O QUE ROLOU?!

Fim de uma era: O adeus definitivo de rival da Unimed e 5 milhões de clientes deixados para trás

11/06/2024 às 4h00

Por: Lennita Lee
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Gigante da saúde dá adeus definitivo no país e deixa 5 milhões de pacientes para trás (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva/Money Times)

Plano de saúde gigantesco, rival da Unimed, acabou optando por vender suas ações no país mesmo com 5 milhões de clientes

E uma grande rival da Unimed, considerada como um dos planos de saúde mais renomados do país, ainda em setembro de 2023, chegou a anunciar a venda de suas operações o que simbolizou um adeus definitivo no país.

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O que marcou também o fim de uma era na saúde, afinal de contas essa resolução foi tomada após anos atuando na saúde suplementar brasileira.

Estamos falando da UnitedHealth Group, detentor da operadora Amil e da Americas Serviços Médicos, aqui no Brasil.

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No dia 26 de dezembro de 2023 a negociação finalmente saiu do papel, o que aterrorizou suas principais rivais do setor como a já mencionada Unimed, Notredame, Bradesco Saúde, entre outras.

UnitedHealth Group (UHG) é dona da Amil (Foto: Divulgação)
UnitedHealth Group (UHG) é detentora das operações da Amil no Brasil (Foto Reprodução/Internet)

Trâmites da venda

De acordo com informações da Investing . com, quem a comprou foi José Seripieri Filho, cujo qual fundou as gigantes Qualicorp a Qsaúde.

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A transação custou aos cofres do empresário o valor de R$ 11 bilhões, conforme exposto pela CNN na época.

Vale dizer que a Amil chegou a ser disputada também pelo empresário Nelson Tanure, da operadora Alliança, e pelo fundo de private equity americano Bain Capital, que já foi acionista relevante da Notre Dame Intermédica no Brasil.

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Amil é um dos grandes planos de saúde do Brasil (Reprodução: Internet)
Notícia de possível venda deixou segurados da Amil apreensivos (Foto Reprodução/Internet)

A transação foi considerada a maior entre fusão e aquisição feita no País entre uma única pessoa física e uma companhia.

Conforme a negociação, ficou decidido que José Filho pagaria R$ 2 bilhões ao UHG e assumirá passivos de cerca de R$ 9 bilhões.

O valor total, porém, poderia ser maior por causa de eventuais contenciosos.

Junior assumiu  o negócio de “porteira fechada”, mesmo que isso pudesse significar eventuais gastos maiores no futuro. Motivo pelo qual os americanos da Bain desistiram da disputa.

Procurada na época para possíveis esclarecimentos a Amil respondeu que:  “O UnitedHealth Group Brasil não comenta especulações de mercado”.

A operação ainda precisou ser submetida ao Cade e à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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Preocupação GERAL

Além das suas rivais, essa venda também causou certa preocupação entre clientes, cujos quais (de certa forma) foram deixados para trás com uma série de preocupações e dúvidas por parte dos beneficiários da rede.

Ainda mais com as chances de mudanças, reajustes e impactos que a nova gerência poderia impor.

Mas felizmente, para o o alívio dos 5,4 milhões de beneficiários da rede, a mudança de gerência não pode impor mudanças e reajustes, visto que por lei, o cliente tem direito a permanecer usufruindo daquilo que contratou com a companhia.

Conforme exposto pela Money Times, o Procon-SP, em nota concedida ao Estadão, garantiu que os clientes estão sob amparo da lei, em vista da manutenção do padrão de qualidade, quantidade e localização dos serviços prestados:

“Nessas situações de aquisição parcial ou total da carteira, o fornecedor que está absorvendo a empresa de planos de saúde deve manter as mesmas condições do plano e do contrato firmados”

Ou seja, ao  contratar um plano de saúde, os clientes têm amparos por três legislações. Sendo elas:

  • Os princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor, nos quais estabelecem os direitos e deveres na relação de consumo;
  • Pela lei 9.656/98 de planos de saúde;
  • Pela resolução 112, de 2005, da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Tais legislações preveem a manutenção da qualidade dos serviços prestados, da quantidade de hospitais e de profissionais credenciados, bem como a localização dos estabelecimentos de saúde.

ANS, médico e ilustração de plano de saúde (Fotos: Reproduções / Internet / Canva)
A venda precisa ser autorizada pela ANS (Fotos: Reprodução/Montagem/ Canva)

Em caso de um beneficiário estar passando por um tratamento de longo prazo, devido à doenças graves como câncer, por exemplo, a lei prevê que o paciente continue o tratamento no mesmo hospital, mesmo que tenha sido descredenciado pelo plano.

MAS ATENÇÃO! Essa situação se aplica apenas em casos de o paciente já estar internado.

Sendo assim, caso o paciente ainda não estiver internado e haja um descredenciamento do hospital no meio do processo, o diretor da fundação recomenda que recorra à Justiça, sob o caráter crítico da questão.

Mas afinal, a venda da Amil já foi concluída?

Ainda em meados do dia 27 de dezembro de 2023, a ANS chegou a afirmar que não havia se formalizado a operação relacionada à venda da operadora Amil.

Apenas para nível de conhecimento, os critérios que a ANS analisa para autorizar- ou não- as operações de assunção ou transferência de carteiras, são baseados no cumprimento da regulação setorial.

Conforme exposto pelo Metrópoles, A UHG chegou a afirmar que o negócio só será concluído (e fato) no fim do primeiro semestre de 2024, ou seja entre julho e agosto, sendo assim o adeus da UHG em 2024 é certo.

Porém, segundo o portal InfoMoney, o CADE aprovou a venda da Amil, da United Health Group, para o empresário José Seripieri Filho e o aval foi oficializado no Diário Oficial da União (DOU), em janeiro de 2024.

Mas, o analista Harold Takahashi, afirmou que uma operação dessa magnitude incluem  diligências, conferências de números, como a análise dos dados mais recentes do balanço para que seja feito um ajuste de preço.

E como ele mesmo afirmou: “Tudo isso deve tomar tempo e exigir esforço dos dois lados”

Porém ainda não foi encontrada nenhuma declaração oficial de ambos os lados a respeito da conclusão da venda.

amil
Plano de saúde
UnitedHealth Group

Autor(a):

Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.

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