Desde que a Record começou uma nova fase na dramaturgia, em 2004, com “A Escrava Isaura” e sua produção milionária na época, era certo que a emissora não desanimaria. A aquisição do RecNov, um grande investimento no Rio de Janeiro, é a prova disso.
Novelas que foram capazes de incomodar a Globo, a novela das 19h, o “Jornal Nacional”, a linha de shows e até mesmo cutucar os folhetins tradicionais das 21h, apareceram. Nenhuma, todavia, absolutamente nenhuma dessas teledramaturgias da Record chegou perto do que foi a estreia de “Os Dez Mandamentos”. Não estou falando de números de audiência. Com “Os Dez Mandamentos”, a Record conseguiu atingir um patamar invejável e altamente admirável frente a qualquer outra emissora no Brasil. Isso é fato devido ao tamanho esmero e cuidado com os cenários que contam a história de Moisés enquanto este cumpria uma missão dada por Deus: salvar o seu povo, que é feito de escravo pelo faraó Seti I. A nova novela não lembra em nada os “efeitos especiais” da novela “Os Mutantes”, a qual foi um dos maiores sucesso da emissora.
Alexandre Avancini continua dirigindo com uma competência ímpar. Conduziu o primeiro capítulo num tom bastante acertado, aliado a atuações bastante convencedoras, como a da atriz Samara Felippo no papel de Joquebede. Angelina Muniz, Roger Gobeth e Mel Lisboa foram outros que se destacaram nessa primeira fase da novela. Nota dez para a emocionante cena do afogamento dos bebes no rio Nilo, cena a qual, por sinal, foi excelentemente dirigida. Alexandre já provou ter know-how para produzir minisséries bíblicas e, ao anunciar uma novela do gênero, surpreendeu pela audácia e inovação, já que tudo isso sairia muito caro. Cada capítulo de “Os Dez Mandamentos” está estimado em 700 mil reais.
Com “Babilônia”, a principio, rejeitada e o “Jornal Nacional” combalido, visto que é diretamente afetado por seu desempenho, é a chance da Record de engatar um sucesso no horário, tirando público da Globo. Essa estratégia é um pouco mais difícil de se feita com o SBT porque “Chiquititas” é uma novela infantil e mira outro tipo de público. Por isso acredito que o mais prejudicado será o “Jornal Nacional”.
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Fotografia impecável, direção irrefutável, figurino cuidadoso, paisagens deslumbrantes e tudo no que tange a aspectos técnicos minimamente calculados, foram estudados e apresentam-se detalhados. Não há uma vírgula a se questionar no quesito técnico. A repercussão nas redes sociais também foi grande e muitos elogios à nova novela da Record foram visíveis.
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Texto escrito pelo leitor Arthur Oliveira.