Após a virada de ano, 2015 já começa com novidades na indústria fonográfica brasileira, principalmente para quem gosta de pegada pop unida aos ritmos eletrônicos. A cantora Nicky Valentine acaba de lançar o clipe promocional da turnê Papa’s Princess (com o mesmo título do seu disco de estreia) que começou em agosto do ano passado e agora retorna com força total. Entre as novidades, tem o lançamento do novo single, You Won’t Bring Me Down, em parceria com o DJ e produtor Allan Natal, que estará disponível ainda no mês de janeiro e encerrará a fase atual da brasileira.
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Assista ao vídeo com os bastidores da turnê:
Para critério de análise, a loira natural de São Bernardo do Campo já superou Lana Del Rey e Daft Punk em vendas no iTunes Brasil, além de virar hit nas pistas internacionais com Cha Cha Boom, que tocou em vários países da Europa e das Américas. Na lista de sucessos, Aimê Bocchi (nome verdadeiro da cantora) alcançou o primeiro lugar no ranking do iTunes Brasil com Sometimes, e ainda teve Deep In My Heart emplacada na trilha sonora de Malhação, em 2011.
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Durante entrevista exclusiva concedida ao TV Foco, Nicky Valentine falou sobre carreira, vida pessoal e novos projetos. Sobre a possível concorrência com as cantoras Wanessa e Lorena Simpson, que possuem público semelhante no cenário pop nacional, a intérprete de My Samba e Vai Voltar confirmou a existência de uma disputa, mas como algo construtivo para o trio. “Sozinhas jamais conseguiremos criar interesse de mídia nacional no nosso segmento. Por esse motivo precisamos de concorrência, de bons trabalhos e de união para que todas possam crescer”, disse.
Confira a entrevista na íntegra:
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Marcos Martins: Como a música entrou na sua vida?
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Nicky Valentine: Canto desde criança e desde aos oito anos estudo música (canto, piano, teoria musical). Sempre foi o que mais gostei de fazer e desde cedo sabia que minha profissão estaria ligada à música.
M.M.: Houve resistência por parte da família?
N.V.: Minha família sempre me apoiou muito. Desde pequena, quando notaram que eu tinha aptidão e gostava muito de cantar, me colocaram em aulas de música. Além disso, eles sempre me acompanharam nos shows, eventos, aulas… Como comecei muito nova, precisava dos meus pais sempre comigo.
M.M.: Qual o ponto inicial, aquele marco responsável por colocar você no mercado fonográfico?
N.V.: Até os 20 anos, minha carreira musical estava ligada ao teatro. Eu fazia teatro musical e estava exercendo minha carreira de atriz. Em 2010, quando compus “Give Me Some More”, produzida pelo DJ Morais, iniciei minha carreira “solo”, que direcionou para o caminho que estou hoje.
M.M.: Como você pode resumir esses quatro anos de carreira?
N.V.: Sou muito grata ao meu publico e à minha equipe por estarmos crescendo a cada ano. Conseguimos consolidar a “Nicky Valentine” dentro do mercado eletrônico e agora estamos galgando nosso espaço no mercado pop. Foram anos de muito crescimento, tanto profissional como pessoal, que me fizeram amadurecer e conseguir, junto a minha equipe, planejar e executar nossos projetos.
M.M.: Como foi emplacar “Deep In My Heart” na trilha sonora de Malhação, em 2011?
N.V.: Foi uma surpresa incrível. Eu não tinha completado nem um ano dentro do mercado eletrônico e conseguimos essa conquista. Ouvir uma música escrita por você, na sua casa, sendo executada em uma novela, é um presente para qualquer artista.
M.M.: O seu principal público, sem sombra de dúvidas, é o GLS. Todos são fãs de carteirinha que aprendem as coreografias e mantêm contato direto pelas redes sociais. O que eles representam na sua vida?
N.V.: São o motivo de tudo isso! Sem meus fãs nada disso estaria acontecendo. São eles o nosso combustível para acordar todos os dias em busca de novos projetos, novas músicas, surpresas. Eles são o termômetro para sabermos se o que estamos fazendo é o certo!
M.M.: Você namora com o DJ e produtor Bruno Pacheco, figura requisitada nas pistas brasileiras. É difícil manter relacionamento com alguém exposto a grande assédio?
