Companhia de serviços de streaming quer se aproximar de assinantes para gerar novas receitas, diz Sandro Magaldi, especialista em transformação de negócios
O vice-presidente de produtos de consumo da Netflix, Josh Simon, anunciou que a companhia abrirá lojas físicas no EUA em 2025, para depois exportar o conceito para outros países. Segundo Simon, a intenção da Netflix House, como foi batizado o projeto, é se aproximar dos assinantes da plataforma e gerar novas fontes de receitas, em espaços que reúnam produtos derivados dos audiovisuais, além de restaurantes e outras “experiências”. Vale lembrar que, em junho deste ano, a Netflix inaugurou seu primeiro restaurante, o Netflix Bites, no estado da Califórnia.
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Para Sandro Magaldi, especialista em transformação de negócios e autor dos best sellers “Gestão do Amanhã” e “Estratégia Adaptativa”, que abordam os desafios das corporações para se manterem competitivas em meio às disrupções no mercado consumidor, a Netflix mostra que está muito atenta a outras fontes de geração de receita.
“A Netflix tem investido muito em games e novas iniciativas, como a Netflix House, para potencializar ao máximo o atual valor da marca, estendendo seus tentáculos além do meio digital. Curiosamente, enquanto a Disney se aproxima da Netflix com suas iniciativas de plataformas de streaming, a Netflix se aproxima da Disney com projetos que oferecem experiências presenciais aos clientes, além de licenciamento de marcas com as produções próprias”, explica Magaldi. “Esse movimento se justifica porque o negócio central da Netflix, que é a plataforma de vídeos, representa um desafio em termos de rentabilidade. Além do desequilíbrio entre o volume de receita e as despesas, sobretudo para produções, há o desafio adicional gerado pelos grandes investimentos demandados para viabilizar novos produtos adquiridos no mundo todo”, completa o pesquisador e conselheiro empresarial.
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