Um notícia sobre o Uber e Ifood tem causado transtorno nos trabalhadores e entregadores desses aplicativos
Uma notícia tem chocado os trabalhadores de aplicativos como Uber e Ifood, vinculada recentemente na grande mídia, fala sobre os ganhos mensais deles.
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) organização responsável por reunir os principais aplicativos do país (99, iFood, Uber, etc.) ao Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), entidade especializada em pesquisas e políticas públicas, fez um levantamento sobre o ganho em média dos trabalhadores desses aplicativos.
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No levantamento, divulgado em abril, a Amobitec apontou que motoristas de aplicativo (UBER) estariam ganhando em média, até R$ 4.756 por mês, enquanto entregadores (IFOOD) teriam renda média mensal de até R$ 3.039.
O questionável é que esse valores são bem acima da média do salário mínimo, aliás, bem acima da média de muitas salários, contando que esses trabalhadores não tem horário de almoço, não tem benefício, não tem nenhum tipo de seguro e todos os gastos referentes a manutenção e gasolina são arcados por eles mesmos.
UFRJ DESMENTIU A PESQUISA SOBRE OS TRABALHADORES DA UBER E IFOOD?
Uma pesquisa feita pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), desmente os dados registrados nas informações da Amobitec.
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Segundo pesquisa, as estimativas sobre os ganhos dos motoristas e entregadores de aplicativos estão longe da realidade.
De acordo com a nota técnica produzida pelo grupo Trab21, ligado à UFRJ, os dados divulgados pela Amobitec estão longe da realidade. O estudo aponta que os motoristas de aplicativos recebem entre R$ 1.056 e R$ 1.672 mensais, após descontar os custos. Já os entregadores receberiam entre R$ 480 e R$ 816.
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Uma das principais questões apontadas pelos pesquisadores é a interpretação equivocada dos dados apresentados pela Amobitec.
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Enquanto a associação se referia a uma jornada de 40 horas semanais, na prática os trabalhadores precisam ficar logados no aplicativo por um período muito maior. Isso se quiserem alcançar essa carga horária efetiva.
Segundo a UFRJ, a pesquisa da Amobitec leva em conta que os trabalhadores da Uber e do Ifood precisam estar com entregas e passageiros o tempo todo, o que é algo impraticável.
Os pesquisadores do Cebrap, responsáveis pelo estudo encomendado pela Amobitec, afirmam que trabalharam com alguns cenários. Mas que era difícil fazer uma estimativa precisa considerando os diferentes aspectos da vida pessoal e do trabalho dos motoristas.