Após situação imperdoável, o Atacadão acabou colocando fim em serviço vital em cerca de 334 lojas e um anúncio oficial expondo situação foi feito às pressas
Como muitos já sabem, o Atacadão é o atacarejo mais popular entre consumidores. Pertencente ao grupo Carrefour, ele está ativo desde 1962 e é reconhecido pela sua variedade e preço baixo.
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Porém, em abril de 2023, ele promoveu uma grande mudança operacional e tomou sérias medidas para eliminar de forma mais definitiva as práticas discriminatórias e aprimorar a experiência de todos os clientes de forma democrática.
De acordo com o Seu Crédito Digital, a medida anunciada às pressas pela própria varejista envolvia a interrupção de um dos seus serviços até então vitais na dependência das suas 334 lojas, a circulação dos fiscais de prevenção pelos corredores.
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Essa decisão veio como resposta às acusações contundentes de racismo que levaram a protestos e críticas de figuras públicas, incluindo o presidente Lula.
Alvo de críticas
Ainda de acordo com o portal, o Atacadão já enfrentava crescentes críticas devido a incidentes de racismo em suas lojas.
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Com isso, a presença constante de fiscais de prevenção já não estava sendo bem vista como uma solução preventiva e sim como um fator de tensão adicional.
Após esse “fim de uma era” no sistema até então aplicado em massa, o novo formato permite que esses profissionais atuam de pontos fixos, sempre sob vigilância de câmeras de segurança. O que garante tanto a segurança quanto um tratamento justo e igual para todos.
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Para isso, a empresa buscou a assistência da Universidade Zumbi dos Palmares para formar uma iniciativa abrangente que aborda a discriminação racial de diversas maneiras.
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Essa parceria gerou programas de treinamento em diversidade e desenvolveu campanhas de conscientização que são implementadas contínua e consistentemente para todos os colaboradores da rede.
A varejista enxergou como um passo para reformar não apenas as políticas internas, mas também para promover um ambiente acolhedor e respeitador.
Mas o que aconteceu para o Atacadão e Carrefour tomarem essas medidas antirracistas?
De acordo com o portal Valor, um dos casos mais chocantes envolveu a professora Isabel Oliveira, que afirmou que foi perseguida por um segurança de uma loja em Curitiba até deixar o local.
Durante o protesto, ela voltou à loja e tirou as roupas, ficando só de calcinha e sutiã, para terminar de fazer as compras. A ação foi transmitida em seu perfil no Instagram.
Em outro caso ocorrido no dia 7 de abril, desta vez numa loja do hipermercado Carrefour em Alphaville (SP), o artista Vinicius de Paula acusou a empresa de tratamento discriminatório, após ter sido impedido de usar um caixa preferencial que não tinha clientes na fila.
Foi após esses dois episódios imperdoáveis que as entidades Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e Centro Santos Dias de Direitos Humanos abriram uma ação civil pública contra o Atacadão e o Carrefour.
Importância do Atacadão:
Com 59 anos de história e presença em mais de 170 cidades, o Atacadão é reconhecido como a maior rede atacadista de alimentos do país em número de lojas, garantindo o abastecimento de comerciantes em cerca de 5,8 mil município.