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FIM de produção e encerramento de atividades: O triste adeus de montadora amada pelo país após anos
18/08/2023 às 8h00
Uma famosa montadora de carros, que faz parte da vida de muitos brasileiros, deu adeus após enfrentar um cenário adverso
O ano era janeiro de 2021, quando uma importante montadora de carros, muito amada pelos brasileiros, anunciou o fechamento das suas 3 fábricas que mantinha em território nacional após anos de oficio.
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A notícia pegou a todos de surpresa, entristecendo a muitos e levantando uma série de indagações dos motivos que a fizeram fazer isso.
Estamos falando da americana Ford, que possui diversos carros transitando em nosso país e é considerada uma das marcas mais confiáveis quando falamos em automóveis.
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Vale dizer que no ano de 2019, a montadora já havia encerrado as suas atividades na unidade que ficava localizada em São Bernardo do Campo (SP), como parte dos seus esforços de reestruturação global.
Entendendo os motivos
1- Altas taxas
Essa decisão foi influenciada por uma série de situações que ocorreram durante a busca da empresa pela lucratividade no País.
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Ao se deparar com uma realidade nada promissora, a Ford, após mais de um século de presença no mercado brasileiro, optou em deixar de ser fabricante e se tornando apenas uma exportadora no país.
Segundo o Portal Uol Carros, a razão mais impactante foi a implacável, alta e complexa carga tributária do país e os os custos de logística.
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Sendo assim, a Ford optou em direcionar todos os seus investimentos na produção de veículos em outros países como a China, que é uma grande potência comercial da atualidade, aonde a mesma importa o SUV Territory.
Mas vale dizer que a companhia não mencionou essa motivação no comunicado enviado à imprensa, na época, no qual informava a decisão de fechamento das suas três fábricas remanescentes no País.
Porém, segundo a Anfavea (Associação das Montadoras Instaladas no Brasil), ela mencionou a questão ao comentar o encerramento da produção local.
2- Insumos caríssimos
Outro fator que potencializou a situação foi o câmbio desfavorável, visto que os insumos estratégicos comprados em território nacional, como o aço, são cotados em dólar.
Além disso, os percentuais de componentes importados em automóveis produzidos localmente estavam extremamente elevados, em torno de 40%, aumentando o custo de produção e reduzindo o lucro de acordo com a flutuação da moeda norte-americana.
Mas essa situação da Ford não se tratava de um caso isolado, visto que outras montadoras, até hoje, tem feito de um tudo para driblar algumas crises que andavam as prejudicando*
Para saber mais sobre o assunto clique aqui*
Vale dizer, que naquele mesmo período, outras gigantes do setor automotivo estavam buscado progresso por meio de fusões, como é o caso de FCA e PSA, que se uniram para fundar a Stellantis.
No caso da Ford, como não conseguiram uma parceria e sem muitas alternativas e visando sobreviver ao “naufrágio”, a Ford cortou na “própria carne” e promoveu o fechamento das fábricas, não somente no Brasil, como até em seu país de origem, os Estados Unidos.
Essa busca pela sobrevivência também incluiu o fim da oferta de carros de passeio nos EUA, com exceção do Mustang.
Mudanças
Com o anuncio do fechamento das suas fábricas no Brasil, a Ford enfatizou que seus futuros veículos iriam focar em conectividade e e eletrificação, um caminho inevitável para todas as grandes montadoras.
Fora isso investir na produção brasileira de automóveis com maior conteúdo tecnológico também seria inviável, visto que os custos para tal, naquela época, no país era algo excessivamente custoso, da mesma forma que SUVs e picapes.
Na nota divulgada no dia 10 de janeiro de 2021, a montadora fez questão de frisar que passariam a oferecer produtos com “maior valor agregado”, em detrimento dos compactos que vinha produzindo aqui.
Sendo assim, caminho natural foi optar pela importação dos seus próximos lançamentos, desenvolvidos e fabricados em outros mercados.
Nem precisa dizer que a pandemia da Covid-19 também teve sua parcela de culpa, visto que afetou toda a economia mundial e veio com muita força sob o sono nacional.
Continua com sucesso!
De acordo com o G1, a Ford, apesar de não produzir mais no país, continua na Anfevea, Isso porque mesmo após o fechamento das fábricas, a montadora mantém o Centro de Desenvolvimento de Produto de Camaçari como base nacional.
Todos os carros continuam passando pela aprovação do time brasileiro de engenharia para regionalização. Um exemplo disso é a Ford Transit, lançada no ano de 2021, após a saída da Ford no país.
Qual montadora assumirá o lugar da Ford?
Pois é, ao que parece, uma montadora internacional irá assumir o lugar da Ford e ainda promete derrubar a concorrência com o lançamento impactante de um dos carros mais cobiçados
Estamos falando da chinesa BYD, que de acordo com o portal Quatro Rodas, após uma longa espera, adquiriu finalmente a antiga fábrica da antiga Ford em Camaçari na Bahia, e já tem planos ambiciosos para o mercado automobilístico brasileiro*
Serão três fábricas: uma de automóveis, outra de ônibus e caminhões e a terceira de beneficiamento de lítio*
De acordo com a CNN, a assessoria do governo baiano informou que a expectativa é de que o complexo industrial da BYD inicie a produção de veículos no país a partir do segundo semestre de 2024.
*Para saber mais sobre a montadora clique aqui*
*Se trata de uma filtragem automatizada. Sensores e lasers identificam os metais e os separam, emitindo pouco carbono e gerando menos resíduos. Essa técnica resulta em insumo de lítio pré-químico purificado, cujo valor agregado é muito maior do que o lítio bruto por ter um alto grau de pureza.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.