William Bonner chocou ao anunciar sobre o fim nas produções de montadora gigante no país, no Jornal Nacional
E em meados de janeiro de 2021, mais precisamente no dia 11 de janeiro daquele ano, William Bonner anunciou em caráter de urgência a confirmação do fim nas produções de uma importante e gigantesca montadora no país.
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Estamos falando da Ford, que após anos produzindo em solo brasileiro, optou em sair do país após enfrentar uma série de burocracias em meio a um cenário adverso.
Em meio ao anúncio, William Bonner destacou o impacto histórico na indústria automobilística nacional:
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“A indústria automobilística sofreu hoje um baque histórico. A montadora Ford anunciou o fim da produção de veículos no país.”
Motivos por trás da decisão
Como mencionamos no inicio deste texto a Ford encerrou as produções após enfrentar burocracias e dificuldades em meio a um cenário adverso, que não apenas ela, mas outras montadoras enfrentavam na época.
Sendo assim, essa decisão foi influenciada, pura e simplesmente, por uma série de situações que ocorreram durante a busca da empresa pela lucratividade no Brasil,,
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Com isso, após mais de um século de presença no mercado brasileiro, a Ford optou em deixar de ser fabricante e se tornando apenas uma exportadora no país, focando no público classe A e trazendo carros de maior valor agregado
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1- Altas taxas
Segundo o Portal Uol Carros, a razão mais impactante e a mais implacável, foi a alta e complexa carga tributária do país e os os custos de logística.
Diante disso, a opção mais rentável e viável, foi direcionar todos os seus investimentos na produção de veículos em outros países como a China, que é uma grande potência comercial da atualidade, aonde a mesma importa o SUV Territory.
Embora a companhia não tenha mencionado, na época, essa informação no anúncio enviado à imprensa, a Anfavea (Associação das Montadoras Instaladas no Brasil), afirmou que a informação foi informada no momento do encerramento da produção local.
2- Insumos caríssimos
Outro fator que potencializou a situação foi o câmbio desfavorável, visto que os insumos estratégicos comprados em território nacional, como o aço, são cotados em dólar.
Além disso, os percentuais de componentes importados em automóveis produzidos localmente estavam extremamente elevados, em torno de 40%, aumentando o custo de produção e reduzindo o lucro de acordo com a flutuação da moeda norte-americana.
Mas essa situação da Ford não se tratava de um caso isolado, visto que outras montadoras, até hoje, tem feito de um tudo para driblar algumas crises que andavam as prejudicando*
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Vale dizer, que naquele mesmo período, outras gigantes do setor automotivo estavam buscado progresso por meio de fusões, como é o caso de FCA e PSA, que se uniram para fundar a Stellantis.
No caso da Ford, como não conseguiram uma parceria e sem muitas alternativas e visando sobreviver ao “naufrágio”, a Ford cortou na “própria carne” e promoveu o fechamento das fábricas, não somente no Brasil, como até em seu país de origem, os Estados Unidos.
Essa busca pela sobrevivência também incluiu o fim da oferta de carros de passeio nos EUA, com exceção do Mustang.
Mudança de planos
Com o anuncio do fechamento das suas fábricas no Brasil, a Ford enfatizou que seus futuros veículos iriam focar em conectividade e e eletrificação, um caminho inevitável para todas as grandes montadoras.
Fora isso investir na produção brasileira de automóveis com maior conteúdo tecnológico também seria inviável, visto que os custos para tal, naquela época, era algo excessivamente custoso, da mesma forma que SUVs e picapes.
Na nota divulgada ainda em janeiro de 2021, a montadora fez questão de frisar que passariam a oferecer produtos com “maior valor agregado”, em detrimento dos compactos que vinha produzindo aqui.
Sendo assim, caminho natural foi optar pela importação do que , desenvolvidos e fabricados em outros mercados.
Nem precisa dizer que a pandemia da Covid-19 também teve sua parcela de culpa, visto que afetou toda a economia mundial e veio com muita força sob o sono nacional.
Consequências
Mas ela ainda é um sucesso!
De acordo com o G1, a Ford, apesar de não produzir mais no país, continua na Anfevea, Isso porque mesmo após o fechamento das fábricas, a montadora mantém o Centro de Desenvolvimento de Produto de Camaçari como base nacional.
Todos os carros continuam passando pela aprovação do time brasileiro de engenharia para regionalização. Um exemplo disso é a Ford Transit, lançada no ano de 2021, após a saída da Ford no país.
Inclusive, um dos carros mais amados da Ford, o Novo Ford Territory 2024 chegou oficialmente no mercado nacional no dia 28 de setembro de 2023, com o valor a partir de R$219.390*
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Qual empresa substituiu a Ford no Brasil?
Agora, uma nova empresa de tecnologia voltado a produções de carros elétricos tomou o lugar da Ford e já está causando alvoroço entre muitos consumidores de veículos
Estamos falando da chinesa BYD, que de acordo com o portal Quatro Rodas, após uma longa espera, adquiriu finalmente a antiga fábrica da antiga Ford em Camaçari na Bahia, e já tem planos ambiciosos para o mercado automobilístico brasileiro*
Serão três fábricas: uma de automóveis, outra de ônibus e caminhões e a terceira de beneficiamento de lítio*
*Se trata de uma filtragem automatizada. Sensores e lasers identificam os metais e os separam, emitindo pouco carbono e gerando menos resíduos. Essa técnica resulta em insumo de lítio pré-químico purificado, cujo valor agregado é muito maior do que o lítio bruto por ter um alto grau de pureza.
De acordo com a CNN, a assessoria do governo baiano informou que a expectativa é de que o complexo industrial da BYD inicie a produção de veículos no país a partir do segundo semestre de 2024.
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