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Carrefour, Sonda e+: Novo decreto coloca café atrás das grades em supermercados de SP em 2025

15/04/2025 às 7h30

Por: Lennita Lee
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Novo decreto coloca o café atrás das grades em supermercados de SP (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco Lennita/Canva)

Supermercados de São Paulo colocam o café e outros produtos atrás das grades após onda alarmante na cidade

Um decreto silencioso, no entanto visível nas gôndolas de redes como Sonda, Carrefour e outras, deixou milhares de clientes em choque.

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Isso porque tanto o café, como a picanha, bacalhau, creme de avelã e azeite, estão sendo comercializados por trás das grades e com sistemas antifurto em diversas lojas da capital paulista.

O movimento ganhou força após uma escalada preocupante de furtos, impulsionada, claro, por uma das maiores vilãs do bolso: a inflação.

Dito isso, a partir de informações obtidas pelo portal Folha de S.Paulo, a equipe especializada em serviços do TV Foco traz abaixo o parâmetro da situação e as razões para que esses produtos tenham aumentado tanto de preço e se tornado “artigos de luxo” do momento.

Café Pilão entre outras marcas de café "atrás das grades" em supermercado (Foto Reprodução/Folha de S.Paulo)
Café Pilão entre outras marcas de café “atrás das grades” em supermercado (Foto Reprodução/Folha de S.Paulo)

Café atrás das grades: Quando o valor supera o acesso

Pois é, a cena que antes parecia reservada a eletrônicos e bebidas alcoólicas se tornou comum também nas prateleiras de alimentos.

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De acordo com a Folha, entre os dias 11 e 14 de abril, o fato ocorreu em ao menos 22 unidades dos supermercados mencionados, divididos entre a zona sul, oeste, leste e central de São Paulo.

Foram encontradas embalagens de café populares protegidas nos seguintes supermercados:

  • Carrefour;
  • Extra;
  • Pão de Açúcar;
  • Sonda.

Nas unidades do Mini Extra no Largo do Arouche e do Carrefour Express na Saúde, os funcionários isolaram os sacos de café para dificultar furtos, que, segundo eles, viraram rotina.

Picanha e demais cortes sendo colocados com lacre e sinalizadores de alarme como se fossem bebidas e artigos de luxo (Foto Reprodução/Folha de S.Paulo)
Picanha e demais cortes sendo colocados com lacre e sinalizadores de alarme como se fossem bebidas e artigos de luxo (Foto Reprodução/Folha de S.Paulo)

Em apenas uma manhã, uma das lojas flagrou duas tentativas de furto do produto.

Curiosamente, as marcas de cafés especiais e as versões em cápsulas continuaram expostas, enquanto as opções mais populares acabaram trancadas.

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Declarações:

  • Questionada, a rede Carrefour classificou a medida como “padrão de mercado” para produtos de alto valor.
  • Já o Grupo Pão de Açúcar declarou que a proteção para o café não segue seus protocolos e, ao tomar conhecimento, determinou a retirada das grades.

Valendo “mais que ouro”

Mas não é por acaso que o café lidera a lista de produtos protegidos.

O preço do grão disparou em São Paulo e se tornou símbolo da inflação alimentar nos últimos meses.

Um levantamento mais recente apontou alta de 8,14% apenas entre fevereiro e março, e um salto impressionante de 77,78% no acumulado de 12 meses.

E esse impacto não se limitou ao preço nas etiquetas:

  • Uma pesquisa revelou que quase metade dos brasileiros precisou reduzir o consumo de café devido ao custo elevado.

Em redes como o Extra no Grajaú, funcionários relataram que lacres antifurto também passaram a ser utilizados.

De acordo com um promotor da marca Pilão, em um único episódio, cerca de 300 unidades foram furtadas, forçando o reforço nas medidas de segurança.

Ele destacou ainda que embalagens mais finas, como as de café não selado a vácuo, são especialmente visadas pelos furtadores, por serem mais fáceis de esconder.

Um efeito dominó:

Conforme dito acima, esse fenômeno de blindagem não ficou restrito ao café.

Alimentos como picanha, azeite e bacalhau também foram alvos da estratégia antifurto em supermercados da capital.

Unidades do Pão de Açúcar adotaram lacres em picanhas e azeites, enquanto cremes de avelã Nutella foram protegidos com dispositivos antifurto em lojas da rede Sonda.

Nem mesmo o perfil dos clientes pareceu influenciar a decisão das redes.

Segundo relatos, essas medidas foram observadas tanto em mercados de perfil popular quanto nos de público mais elitizado.

Azeite com alarme (Foto Reprodução/Internet)
Azeite com alarme (Foto Reprodução/Internet)

Mas, por que o café ficou tão caro no Brasil?

A disparada no preço do café tem raízes complexas. A combinação de eventos climáticos severos, como secas prolongadas e geadas que afetaram regiões produtoras, reduziu drasticamente a oferta do grão no mercado interno.

Além disso, a demanda internacional pelo café brasileiro se manteve aquecida, pressionando ainda mais os preços domésticos.

O cenário se agravou com os custos logísticos e a variação cambial, que tornaram as exportações mais atraentes para produtores e menos acessíveis para o consumidor brasileiro.

Essa sequência de fatores consolidou o café no topo dos alimentos que mais pesaram no orçamento das famílias.

Ou seja, um fenômeno que especialistas já classificam como um dos motores da inflação dos últimos meses.

Conclusão:

Em suma, o café, antes símbolo de aconchego nas casas brasileiras, virou artigo de segurança máxima nas gôndolas paulistanas.

Mesmo porque, a escalada de preços transformou o produto em alvo prioritário de furtos e obrigou redes de supermercado a blindarem até mesmo itens do dia a dia.

Seja pelo valor elevado, seja pela facilidade de revenda, o café hoje ocupa um espaço curioso na economia popular: cercado por grades, protegido por lacres e cada vez mais distante da rotina de quem sente seu preço, mas não seu aroma.

Mas, para saber sobre outras leis, em vigor ou não, clique aqui.*

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Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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