PEGOU TUDO!

DE BANDEJA: O adeus definitivo de rede gigante e a venda de TODAS as suas lojas ao Carrefour por fortuna

http://www.otvfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg

Rede de supermercado é entregue ao Carrefour após anos de atuação no Brasil (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/Carrefour/Maringá Post)

Uma das redes mais amadas em supermercado do país, cuja qual teve seu maior Boom nos anos 2000, entregou “de bandeja” suas unidades ao Carrefour, que após a transação distribuiu o que sobrou da mesma entre suas principais bandeiras

Como foi dito em matérias anteriores, o setor varejista é repletos de reviravoltas capazes de surpreender qualquer um. Também pudera, ao longo de todos esses anos, muitas movimentações sacudiram o mercado financeiro e virou até pauta entre os principais veículos de informação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Inclusive, em meados de julho de 2023, o que sobrou de uma das maiores e mais famosas redes de supermercado acabou sendo entregue de “bandeja” ao Grupo Carrefour, após a francesa desembolsar um valor milionário.

Estamos falando da popular rede Big Hipermercados, do Grupo Big, cuja qual permaneceu no Brasil por anos a fio e teve seu grande BOOM nos anos 2000.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A rede era tão reconhecida que se tornou uma das primeiras opções dos consumidores na hora de fazer suas compras, visto que eram atraídos pelo preço baixo e ofertas arrasadoras que só a rede oferecia.

Após essa transação, o grupo francês passou a distribuir fatias delas entre as suas outras principais bandeiras como o Atacadão e o Sam’s Clube.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apenas para contextualizar, de acordo com o Metrópoles, 76 lojas foram para o Atacadão, outras 48 para o Carrefour e 5 para o Sam’s Club.

A origem

Para quem não sabe, o Grupo Big surgiu a partir da abertura do primeiro Sam’s Club no país, pela rede Walmart, ainda no ano de 1995. Em seguida, eles abriram a primeira loja focada no segmento de hipermercados na cidade de Osasco, Região Metropolitana de São Paulo, que posteriormente se tornaria a rede Big Hipermercados.

LEIA TAMBÉM!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Foi aí que a rede deu inicio a sua expansão pela região Sudeste nos anos que se sucederam, tendo seu maior auge nos anos 2000, conforme dito acima.

Segundo informações coletadas na Wiki, em março do ano de 2004, a rede americana também adquiriu a rede Bompreço, de propriedade do holandês Royal Ahold, por 300 milhões de dólares.

Já no fim de 2005, o grupo comprou a operação de varejo do Sonae no Brasil, cuja aquisição englobou as marcas BIG, Mercadorama*, Nacional e Maxxi, como podem conferir através desse link*

A transação custou aos cofres do grupo americano o valor de R$ 1,7 bilhão. Na época, o Sonae tinha 135 lojas, espalhadas nos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, com um faturamento bruto da ordem de R$ 4,33 bilhões.

Já no fim do ano de 2016, a matriz norte-americana sinalizou que poderia incluir o Brasil em seu plano de desinvestimentos e a filial brasileira amargou prejuízos por 7 dos 10 anos anteriores.

Dificuldades no caminho

Apesar do sucesso estrondoso, alguns problemas estruturais passaram a ocorrer na empresa devido a falta de adaptação do sistema de hierarquia imposto pela matriz ao mercado brasileiro, além da dificuldade apontada pelo tributário do país que como muitos sabem é bem burocrática.

Fora isso, um outro erro do grupo, segundo especialistas, foi a demora em absorver a identidade das marcas regionais adquiridas:

Isso sem mencionar o alto investimento que o grupo fez em hipermercados em meio a um cenário em que os atacarejos começavam a se fortalecer cada vez mais.

Em junho de 2018, a rede acabou sendo vendida para a empresa de Private Equity Advent. Na ocasião, a matriz norte-americana ainda possuía uma participação minoritária de 20% na nova empresa. No segundo trimestre de 2018, a rede americana relatou prejuízos com a operação brasileira da ordem de US$ 4,5 bilhões.

