Marca amada, principalmente entre os mais jovens, não suportou crise financeira e deu um adeus definitivo ao país
Em meados de junho do ano de 2022, milhares de jovens da geração Millennials choraram o “adeus” de uma das marcas mais icônicas do fast fashion, que estava presente na maioria dos shoppings brasileiros.
Estamos falando da inesquecível americana, Forever 21. Ela que iniciou ainda na década de 80 na Califórnia, Estados Unidos, desembarcou em terras tupiniquins somente no ano de 2014.
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Quem conhecia a marca, como essa que vos fala, não consegue se esquecer das promoções de “compre um leve dois”, principalmente, dos vestidinhos estilo Boho, que era uma verdadeira coqueluche entre jovens e adolescentes apaixonados pela loja.
A queda
Segundo o portal Estadão, após oito anos de operação no Brasil, a Forever 21 promoveu uma mega liquidação para encerrar as atividades, em meio a uma recuperação judicial nos EUA e inúmeros processos por aqui.
Ainda no ano de 2020, a Authentic Brands Group (ABG), empresa de desenvolvimento de marcas, adquiriu 37,5% da Forever 21. Na mesma operação, a Brookfield Property Partners e levou 25% da propriedade intelectual e dos negócios em atividade.
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A informação do encerramento das operações foi confirmada pela Associação Brasileira de Shopping (Alshop) e por funcionários de uma loja em São Paulo, que ainda de acordo com Estadão, informaram na época a situação delicada pela qual estava atravessando.
Vale dizer, que mesmo com a falência decretada, a rede ainda conseguia sobreviver e manter o controle e a posse das 800 lojas espalhadas entre, Estados Unidos, Ásia , Europa e America Latina, durante o processo de reestruturação, graças à Lei de Falências americana.
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Processo de falência no Brasil
Mas não demorou muito para que essa crise financeira que se instaurou na marca começasse a afetar o andamento das lojas em nosso país.
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Segundo o portal Seu Dinheiro, os poucos, as inúmeras lojas da Forever 21, espalhadas pelo Brasil, começaram a virar alvo de ações judiciais por conta dos atrasos em aluguéis, principalmente nos shoppings localizados em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Com isso, a Forever 21 teve que fechar 11 lojas em janeiro só no ano de 2021 e, como mencionamos, no mês de junho de 2022 a marca se preparava para dar o seu adeus definitivo.
Segundo o portal Folha Pê, um dos fatores que mais contribuíram para esse desfecho foram os impostos altos, custos de importação e infraestrutura que acabam elevando o preço final das roupas, o que acabou fazendo o público “perder o interesse” na marca e a situação agravou ainda mais durante a pandemia.
Também não podemos desconsiderar, que grande parte do colapso sofrido pela Forever 21, teve uma contribuição significativa do avanço da concorrência online.
Os preços baixos praticados na internet e a facilidade em se comprar sem sair de casa atinge sobretudo a parcela mais jovem da população, que era justamente o público-alvo da rede de varejo.
Porém, de acordo com o portal O Globo, essas questões delicadas não eram algo tão pontual da época. Isso porque, a Forever 21, já estava enfrentando problemas desde que embarcou em uma estratégia de negócios baseada no lema “a dívida de hoje é o lucro de amanhã”.
Na prática, a companhia fez mais dívidas para conseguir uma rápida e grande expansão mundial, estratégia que inclusive abarcou as lojas abertas do Brasil a partir do ano de 2017.
Ocorre que o pagamento dessa dívida era para ter ocorrido de forma muito mais rápida do que realmente foi. No meio do ano de 2019 , o mercado estimava um débito de mais de US$ 500 milhões da Forever com um prazo de 3 anos de vencimento.
Sem conseguir o retorno esperado em vendas com as novas lojas abertas, restou à diretoria a adoção de um plano de desinvestimentos e alongamento de dívida que, acabou não obtendo grandes resultados.
Mas a marca acabou mesmo?
Segundo apurações do TV Foco, ao procurar o perfil oficial da marca no Instagram, foi constatado que não existem mais nenhuma atividade em solo brasileiro e todas as publicações, até então, foram deletadas.