O caso da jornalista da Globo
05/07/2015 às 18h51
Esta semana, alguns amigos me telefonaram e outros mandaram e-mail para que eu me manifestasse sobre o caso das agressões no Facebook contra a jornalista Maria Júlia da TV Globo. Tenho uma opinião muito pessoal sobre isto tudo e que com certeza vai desagradar os progressistas.
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O Brasil viveu centenas de anos sob o tempo de escravidão criando um comportamento social que não vai acabar ou mudar em dezenas de anos. Eu falo com conhecimento de causa desde meus 6 anos de idade. Em 1960 eu fazia o seriado “A Turma dos Sete” na Record e meu companheiro de elenco com quem eu fazia uma dupla de protagonistas era um negro bem mais velho que eu.
Ele não tinha pai e mãe que fossem até a TV Record igual aos outros meninos. Os pais dele eram muito mais pobres do que nós e de pouca cultura. Então nomearam um tutor legal que acompanhava e assinava os contratos do meu companheiro Antônio Alípio. E jamais ele foi menosprezado por ninguém na TV Record, nem por ser negro e nem por ser muito pobre. Ele estava lá na condição de ator, e era um excelente ator, inteligentíssimo e de grande carisma.
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Lembro-me de quando Antônio recebeu seu primeiro salário em maio de 1960. Naquele tempo recebíamos salário em dinheiro no caixa da empresa. E vimos aquele menino companheiro nosso chorar na nossa frente porque levaria pra casa dele e daria aos pais seu primeiro salário. Mas aquele menino guardou por muito tempo um desejo de comprar doces na padaria ao lado da TV Record. E foi preciso que seu tutor falasse pra ele que poderia comprar o doce que ele tanto queria que o dinheiro do doce não faria falta aos seus pais.
Aquele menino, negro, pobre, sempre era muito bem recebido onde quer que fosse porque sempre levava com ele seu carisma e sua arte. Não posso me esquecer que conosco estava a grande atriz Jacira Sampaio, que fazia a mãe do Chuvisco e que por tantas vezes eu tive o prazer de ter o carinho dela quando nos intervalos de ensaios eu me recostava no colo dela. Jacira era uma atriz tão incrível que sobrepujava a atuação de outros atores adultos.
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Pouco tempo mais tarde fui estudar no Colégio Santa Cruz, onde a mensalidade era 1 000 dólares. Era considerado um colégio de elite, onde conheci filhos de banqueiros e grandes industriais. Lá no Colégio Santa Cruz tínhamos 2 companheiros negros que ganhavam bolsa de estudo não porque eram negros mas sim porque eram excelentes alunos. E jamais em tempo algum nenhum dos alunos negros do Colégio Santa Cruz sofreu buliyng ou qualquer tipo de comentário por parte de quem quer que fosse.
Não são poucos os negros que conheci na TV durante anos. E em nenhum momento ninguém vai poder dizer que qualquer um deles sofreu qualquer tipo de preconceito por parte dos colegas.
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Vou lembrar meu pai, que aos 87 anos foi assaltado na esquina de nossa casa por um jovem negro. Antes disto meu pai tinha sido sequestrado dentro do estacionamento do Pão de Açúcar da Avenida Ibirapuera e levado com seu carro até a periferia por um branco e um negro. E nem por isto papai reagiu com preconceito contra negros e no final de sua vida, de seus três maiores amigos, 2 eram negros e continuam meus amigos até hoje.
Já tive empresas hoteleiras onde tinha funcionários e hóspedes negros ou homossexuais e jamais nenhum funcionário meu negro ou homossexual foi maltratado por algum hóspede e nenhum hóspede negro ou homossexual foi maltratado por um funcionário.
Lembro-me neste tempo de 1980 que existia o famoso Hilton Hotel e que também recebia hóspedes negros e jamais houve denúncia de racismo por parte que quem quer que fosse. E nenhum hóspede desrespeitou funcionários negros ou homossexuais.
Estranhamente foi preciso que o PT e sua turma de comunistas chegasse ao poder pra que uma verdadeira campanha de guerra entre classes fosse provocada. Isto aconteceu na União Soviética antes da Revolução Comunista de 1917, quando usaram gays pra agredir a classe média e derrubar o capitalismo. A ironia é que depois da Revolução os gays foram mortos aos milhares pelos comunistas.
O que está acontecendo no Brasil é um ato orquestrado pelos comunistas de todas as áreas que estão usando negros e gays para criar caos social e guerra entre classe com objetivo de acabar com a classe média pra poderem impor o comunismo. Só não contavam com grande incompetência de Dilma que vai fazer com que os comunistas tenham que deixar o poder.
Vamos ao caso específico da jornalista da TV Globo. Ela nem é nova no ramo. Mas pelas palavras do próprio Bonner, foi um grupo orquestrado de 50 pessoas que agrediu a moça do tempo com palavras de ofensa racista enquanto milhares de pessoas escreveram coisas boas sobre ela. As palavras são do Bonner e não minhas. Então a gente não pode considerar erradamente toda uma sociedade por causa de 50. É o mesmo que a gente achar que a classe de bancários não presta porque 50 deles um dia roubaram o caixa do banco.
A moça do tempo ganhou uma mídia extraordinária porque 50 a agrediram e até o “Jornal Nacional” teve grande repercussão positiva. Mas não podemos entrar nesta teoria de grande racismo porque estaremos entrando na onda que querem os comunistas pra eliminar a classe média.
Sei que a Maria Júlia nem me conhece e nem quer minha opinião, mas não posso deixar de escrever aqui sobre os negros mais notáveis que o Brasil teve nos últimos 60 anos que foram e são Joaquim Barbosa e Pelé. Os dois foram mais que xingados por sua cor. Não me recordo de Joaquim Barbosa, que começou sua vida profissional como faxineiro e concluiu curso de espacialização em direito na Alemanha, falando fluentemente alemão, tivesse algum dia entrado com ação de denúncia por racismo contra alguém que o xingou. E Pelé foi objetivo ao declarar que se fosse processar jogadores que o xingaram nem teria tempo de jogar futebol.
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Autor(a):
TV Foco News
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