Adeus da Magalu, C&A e +: Entenda o que está acontecendo em uma das regiões comerciais mais relevante do Brasil
Se tem uma frase que define o ano de 2023 para as varejistas é a “O mar não está para peixe”! Desde que o rombo de R$40 bilhões da Americanas veio à tona, milhares de outras varejistas passaram a enfrentar os mais diversos e adversos cenários e crises.
Mais que isso, até mesmo regiões brasileiras consideradas como um verdadeiro império comercial estão tendo que lidar com o adeus de muitas varejistas.
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Como o que está acontecendo com o bairro Cidade Alta, localizado no centro histórico de Natal, região nordestina do país.
Agora, a região precisou lidar com a despedida da Magazine Luíza (Magalu), loja essa que ficava na Avenida Rio Branco.
Vale dizer que essa despedida fez parte de uma despedida tríplice, uma vez que a C&A e um rival do Banco Itaú, o Banco Safra, também foi embora da região.
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Inclusive, conforme informações do portal Agência Saiba Mais, a mesma expôs um cartaz no qual direciona os consumidores para a filial da avenida Prudente de Morais, no bairro de Lagoa Seca.
Magalu explica
Em nota enviada com exclusividade ao portal Agência Saiba Mais, a empresa confirmou o fechamento da loja da zona leste e disse que a decisão faz parte de “um processo de aumento de eficiência operacional”
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Isso após avaliar meses de análises de aspectos como proximidade de unidades, fluxo de consumidores e mudanças na dinâmica urbana:
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“A área de gestão de pessoas da companhia já está atuando para realocar o maior número possível de colaboradores que trabalhavam na unidade”
Fechamento em massa
Porém, voltando para a situação crítica do bairro Cidade Alta, que como mencionamos, já foi referência em comércio local, o presidente da associação Viva o Centro, Rodrigo Vasconcelos, explicou que a medida não é específica do comércio da Cidade Alta, mas faz parte de uma reestruturação nacional pela qual passam as grandes empresas:
“É uma reestruturação assim como foi a Marisa, assim como foi a C&A. A Magalu passa por dificuldades no varejo no Brasil todinho, que está sendo acompanhado. Até na bolsa [de valores] os investidores estão retirando o dinheiro”
Porém, ele não desconsiderou que o fechamento de mais uma loja acaba impactando a situação do bairro como um todo, que aliás, continua penando com a falta de investimento público e até “abandono dos gestores”, há muitos anos …
Apenas para relembrar, em meados de março de 2022, a C&A também se despediu da Cidade Alta, aonde possuía uma unidade gigantesca, avistada por todos que ali passavam.
Inclusive o fato também foi comentado por Rodrigo Vasconcellos, que também mencionou sobre a metade das lojas da Riachuello que não existem mais, e até mesmo um prédio do Banco Safra, que segundo ele, foi “abandonado”.
Obviamente que essa situação acaba dando um vislumbre do quão esmagadora está sendo a crise comercial e pode afastar possíveis novas empresas a querer investir no lugar:
“Se nenhuma atitude for tomada, teremos um fechamento em massa neste ano” – Afirmou Rodrigo
Qual seria a solução para a Cidade Alta?
Para mudar este cenário, Vasconcelos defende que a gestão do poder público crie um projeto de lei de incentivo fiscal para o bairro.
“Sem isso, a gente não vê, a curto prazo, uma recuperação do comércio da Cidade Alta, infelizmente”
Além das lojas C&A, a Americanas e Marisa também encerraram as atividades das unidades no bairro.
Em outubro de 2023, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte ainda realizou uma audiência pública para discutir a situação do comércio no local.
A Casa implementou, ainda, uma comissão multidisciplinar pela revitalização do Centro de Natal, com participação de representantes dos comerciantes e organizações empresariais.
O presidente do Viva o Centro, por outro lado, afirma que a comissão ainda não avançou e nem apresentou plano de recuperação econômica até o momento:
“O grupo foi criado ali, foi feita uma reunião após isso para aprovação da audiência pública, e depois que foi aprovada nós não recebemos mais nenhum retorno”, diz Vasconcelos.
“Então é como se fosse um circo, um teatro. E pra gente que é comerciante, não adianta. A gente quer que as coisas funcionem na prática. Mas a partir da aprovação do relatório, do que era que iria ser feito, não houve mais nada na prática”
