No The Voice, Carlinhos Brown fala sobre passado e dispara: “Me viam como drogado”

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Carlinhos Brown (Foto: Reprodução)

Carlinhos Brown (Foto: Reprodução)

O cantor voltará a ser visto na TV na próxima temporada do programa The Voice Kids, reality musical da Globo. Aos 55 anos, o profissional é técnico tanto da versão adulta quanto da infantil da atração, mas nem sempre foi visto como o artista respeitado que é hoje. Em entrevista ao jornal Extra, ele falou sobre o que passou no passado.

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Posso ser diferente para quem me vê agora, mas sempre fui dessa forma. Já enfrentei momentos de ser um Brown editado a partir da visão do outro. Muita gente me via como um cara louco, até drogado, porque foi a imagem que ficou de um cantor brasileiro, negro, rastafári, que estava sempre fora dos padrões. Nem considero isso preconceito, mas uma ignorância real. Sempre fui muito seguro. Por isso, me desafiei e continuo me desafiando. Minha melodia hoje escorre por tintas. Vou fazer uma exposição (de 20 quadros) em Madri, na Espanha. Sempre tive segurança em quem me enxerga”.

“Eu entrei no ‘The Voice’ como alguém que falava muito, que perdia tempo porque ficava chato e, talvez, inatingível a compreensão do que eu me propunha a dizer. E quando entrei, me propus a não ser igual ao que eu via em programas de televisão. Eu achava mais do mesmo, calouros se apresentando, e alguém, numa bancada, gerando comentários derrotistas. Achava chato porque considero que todos aqueles que se expõem o fazem pela necessidade. No programa, eu tive a oportunidade de mostrar o que faço há 35 anos”, revelou.

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Chico Brown, filho de Carlinhos Brown e neto de Chico Buarque (Foto: Divulgação)

Carlinhos também falou sobre a entrada do filho, Chico Brown, para o mundo da música O rapaz é filho do cantor com Heleninha Buarque de Hollanda, filha de Chico Buarque. “Todo artista descobre seu próprio caminho. Eu busquei prepará-lo melhor. Não estudei uma escala durante minha vida, tive que aprender de ouvido. E, hoje, meu filho já me prepara melhor porque ele foi em escolas para isso. Ele melhora minha intuição. Nasceu com ouvido absoluto. Já deu um update na família. Deus me fez vindouro porque tenho outros filhos de muita capacidade e talento. Nina Freitas, por exemplo, que mora nos Estados Unidos, tem uma melodia também. As pessoas no Brasil não a conhecem, mas ela tem 20 milhões de acessos e eu nunca usei isso, porque, às vezes, acho desnecessária essa exposição”.

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“Sempre tive medo de sequestro. Nunca usei meus filhos para sustentar nenhum tipo de imagem. Tenho um filho que considero, hoje, o maior baterista do Brasil, e não estou falando como pai, não. É como técnica apurada. Como pai e professor de música nunca fiz exigências, a não ser que eles encontrem os próprios caminhos. Tocar em bandas, sair por aí, conhecer músicos, isso fortalece muito uma escola pessoal”, revelou.

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Autor(a):

Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.

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