITAS VENDAS
A cantora revelou que chegou a vender quase 2 milhões de CDs no auge da pirataria e acredita que quem comprou os discos falsos, poderia ter vendido 10 milhões. Por causa disso, a gravadora não tinha mais lucros em manter o Rouge, já que não era nada rentável. “Até hoje, a gravadora deve ganhar mais com streaming mesmo, enfim, outras coisas”, explicou.
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GIGANTES DA MÚSICA
Vale ressaltar que o Rouge e Ivete Sangalo eram dois dos grandes nomes do início dos anos 2000, em uma época em que ainda não existiam plataformas de streaming. A maior parte dos lucros vinha de shows, mas outras ex-integrantes do Rouge já revelaram que o valor que ganhavam das apresentações chegavam a ser uma piada.
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