Posteriormente, foi noticiado que a aquisição da filial brasileira não teve custo algum, com o Advent se comprometendo a investir cerca de R$ 2 bilhões na recém adquirida operação.

Em agosto do ano de 2019, com dificuldades na gestão do Walmart Brasil, o novo controlador da rede, a Advent, começou a considerar a extinção do nome Walmart. A justificativa eram os royalties, de 0,7%, que o novo controlador teria de pagar ao grupo norte-americano pela utilização de suas marcas.

Mais à frente, a empresa confirmou que o nome Walmart Brasil seria abandonado e substituído de vez pelo nome BIG.

Outra justificativa, além dos royalties, era o vínculo afetivo com o consumidor do sul (com a marca BIG) e do Nordeste (com a marca Bompreço, posteriormente renomeada para BIG Bompreço).

O grupo ainda continuou operando a marca Sam’s Club, desta vez pagando royalties menores.

Tudo para o Carrefour …

De acordo com o G1, foi em meados de março de 2021 que os donos dos grupos Advent e Walmart informaram sobre o acordo com o Carrefour Brasil para venda da operação do Big que custou a quantia de R$ 7,5 bilhões.

A aquisição foi paga em 70% em dinheiro, com o Carrefour adiantando R$ 900 milhões no ato da assinatura, e 30% em ações da rede francesa. Com isso, tanto o Walmart como o Advent se tornaram sócios minoritários no Grupo Carrefour Brasil, em uma participação próxima de 5,6% no capital.

Em meio a uma apresentação feira ao setor, o Carrefour Brasil destacou que a compra do BIG era para complementar a sua atuação (visto que não possuía tanta relevância entre os consumidores do Sul e no Nordeste, que até então eram os focos do Grupo BIG).

O Carrefour ainda afirmou, à época, que acrescentaria novos formatos em sua plataforma, como as lojas Sam’s Club, que até hoje funciona como um “clube de compras”, aonde o cliente consegue obter descontos exclusivos em produtos importados.

Em janeiro do ano de 2022, a Superintendência Geral do Órgão recomendou a aprovação da transação, condicionada a venda de algumas unidade do varejo de autosserviço. Mas somente no mês de maio de 2022, o Cade aprovou, com restrições, a compra do Grupo BIG pelo Carrefour Brasil.

A decisão foi unânime e foi condicionada a venda de determinadas lojas do BIG em cidades como Gravataí, Maceió, Olinda e Recife. O Carrefour, no entanto, já tinha propostas para venda das lojas alvo do desinvestimento do BIG naquela ocasião.

No dia 7 de junho de 2022, as negociações foram finalizadas e o Grupo BIG passou a ser subsidiária integralmente pelo Grupo Carrefour Brasil.

Quando o Hipermercado Big se despediu de vez?

Como mencionamos no inicio deste texto, em meados de junho, mais precisamente no dia 30 de junho de 2023, o Grupo Carrefour concluiu a conversão das 129 lojas anteriormente pertencentes ao Grupo BIG, seis meses antes do previsto.

De acordo com o portal Exame, as conversões foram distribuídas em todas as suas bandeiras, sendo  76 lojas Atacadão, 48 Hipermercados Carrefour e 5 Sam’s Club.

Com isso foram extintas por completo as bandeiras:

Deixando de pé apenas as bandeiras Super Bompreço, Nacional e TodoDia, o que marcou de vez o fim de um grande império do setor. Stéphane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil fez a seguinte declaração na época:

“Esse é um momento histórico para nós, que sempre acreditamos na integração com o Grupo BIG como oportunidade de fortalecer nossa presença e diversificar nossos produtos e serviços no Brasil” – Iniciou ele que continuou:

“Dessa fusão surge o líder do setor, com mais de mil lojas físicas, e o maior empregador privado do país, com 150 mil colaboradores.”

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

Sair da versão mobile