Trabalhadores de aplicativos devem lidar com mudanças na forma de pagamento com base no salário mínimo atual, devido a nova lei
Uma nova lei para os entregadores e motoristas de aplicativo deve regulamentar os ganhos desses profissionais com base no salário mínimo. O presidente Lula ainda deve analisar a proposta, que sofre resistência por parte dos trabalhadores.
Em abril, uma pesquisa surpreendente revelou a quantidade de profissionais que trabalham informalmente. Todos fazem parte de um grupo enorme que não recebe benefícios e nem tem carteira assinada.
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De acordo com o g1, eram 1.660.023 pessoas trabalhando como motoristas ou entregadores de aplicativos, há cinco meses. A pesquisa que chegou a esse número foi realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e pela Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec).
A pesquisa envolveu profissionais que trabalham em grandes aplicativos, como iFood, Uber, 99 e Zé Delivery. A pesquisa também alcançou mais de 3 mil trabalhadores dessas categorias.
ESTATÍSTICAS
A conclusão é que a idade média desses motoristas de aplicativo é de 38 anos. 60% deles tem ensino médio completo. 62% são pretos ou pardos; 35% são brancos; 3% são amarelos; 1% é indígena. 95% são homens; 5% são mulheres.
Já sobre os entregadores, a idade média é de 33 anos. 59% deles têm ensino médio completo. 68% são pretos ou pardos; 29% são brancos; 2% são amarelos; 1% é indígena. 97% são homens; 3% são mulheres.
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Já sobre a remuneração média mensal, tanto entregadores quanto motoristas estão acima da média para pessoas com o mesmo perfil socioeducacional em jornadas integrais (40 horas semanais) no mercado.
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Vale destacar que o salário-mínimo vigente durante a coleta dos dados era de R$ 1.212. Para motoristas, a renda líquida média varia entre R$ 2.925 e R$ 4.756. Para entregadores, o rendimento médio varia de R$ 1.980 a R$ 3.039.
EM QUE ESTÁGIO ESTÁ A NOVA LEI DOS MOTORISTAS DE APLICATIVO?
De acordo com a CNN Brasil, representantes de aplicativos como a Uber e a 99 entraram em um acordo para regulamentação da categoria em reunião de grupo de trabalho (GT) do governo. Houve também o debate de uma cobertura previdenciária, cuja base de cálculo seria o salário mínimo.