“Essa gestão”: O anúncio decisivo de Rueda sobre nova SAF do Santos e situação de venda do time a bilionário

Rueda, atual técnico do Santos deixou claro qual a sua real opinião sobre o time virar SAF

E o presidente do Santos, Andres Rueda, durante uma entrevista, deixou bem claro o que ele pensa sobre a possibilidade do time se transforma em uma SAF*

*SAF é a sigla para Sociedade Anônima de Futebol, que foi criada a partir da Lei 14.193/2021 e permitiu que clubes de futebol pudessem ser transformados em empresas.

De acordo com o portal “Meu Peixão”, em meio a sua declaração ele foi taxativo e expressou ter uma opinião contrária com essa mesma possibilidade:  “Essa gestão não tem a mínima vontade de vender o clube. Isso não passa pela nossa cabeça”, disse Rueda.

Para o atual mandatário santista, existem outras possibilidades de reconstrução do clube.

Andrés Rueda (Foto Reprodução/Internet)

Apesar da resistência …

Em contrapartida, de acordo com o que foi divulgado pelo Terra, apesar de resistente a essa ideia, o Santos se encontra em negociação com o  Qatar Sports Investments (QSI), que demonstrou interesse em investir no futebol do clube.

A empresa administra atualmente o Paris Saint-Germain, da França, e se aproximou do alvinegro santista por intermediação do pai de Neymar.

Ainda de acordo com o portal, o Santos está aberto a a negociações de parcerias. A determinação, porém, é que o time do litoral paulista não perca o controle do clube.

Em uma hipotética transformação em Sociedade Anônima do Futebol, por exemplo, o Santos venderia, no máximo, 49% de suas ações.

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

● Faxina no Peixe: Teixeira bate martelo e crava ADEUS de Giuliano, Soteldo e +19 medalhões no Santos

● Textor aos prantos: Luís Castro diz ‘SIM’ pra comandar gigante da Série A e faz 2 exigências

● Craque de R$ 6M, dupla de Pituca, pede demissão no Santos e Teixeira se desespera

Mas, como mencionamos, essa transformação em SAF não é o modelo que mais agrada ao Peixe, o que acaba deixando algumas dúvidas de como isso funcionaria.

Especialista explica

O advogado Eduardo Carlezzo, especializado em direito desportivo e sócio do Carlezzo Advogados, em entrevista concedida ao portal LANCE! explicou como que isso está se desenhando.

Segundo ele, apesar da resistência citada, nada impede que,  dentro da liberdade contratual, uma vez respeitadas as restrições esportivas previstas nos regulamentos da FIFA e CBF, o clube possa chegar a um acordo diferente com o investidor que não envolva necessariamente a cessão de ações na SAF.

Tais transações poderiam ficar mais limitadas a apenas um determinado negócio dentro da estrutura do clube, sem envolver todos os ativos”, disse.

Ainda de acordo com o LANCE! O Santos está negociando com interessados no seguinte sentido:

A empresa assumiria os custos do departamento de futebol, como:

• Contratações de atletas
• Planejamento de elenco
• Folha de pagamento de salários

Em contrapartida, o Alvinegro cederia:

• Receitas de marketing
• Bilheterias
• Patrocínios e cotas de televisão.
• Divisão dos lucros das futuras vendas de jogadores

Carlezzo, no entanto, destacou que quaisquer arranjos contratuais, fora da lei da SAF, que envolvam o departamento de futebol, estão sujeitos a uma regra da FIFA que não permite a intervenção de terceiros na condução das atividades de futebol do clube.

Mas como fica o Santos, caso essa negociação se concretize?

Caso ocorra a transferência de bens e/ou direitos do clube à sociedade, o advogado explicou que o Santos deverá deter, no mínimo, 51%  das ações ou quotas em que se divide o capital social votante e total da sociedade.

Porém, a sua participação societária não poderá ser onerada ou transferida, a qualquer título, e para qualquer fim, sem a aprovação do Conselho Deliberativo.

Baseado no novo modelo implementado a partir de agosto de 2021 por intermédio da lei das SAF, a entrada de um investidor numa SAF pode ocorrer a partir da compra de uma posição majoritária ou minoritária de ações.

Tudo depende da negociação específica, do tamanho do investimento e, sobretudo, da disposição do clube em ceder o comando das operações a um terceiro.