Plano de saúde gigante ficou por um triz após forte declínio financeiro e essa é a sua situação hoje
E no mês de novembro do ano de 2019, uma grande seguradora de plano de saúde ficou por um triz e teve quase um pedido de falência após enfrentar severa crise financeira.
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Estamos falando da Cassi (Caixa de Assistência), fundada em 1997, por um grupo de funcionários do Banco do Brasil e que atualmente conta com 720 mil clientes presentes em todo o território nacional.
Vale mencionar que na época do ocorrido, a Cassi ficou sob direção fiscal da ANS desde julho de 2019 por enfrentar um grave problema de caixa.
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Só para se ter ideia do abismo em que ela se encontrava, o rombo era de praticamente R$ 1 bilhão. Sem esses recursos, ela teria ou que pedir por sua falência ou repassar sua carteira de clientes a outra empresa.
A capitalização da Previ passava por um acordo entre os empregados do Banco do Brasil e a instituição financeira. Esse acordo dependia de uma votação. Pelo menos dois terços dos funcionários do BB precisavam dizer sim à proposta apresentada pela banco.
Proposta de reestruturação
A proposta colocada em votação mantinha os atuais percentuais de contribuição dos funcionários (4% do salário) e do BB (4,5%) e introduzia a cobrança por dependentes:
Mais 1% de contribuição para quem tinha um dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% a partir do terceiro dependente, limitando a contribuição total do funcionário a 7,5% do seu salário.
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De acordo com o portal Plurall Consultoria, à época, o Banco do Brasil também contribuiria para o pagamento dos dependentes. Caso a proposta fosse aprovada, seria garantida a entrada imediata, em dezembro daquele ano, mais de R$ 600 milhões no caixa da operadora.
Deste total, R$ 588,1 milhões seriam repassados pelo Banco do Brasil. A instituição assumiu, à época, o compromisso de pagar, de forma retroativa, como se o novo modelo de custeio estivesse valendo desde janeiro de 2019.
Já os associados contribuiriam somente a partir de dezembro, totalizando R$ 24,9 milhões.
O Banco do Brasil concordou, também, em repassar à Cassi R$ 450,9 milhões referente ao Grupo de Dependentes Indiretos (GDI).
Esse valor estava provisionado no balanço do BB. Garantia também o ressarcimento de eventual prejuízo da operadora decorrente da utilização do plano por cerca de 2 mil beneficiários que perderam a condição de dependentes após a mudança estatutária do ano de 1996.
Somados os R$ 588 milhões em aumento de contribuição do BB e os R$ 450 milhões do GDI, chegava-se a um valor superior a R$ 1 bilhão em repasses à Cassi.
Situação revertida
De acordo com o portal Sindibancários, em abril de 2023, a Cassi apresentou um relatório referente ao ano de 2022 aonde foram apresentados:
- Os dados econômicos e financeiros das atividades da entidade
- Perfil dos associados assistidos
- Informações sobre a rede credenciada
- Novos planos lançados.
De acordo com o relatório, a Cassi havia fechado 2022 com 592.702 participantes. Desse total, 376.051 pertencem ao Plano de Associados; 207.831 ao Plano Cassi Família; e 6.403 no Plano Essencial.
Atualmente o Cassi Vida, plano recentemente lançado pela entidade em alguns estados, responde por 1.831 vidas. Vale dizer que ela apresentou resultado líquido deficitário de R$ 287 milhões em 2022.
Mas mesmo fechando no vermelho, as reservas financeiras apresentadas por ela somam a R$ 3,729 bilhões, o que, segundo o relatório, garante segurança às operações da entidade.
Ou seja, apesar da crise, a Cassi conseguiu reverter o quadro de quase falência e permanece ativa no mercado.
Qual a situação dos clientes da Cassi hoje (17)?
Segundo apurações do TV Foco, o plano de saúde continua ativo no setor da saúde. Pelo que foi divulgada pela própria empresa, e como mencionamos no inicio desse texto, atualmente ela atende uma média de 720 mil clientes e sua cobertura vale em todo o país
Vale mencionar que no último dia 16 de novembro, a Cassi divulgou no seu site oficial que criou um novo app
Ele funciona não apenas como uma extensão dos serviços oferecidos pela Caixa de Assistência, mas um facilitador para os participantes acompanharem de perto a análise de autorização de seus procedimentos de saúde.
Com o app logado, inserindo CPF e senha, o participante pode acessar o menu “Serviços” e, em seguida, “Autorizações”, e ter à disposição uma visão detalhada da situação de seus pedidos de autorização.
No campo situação, o status “Análise de Autorização” fornece informações essenciais sobre o pedido, possibilitando uma compreensão clara de como está o processo.
Também é possível enviar documentos médicos diretamente pelo aplicativo.
Isso significa que, caso seja necessário fornecer informações adicionais para a liberação do serviço, o participante pode fazê-lo de maneira rápida e eficiente, sem a necessidade de deslocamentos ou processos burocráticos adicionais.
