Nana (Fabiula Nascimento) em cena de Bom Sucesso. (Foto: Reprodução)
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Sequências de Bom Sucesso em que Nana (Fabiula Nascimento) discute possibilidade de abortar gerou revolta no público
Em “pé de guerra” contra os conversadores, a Globo decidiu bater de frente mais uma vez com esse público e promoveu outra polêmica, agora através de Bom Sucesso, sua atual novela das 19h.
No último sábado (19), Bom Sucesso levantou um debate sobre o aborto, mas muitos telespectadores encararam como uma espécie de “aula” e até de apologia ao ato. Na trama escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, Nana, personagem vivida por Fabiula Nascimento, entra em desespero ao descobrir que está grávida e cogita abortar.
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Em conversa com Paloma (Grazi Massafera), a personagem comentou ideias bastante defendidas por feministas e outros grupos pró-aborto. “Pensando bem, ainda não é um bebê. É só um embrião. Não tem sistema nervoso, não tem coração, não é nem um humano ainda”, disse. “Eu não sou a favor do aborto, ninguém é. Mas sou a favor do direito de decidir sobre o meu corpo, sobre a minha vida”, completou.
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Em outra cena de Bom Sucesso, Nana encontrou seu ex-marido, Jorginho (Daniel Warren), e o debate sobre o aborto foi estendido, dessa vez citando a ilegalidade da prática no Brasil. “Aqui é ilegal, mas todo mundo conhece alguém que já fez. Quem tem dinheiro consegue fazer um aborto seguro. Quem não tem condições, pode até morrer ou ser presa. Sou privilegiada, eu sei, mas eu não queria estar passando por isso”, desabafou a personagem.
Os diálogos da personagem geraram revolta nas redes sociais, e de acordo com o site Notícias da TV, motivou até mesmo a instauração de um inquérito civil do Ministério Público contra a Globo. O órgão investiga se a Globo não descumpriu a classificação indicativa de Bom Sucesso, e demonstra preocupação com o fato da novela ter transmitido uma mensagem perigosa ao público mais jovem que assiste ao folhetim.
De acordo com o procurador da República Fernando de Almeida Martins, essas sequências que tocam na questão do aborto foi exposta de modo que abre margem para dupla interpretação e confunde crianças e adolescentes, que ainda não têm a capacidade de diferenciar o merchandising social de um incentivo ao aborto.
