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O DILEMA
Ele domina a atual TV brasileira, tirando o sono dos programadores.
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Um grande Dilema, trazendo consigo perguntas profundas:
Qual é a principal Missão da Televisão?
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Ser Passatempo ou Agregador de Valores?
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Ser Ferramenta de Comunicação ou Instrumento de Diversão?
Levar o telespectador a pensar ou pensar por ele?
Conduzi-lo ao Trabalho ou convidá-lo à Preguiça?
Ensiná-lo a “pescar” ou entregar-lhe o “peixe”?
O NASCIMENTO DO DILEMA
O Dilema surgiu no mesmo instante em que a primeira família sentou-se diante de sua TV.
Ele nasceu quando o Humor, preocupado com a falta de sorrisos, transformou-se em Baixaria.
Nasceu quando a Teledramaturgia, aflita com a perda de telespectadores, rendeu-se ao Estereótipo.
O Pai do Dilema é o controle remoto. Ele, o “monstro” que traz consigo a escolha.
E que, com suas luzes e botões, obrigam executivos a se reunirem e pensarem:
O que eles querem?
O CRESCIMENTO DO DILEMA
Como um bebê bem nutrido, o Dilema cresceu nos últimos tempos.
Como diria Lula, “nunca antes na História deste País” vimos mudanças tão acentuadas.
Mudanças que afetaram diretamente os donos do controle remoto.
Miseráveis foram alçados à condição de pobres.
E os pobres foram abraçados pelas “bondosas” prestações das Casas Bahia & Cia.
Floresceu então a chamada Classe C.
Pessoas batalhadoras, que, apesar da pouca escolaridade, ou do rendimento baixo, possuem TV’s de plasma na sala de estar.
E foi através delas que o Dilema lançou sua mais terrível questão:
Como agradar a esta nova fatia de público?
A FILOSOFIA DO DILEMA
Imagine um Restaurante que lança a seguinte Promoção:
Comida Mastigada – R$1,99 o Kg.
Garanto que você não almoçaria lá.
Os executivos da TV, no entanto, tentam resolver o Dilema desta maneira.
“Mastigam” as tramas da Novela, dividindo-a entre “mocinhas santas” e “vilãs histéricas”.
“Mastigam” os Telejornais, inundando-os de gritos ensaiados e frases feitas.
“Mastigam” os Realities, recheando-os com Pornografia, Baixaria e muitas outras “ias”.
“Mastigam” os Programas, enchendo-os de quadros previsíveis, sufocando toda e qualquer inovação.
Consegue perceber o quão entalado você está?
Aposto que tem engolido alguma (ou muitas) dessas coisas, não é?
Comida mastigada não possui nutrientes; TV mastigada não possui essência
O “Kg” deste gênero de TV é barato e está a apenas um botão de distância.
Se você, porém, gosta de comida fresca, sugiro que continue a leitura.
A SOLUÇÃO DO DILEMA
Sejamos justos: Ainda há profissionais que se recusam a mastigar nosso alimento.
Lícia Manzo tem tentado com A Vida da Gente.
Resultado: Os “banguelas” afirmam que a Novela é melancólica demais.
Euclides Marinho tentou com O Brado Retumbante.
Resultado: O pessoal do R$1,99 chamou a Minissérie de “sem sentido”.
A TV Paga está tentando com o History Channel, Discovery, Animal Planet…
Resultado: A Globo é líder de Ibope na TV Paga.
Ou seja, o medo de mastigar é tão grande que a população paga para assistir a um canal gratuito.
E assim, dia-a-dia, Fina Estampa a Fina Estampa, nossos dentes se aposentam.
E a fila do R$1,99 não para de crescer…
E AGORA…
O Ponto Final deste texto fica por sua conta.
E então, qual é a Missão da Televisão?
TV é coisa séria ou hobby?
O que você busca ao segurar (os viciados acariciam) o Controle Remoto?
Você é frequentador do Restaurante Comida Mastigada?
Se sim, tenha coragem de assumi-lo.
Se não, proponha alguma solução.
O Dilema reside dentro de você.
E, se você olhar para si mesmo, saberá respondê-lo.
Portanto, prepare a dentadura.
Nada de comida mastigada na Coluna de hoje…
Twitter: @ArthurVivaqua
E-Mail: arthurvivaqua@yahoo.com.br
A “Culpa” é minha -> As opiniões expressas nesta Coluna não refletem a Opinião do Site TV Foco.