Net diz que cliente vai pagar a conta do acordo com a Simba

Emissoras estão em negociação. (Foto: Reprodução)

A Net foi uma das operadoras de TV paga que fechou contrato recentemente com a Simba, após meses sem transmitir os sinais do SBT, Record e RedeTV! em algumas cidades do Brasil.

Em evento da Associação Brasileira de Telecomunicações, José Felix, presidente do grupo América Móvil no Brasil, (que reúne Net, Claro e Embratel), comentou sobre o acordo.

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“São poucos centavos, mas todos são centavos nesse negócio”, disse ele sobre o valor mensal a ser pago para a Simba. E acrescentou: “A impressão que tenho é que o pessoal da Simba caiu na realidade. A realidade de televisão por assinatura em um momento de estagnação da economia como a gente vive não é nada compatível com a ideia de se pagar R$ 15 por assinante”.

Apresentadores de canais da Simba. Foto – montagem.

De acordo com o colunista Daniel Castro, esses “poucos centavos” são exatamente R$ 0,60. Isso é menos do que as operadoras pagam por canais como Fox e Multishow, por exemplo.

Felix ainda arriscou prever que a parceria com a Simba não irá durar para sempre: “Não sei quanto tempo esse acordo vai durar. No futuro essas coisas não vão se sustentar. TV paga é TV paga. TV aberta é TV aberta e cada um tem que viver com seus meios. Houve muitas adesões à nossa tese de que um sinal que está o ar não tem que ser pago”.

E ele revela o que já parecia ser óbvio: “Ficou claro para todos que não houve apoio incondicional da sociedade de que tem que pagar. Porque quem vai pagar isso é o consumidor final, é óbvio”.

Ele ainda avaliou que ambos os lados, Simba e operadoras, abriram mão do que acreditavam durante as negociações: “Houve uma negociação e os dois lados abriram mão de suas convicções. Eles estavam convictos de que tinham um valor X para seu conteúdo, abriram mão dessa convicção. Nós estávamos convictos de que não tínhamos que pagar por TV, abrimos mão desse negócio e fechamos um acordo”.

Com informações dos sites Teletime e Convergência Digital, além do colunista Maurício Stycer.

Donos da Simba. Foto – montagem/divulgação.