Rede OM passou tempo no ar, mas foi o suficiente para ganhar o coração dos brasileiros
Na década de 80, o Brasil conhecia a Rede OM (Organizações Martinez). Uma rede nacional de televisão brasileira que faria história, mas, não ficaria por muito tempo no ar. A emissora foi extinta em 22 de maio de 1993, sendo substituída pela Central Nacional de Televisão (CNT).
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Ela começou em 1979 sendo chamada de TV Tropical, depois TV Paraná e então assumiu o nome de Rede OM. Já no ano de 1982, a empresa começou a se destacar pela cobertura política. Os debates políticos pelo governo do estado do Paraná viraram uma tradição. José Carlos Martinez ressaltava o orgulho que sentia ao promover os debates em seu canal.
O Paraná foi ficando pequeno e por conta disso, em 1991 a Rede OM (TV Paraná e TV Tropical) entrou com um pedido de transmissão em via satélite com a Embratel, previsto para 1992. Ali, o grupo manifestava o desejo de se tornar uma nova emissora no Brasil.
E COMO FOI A ESTREIA?
Com uma programação nova, a emissora estreou no cenário nacional em 30 de março de 1992. A nova grade contou duas novelas: Árvore Azul (cujo tema de abertura era cantado pela apresentadora Xuxa) e Manuela, uma superprodução ítalo-americana escrita pelo brasileiro Manoel Carlos e estrelada pela atriz Grecia Colmenares, conhecida pelo público brasileiro através da novela Topázio do SBT.
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Já no jornalismo, a atração foi o telejornal Fala Brasil, uma revista eletrônica comandada diretamente dos estúdios de Curitiba pelos âncoras Carlos Marassi e Valéria Balbi. Além disso, o programa contou ainda com colunistas nacionais e internacionais, dentre eles o cantor Aguinaldo Timóteo e o economista Luis Nassif. E ainda tinha Galvão Bueno como comentarista no esporte.
Os meses de ouro chegaram ao fim em 23 de maio de 1993 foi quando a Rede OM acabou e em seu lugar entrou a CNT.
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POLÊMICAS
Em 20 de junho de 1992, a OM exibiu o polêmico filme Caligula, não recomendado para menores de 18 anos. Assim, o juiz José Antônio de Andrade Martins da 18ª Vara da Justiça Federal de São Paulo determinou o cancelamento da exibição através de uma liminar. Mesmo com a audiência chegando a incrível marca de 16 pontos, a rede foi obrigada a tirar o filme do ar. Além disso, tiveram ainda polêmica envolvendo publicidade.