Nos últimos ano, a Globo adotou uma política diferente em relação à produção de séries. A ideia da emissora carioca é a de oferecer uma continuidade maior aos novos projetos do gênero. Antes, poucas séries tinham uma longevidade garantida na emissora, mas agora, o canal já autoriza a realização de uma segunda temporada de suas séries antes mesmo da estreia.
Porém, o panorama é diferente em relação à Shippados. Apesar da série ser estrelada por Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch, dois dos principais nomes do humor da nova geração, a emissora mantém cautela e ainda não assegurou a produção de uma segunda temporada da atração.
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De acordo com a colunista Patrícia Kogut, a Globo já pediu para que os autores Alexandre Machado e Fernanda Young se adiantem e já deem início a escrita da segunda leva de episódios. Porém, a emissora ainda aguardará os resultados da primeira temporada para decidir se realizará uma continuação. A princípio, a comédia estará disponível apenas no Globoplay, mas segue sem previsão de estreia.
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Shippados vai girar em torno de uma atendente do balcão de informações de um supermercado, interpretada por Tatá, que estará sempre à procura de um namorado através de um aplicativo de relacionamentos, e após vários encontros malsucedidos, ela conhecerá o personagem vivido Sterblitch, e juntos darão início a um romance.
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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a diretora artística Patrícia Pedrosa definiu Shippados como “uma comédia romântica, que mostra como as pessoas se relacionam hoje, com esse fato de estarmos conectados o tempo todo, mas ao mesmo tempo estarmos sozinhos”.
A diretora ainda destacou as atuações de Sterblitch e Tatá, e se disse surpresa com o desempenho da dupla na comédia. “Esse lugar em que eles estão na série é algo diferente do que estamos acostumados a vê-los, mas será uma grata surpresa, acredite, pois além desse texto brilhante, as atuações foram surpreendentes”, declarou.
A autora Fernanda Young também falou um pouco sobre a proposta da nova comédia. “Queríamos uma história de que nossas duas filhas de 18 anos gostassem e com a qual se identificassem. Incluir um público mais jovem, sem excluir o mais maduro. Procuramos uma história simples, que encontre sua relevância na verdade dos personagens. Escrevemos a quatro mãos, mas as quatro mãos não escrevem juntas. Cada duas em seu canto. Bolamos a história juntos, depois cada um escreve sua parte. Juntamos tudo no final”, disse.
“Tentando encontrar padrões de comportamento. Buscamos a identificação com o público, em sua diversidade, e, ao mesmo tempo, mostrar que somos todos iguais, principalmente no que diz respeito ao amor. Nosso humor é de observação, então precisamos ficar atentos ao nosso redor, e não podemos nos prender aos antigos clichês de comédia, nem aos tradicionais conflitos entre o masculino e o feminino. Queremos mostrar o que se passa nesses novos tempos e não simplesmente fazer piadas sobre relacionamento”, completou.