TRISTE FIM

Falência declarada: O devastador fim de banco tradicional ao fechar as portas após 38 anos

26/09/2023 às 13h53

Por: Vitor Silva
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Falência declarada: O devastador fim de banco tradicional ao fechar as portas após 38 anos (Reprodução/Internet)

Um triste fim para um banco conhecido por muitos

A cada dia que passa, vemos que mais e mais empresas estão sendo fechadas, seja por dividas ou por má administração do negócio. Antes de tudo, é importante notar que a falência de um banco pode ter ramificações significativas no sistema financeiro e na economia como um todo, com isso, outras instituições financeiras podem acabar tendo o mesmo fim.

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Primeiro, é importante saber um pouco mais sobre o fim de outro banco gigante, o Silicon Valley Bank:

Em 1983, o Silicon Valley Bank (SVB) surgiu como o “banco das startups,” dedicando-se principalmente a fornecer serviços bancários personalizados para empresas de tecnologia e startups. Mas, em março de 2023, ele se viu no centro da maior crise bancária dos Estados Unidos desde a turbulência financeira de 2008.

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Para se ter noção, os ativos do SVB eram cerca de US$ 209 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão).

Infelizmente, o SVB não teve seu fim da melhor forma e acabou quebrando, O Silicon Valley Bank enfrentou uma quebra devido a uma “corrida ao banco” por parte de seus clientes, que buscavam sacar seus investimentos. Cerca de US$ 42 bilhões foram retirados, o que equivale a cerca de um terço dos depósitos do banco.

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Silicon Valley Bank (Reprodução/Internet)

Silicon Valley Bank (Reprodução/Internet)

Por conta da sua rápida quebra, diversos bancos ficaram em alertas por conta da mudança do mercado financeiro, o que acabou desencadeado a falência de um outro banco de extrema importância para o pais.

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Outro banco teve seu fim atrelado ao SVB

A história da falência e resgate do First Republic é um lembrete de que os bancos dos EUA ainda enfrentam uma crise, quase dois meses após o colapso do Silicon Valley Bank.

O banco californiano First Republic Bank foi tomado pelas autoridades americanas, e a maior parte de seus ativos foi adquirida pelo JPMorgan (empresa de serviços financeiros), com o objetivo de conter uma crise bancária que teve início em março.

O ex-CEO do First Republic Bank, Michael Roffler, relatou aos legisladores americanos que sua empresa foi vítima do pânico generalizado no setor bancário sobre a saúde dos bancos de médio porte, desencadeado pelas rápidas falências do Silicon Valley Bank (SVB) e do Fe em março.

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O First Republic, o segundo maior banco a falir na história dos EUA, perdeu US$ 100 bilhões em depósitos em março, após o colapso do SVB. Ele lutou por semanas após um grupo dos maiores bancos dos Estados Unidos virem em seu auxílio com um depósito de US$ 30 bilhões. Na época, os EUA ficaram completamente desesperado após ficarem cientes de que um dos maiores bancos do pais estava entrando em estado de falência.

O ex-CEO do SVB, Greg Becker, admitiu na quarta-feira a responsabilidade pela falência de seu banco, ao mesmo tempo em que afirmou que o credor foi surpreendido quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) aumentou as taxas de juros no ano passado no ritmo mais rápido em décadas.

First Republic Bank (Reprodução/Internet)

First Republic Bank (Reprodução/Internet)

Esses aumentos resultaram em quedas significativas no valor dos títulos mantidos pelos bancos, o que acabou levando a uma perda colossal para o SVB quando tentou reestruturar seu balanço.

Os legisladores responsabilizaram a administração dos bancos pela forma como lidaram com o rápido crescimento e o aumento das taxas de juros antes do colapso.

As autoridades tentaram apresentar um plano de resgate. O governo federal interveio por meio da Corporação Federal de Seguros de Depósitos (FDIC) e do Tesouro dos Estados Unidos, que contatou seis bancos para sondar seu interesse na compra dos ativos do First Republic, de acordo com uma fonte não identificada.

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A FDIC, a agência reguladora encarregada de garantir os depósitos bancários, anunciou que aprovou a medida para proteger as contas.

O JPMorgan interveio para adquirir o banco depois que os reguladores tomaram o controle, declarando em um comunicado à imprensa que compraria US$ 92 bilhões em depósitos do First Republic Bank.

“Para proteger os depositantes, a FDIC entrará em um acordo de compra e assunção com o JPMorgan Chase Bank, National Association, Columbus, Ohio, para adquirir todos os depósitos e, substancialmente, todos os ativos do First Republic Bank”, anunciou a FDIC em comunicado.

Por que o First Republic faliu?

Cerca de dois terços dos depósitos no First Republic não tinham seguro. Quando o SVB e o Signature Bank faliram, os clientes ricos fugiram em grande número com medo de perder seu dinheiro.

Isso resultou em uma queda de 41% nos depósitos, totalizando US$ 104,5 bilhões, nos primeiros três meses deste ano. Com base no valor de US$ 92 bilhões citado para a aquisição pelo JPMorgan, estima-se que esse valor tenha diminuído em outros US$ 12 bilhões até o momento da compra.

Além disso, o First Republic tentou atrair seus clientes ricos com hipotecas muito baratas quando as taxas de juros estavam historicamente baixas, oferecendo empréstimos imobiliários com juros apenas em 2020 e 2021. Isso incluiu uma hipoteca de US$ 11,2 milhões para um executivo sênior do Goldman Sachs, de acordo com a Bloomberg.

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Entretanto, à medida que as taxas de juros das hipotecas de 30 anos mais que dobraram em um ano, essas hipotecas se tornaram muito menos valiosas para o First Republic do que quando foram inicialmente oferecidas.

A combinação de queda nos depósitos e crescentes perdas em sua carteira de hipotecas levou à condenação do banco. Os paralelos com o SVB, onde uma grande parte dos depósitos não estava segurada e as perdas relacionadas ao aumento das taxas de juros se tornaram insustentáveis, são evidentes.

Fonte: Mercado & Consumo e Exame.

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