N.V.: Na verdade não. Nunca tivemos problema com assédio. Eu não sou daquelas mulheres neuróticas e ciumentas, e nem posso ser. Na nossa profissão, temos que ter a cabeça fria para lidar com situações que às vezes não são agradáveis, mas o melhor é sempre ter confiança.
Nós temos um publico muito parecido, então é engraçado porque, mesmo quando eu não estou com ele, sempre tenho fãs que vão prestigiá-lo nas pistas e não deixam nenhuma mulher desavisada chegar perto! [risos]
M.M.: Qual motivo fez com que você decidisse investir também nas letras em português?
N.V.: Queremos ampliar nosso mercado e mostrar para o público que as músicas podem ter a mesma qualidade e sonoridade que eles tanto gostam, mesmo sendo cantadas em português. É uma vontade que sempre tive, mas ainda não achávamos que era o momento certo até o lançamento do álbum [Papa’s Princess]. Foi uma surpresa muito agradável perceber o quanto as letras em português agradaram aos meus fãs!
M.M.: O que não pode faltar, em hipótese alguma, nas suas apresentações?
N.V.: Em relação a repertório, com certeza TENHO que cantar “Cha Cha Boom”. Tenho fãs que passam o show todo gritando para ouvir “Cha Cha Boom” e sossegam apenas quando eu começo a cantar. [risos]
M.M.: Hoje, quais são as suas principais referências na música?
N.V.: Todas as cantoras pop são grandes referencias em termos de show, produção musical, figurinos. Temos que sempre assistir a muita coisa para termos um bom show para apresentar ao público. Então nunca deixo de ver e ouvir Rihanna, Beyoncé, Katy Perry… Vocalmente falando, sou apaixonada por Jessie J. Prefiro sempre as versões acústicas e “live”, porque ela canta maravilhosamente bem ao vivo.
M.M.: Você tem foco na carreira internacional?
N.V.: Não. Meu foco é o Brasil e o mercado pop com cada vez mais repertório em português. Nós temos alguns lançamentos programados para o mercado eletrônico, em paralelo, e essas músicas sim tem tanto interesse nacional quanto internacional. Assim como “Cha Cha Boom” foi tocada no mundo todo, eu espero ter meus próximos lançamentos nas pistas nacionais e internacionais.
Confira a performance de “Cha Cha Boom”, na casa noturna Blue Space:
M.M.: Lorena Simpson e Wanessa: qual relação você mantém com as cantoras citadas?
N.V.: São duas cantoras que eu admiro muito e que com certeza me terão como público nos seus shows quando eu estiver de folga. [risos] Lorena eu conheço há alguns anos e tive oportunidade de conviver e me divertir muito com ela. Não temos tanta proximidade porque moramos em estados diferentes.
A Wanessa é uma pessoa maravilhosa. Conheci quando eu tinha 14 anos e fazia teatro junto com a irmã dela, Camilla. Passamos muitos anos sem nos ver e nos reencontramos quando ela me convidou para abrir seu show no HSBC, em São Paulo. Sempre muito humilde e carinhosa. Fizemos mais alguns shows no mesmo local e chegamos a cantar juntas em um deles. Além da Wanessa, tenho um carinho enorme pelos fãs dela que me apoiam e são sempre muito carinhosos comigo.
M.M.: Existe concorrência, de fato?
N.V.: Existe, mas uma concorrência saudável. Todas nós queremos que nossa música agrade ao público e batalhamos para o crescimento do nosso mercado. Sozinhas jamais conseguiremos criar interesse de mídia nacional no nosso segmento. Por isso precisamos de concorrência, de bons trabalhos e união para que todas possam crescer. Parece clichê, mas realmente existe espaço para todas. Ninguém escuta apenas músicas de uma determinada cantora. Temos um publico que admira o trabalho de todas!
M.M.: Profissionalmente, quais são os seus desejos para um futuro bem próximo?
N.V.: Conseguir finalizar meu próximo álbum e iniciar essa nova fase da minha carreira voltada ao pop e ao mercado nacional.
M.M.: E o recado para os nossos leitores e também, claro, aos fãs?
Agradeço pelo apoio e carinho de vocês, sempre! Esse ano está começando e estamos cheios de surpresas e novidades que eu espero que todos curtam. Super beijo no coração!
Por Marcos Martins (@MarcosMartinsTV)