Estudo aponta que Bolsa Família ajuda a atenuar problema, mas ainda não resolve
Um estudo da Revista Brasileira de Economia, da Fundação Getulio Vargas, apontou que o Bolsa Família reduz o casamento infantil, mas, não quando a família é extremamente pobre.
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A pesquisa publicada cai como uma bomba e assusta até os beneficiários. Se você não sabe, mulheres de famílias muito pobres, costumam casar entre 16 e 18 anos. O motivo disso é a pobreza da família, se essa jovem sai de casa, é menos uma boca para alimentar.
Apesar do programa social do governo impactar positivamente nisso e atenuar o casamento infantil, quando as famílias são muito pobres, isso ainda não interfere que jovens mulheres abandonem seus lares.
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QUAIS OS RESULTADOS DO RELATÓRIO?
MULHERES ENTRE 12-18 ANOS
- Famílias pobres: possibilidade de uma filha entre 16 a 18 ser casada é 10,19 pontos percentuais menor se os pais recebem Bolsa Família.
- Famílias extremamente pobre: o estudo evidencia que meninas de 16 a 18 anos desta faixa de renda não mudam seu comportamento quando recebem o benefício.
MULHERES ENTRE 12-18 ANOS
- Famílias pobres: possibilidade de uma filha entre 12 e 18 anos ser casada é 3,52 pontos percentuais menor se os pais recebem Bolsa Família.
- Famílias extremamente pobres: possibilidade de uma filha entre 12 e 18 anos ser casada é 2,84 pontos percentuais se os pais recebem Bolsa Família.
E COMO O AUMENTO PODE IMPACTAR?
Como sabemos, em 2023, o governo Lula trouxe mudanças positivas para o Bolsa Família e dentre elas o aumento do benefício para R$ 600. A pesquisa tomou dados de 2019, quando o valor do benefício ela de R$ 200. Então, podemos implicar que com melhores condições, esses dados podem ser diferentes hoje em dia.
O casamento infantil é um problema ainda pouco discutido pela sociedade geral. É uma análise que na maioria das vezes é alertada por pesquisadores e ainda não atinge o apelo geral da população. Mas, é um problema que afeta milhares de jovens mulheres pelo Brasil.
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