Montadora gigantesca deu adeus ao enfrentar cenário adverso após 1 século de existência
E em meados de janeiro de 2021, mais precisamente no dia 11 de janeiro daquele ano, uma amada e gigantesca montadora se preparava para se despedir de forma definitiva do nosso país, após um século de existência.
Estamos falando da Ford, que após anos 50 anos produzindo em solo brasileiro, optou em sair do país em meio a uma série de consequências causadas por um cenário adverso.
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Motivos por trás da decisão
Uma das maiores razões que levou a Ford a encerrar as suas produções e fechar todas as suas fábricas aqui foram as dificuldades causadas por burocracias somadas a uma crise, que atingia não apenas ela como outras montadoras na época.
Diante da situação, a decisão ainda tomou mais força após uma série de situações adversas ocorridas durante a busca da empresa pela lucratividade no Brasil.
Sendo assim, a Ford não teve outra opção a não ser deixar de ser fabricante e se tornar apenas uma exportadora no país, focando no público classe A e trazendo carros de maior valor agregado
Taxas esmagadoras e insumos caríssimos
Segundo o Portal Uol Carros, o que contribuiu bastante para o desfecho foi a alta e complexa carga tributária do país e os os custos de logística.
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Fazendo com que de fato, a opção mais rentável e viável, fosse direcionar todos os seus investimentos na produção de veículos em outros países como a China, que é uma grande potência comercial da atualidade.
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Inclusive é por meio da China que a Ford importa o SUV Territory.
Embora a companhia não tenha mencionado, na época, essa informação no anúncio enviado à imprensa, a Anfavea (Associação das Montadoras Instaladas no Brasil), afirmou que tal informação foi dada no momento do encerramento da produção local.
Outro fator que potencializou a situação foi o câmbio desfavorável, visto que os insumos estratégicos comprados em território nacional, como o aço, são cotados em dólar.
Além disso, os percentuais de componentes importados em automóveis produzidos localmente estavam extremamente elevados, em torno de 40%, aumentando o custo de produção e reduzindo o lucro de acordo com a flutuação da moeda norte-americana.
Mas essa situação da Ford não se tratava de um caso isolado, visto que outras montadoras, até meados de março de 2023, ainda enfrentava um pouco de tudo para driblar algumas crises que andavam as prejudicando*
(Para saber mais sobre o assunto clique aqui*)
Vale dizer, que naquele mesmo período, outras gigantes do setor automotivo estavam buscado progresso por meio de fusões, como é o caso de FCA e PSA, que se uniram para fundar a Stellantis.
No caso da Ford, como não conseguiram uma parceria, lidavam com a falta de alternativas e ainda tentava sobreviver ao “naufrágio”, tiveram que cortar na “própria carne” e promover o fechamento das fábricas, não somente no Brasil, como até em seu país de origem, os Estados Unidos.
Essa busca pela sobrevivência também incluiu o fim da oferta de carros de passeio nos EUA, com exceção do Mustang.
Recalculando a rota
Com o anuncio do fechamento das suas fábricas no Brasil, a Ford enfatizou que seus futuros veículos iriam focar em conectividade e e eletrificação, um caminho inevitável para todas as grandes montadoras.
Fora isso investir na produção brasileira de automóveis com maior conteúdo tecnológico também seria inviável, visto que os custos para tal, naquela época, era algo excessivamente custoso, da mesma forma que SUVs e picapes.
Na nota divulgada, ainda em janeiro de 2021, a montadora fez questão de frisar que passariam a oferecer produtos com “maior valor agregado”, em detrimento dos compactos que vinha produzindo aqui.
Como 1 mais 1 é 2, a solução foi se adaptar pela importação do que , desenvolver e fabricar no país.
Isso tudo sem mencionar que a pandemia da Covid-19 também teve seu peso, visto que afetou toda a economia mundial e veio com muita força principalmente aqui.
Ainda é sucesso absoluto
De acordo com o G1, a Ford, apesar de não produzir mais no país, continua na Anfevea, Isso porque mesmo após o fechamento das fábricas, a montadora mantém o Centro de Desenvolvimento de Produto de Camaçari como base nacional.
Todos os carros continuam passando pela aprovação do time brasileiro de engenharia para regionalização.
Um exemplo disso é a Ford Transit, lançada no ano de 2021, após a saída da Ford no país.
Inclusive, um dos carros mais amados da Ford, o Novo Ford Territory 2024 chegou oficialmente no mercado nacional no dia 28 de setembro de 2023, com o valor a partir de R$219.390*
(*Para saber mais detalhes sobre essa informação, clique aqui*)
Fora isso, para este ano de 2024, conforme exposto pelo portal Exame, após colocar no mercado brasileiro o Mustang Mach-E – o primeiro 100% elétrico da Ford no país – a montadora já desembarcou em terras nacionais uma nova geração do clássico Mustang.
De acordo com a própria Ford, o Mustang 2024 estreará no Brasil na configuração topo de linha GT Performance, equipada com o conhecido motor V8 Coyote.
A chegada por aqui deverá coincidir com o aniversário de 60 anos do Mustang, em abril. Fora isso, a montadora já adiantou que promoverá uma série de ações para celebrar a data.
Qual empresa substituiu a Ford no Brasil?
Como muitos já sabem a empresa que substituiu a Ford no país foi a chinesa BYD, que de acordo com o portal Quatro Rodas, após uma longa espera, adquiriu finalmente a antiga fábrica da antiga Ford em Camaçari na Bahia.
O fato foi oficializado no dia 09 de outubro de 2023.
Inclusive, a cerimônia de oficialização do acordo entre a chinesa e o governo baiano ocorreu na própria fábrica e contou com a presença do:
- Vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB);
- Governador Jerônimo Rodrigues (PT);
- CEO global da marca, Wang Chuanfu;
- CEO da BYD Américas, Stella Li;
- Atual presidente da empresa no Brasil, Tyler Li.
Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, o momento marcou a reindustrialização do país:
“Essa é a neoindustrialização que o presidente Lula lançou, baseada na inovação e na sustentabilidade. A BYD, que é líder mundial de elétricos no mundo, vai trazer para cá um dos principais centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação” – Disse ele na ocasião