Magazine Luiza não economizou e estourou os cofres para comprar empresa que já deve ter chegado na porta da sua casa
Em janeiro de 2020, a Magazine Luiza, carinhosamente chamada de Magalu, uma de nossas principais varejistas, estourou seus cofres para comprar uma empresa gigantesca que, certamente, você já deve ter recebido em sua casa.
Estamos falando da empresa digital de livros, chamada Estante Virtual, que pertencia à Livraria Cultura e é conhecida sobretudo no segmento de livros usados.
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Essa aquisição custou à Magalu o valor de um pouco mais de R$30 milhões, mais precisamente R$31,1 milhões.
Trâmites da compra
De acordo com o portal Exame, a Magalu arrematou a Estante Virtual em um leilão feito em São Paulo, como parte do plano de recuperação judicial pelo qual a Livraria Cultura cuja qual, já naquela época, ela enfrentava.
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Ainda de acordo com o portal, a varejista já havia sido completamente aceita pela Cultura e naquele momento o negócio já tinha de 5 a 20 dias para ser oficialmente fechado.
Vale destacar que o Cade* já havia autorizado em dezembro uma eventual compra da Estante Virtual pelo Magalu.
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*O Cade tem por finalidade prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica baseada na liberdade de iniciativa e livre concorrência. Também reestrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), definindo seus órgãos integrantes e suas competências dentro do contexto da defesa da concorrência.
Fundada no ano de 2005 pelo administrador de empresas carioca André Garcia, a Estante Virtual reunia, na época, mais de 16 milhões de livros vendidos por terceiros, entre novos e usados.
O site foi comprado pela Livraria Cultura no fim do ano de 2017. O movimento do Magalu era esperado pelo mercado desde o fim do ano de 2019.
A compra fazia parte do plano da varejista de oferecer uma maior diversidade de categorias em seus canais de vendas, indo além de eletrônicos e eletrodomésticos. A empresa começou a vender livros em abril do ano de 2019 e tem um sortimento de mais de 240.000 títulos.
Segundo o portal Exame a Magalu não havia se pronunciado a respeito do leilão e em como pretendia integrar as operações da Estante Virtual a seu site e aplicativo.
Uma das possibilidades levantadas na época era de que a empresa integrasse a logística da Estante Virtual a seu sistema de distribuição próprio.
Como funcionava a Estante Virtual e como ela ficou após a compra da Magalu?
Na Estante Virtual, que funcionava como um marketplace (com vendas feitas por terceiros), a entrega dos livros era até então de responsabilidade dos vendedores, gerando longos e caros prazos de entrega.
Com os livros que vende atualmente, o Magalu usa parceiros próprios para as entregas e suas mais de 1.000 lojas no Brasil.
A Magalu usa esses espaços como locais para retirada de itens comprados online, essa modalidade, chamada de “Retira Loja”, conta com frete gratuito ou mais barato e ainda garante uma entrega mais rápida
A Estante Virtual é uma espécie de “sebo” na internet, onde amantes de livros, estudantes e outros clientes podem encontrar edições antigas ou mesmo raras e comprá-las de vendedores de diferentes lugares do Brasil.
A empresa afirmava em agosto de 2019 ter mais de 2.600 vendedores registrados e mais de 23 milhões de livros vendidos desde a fundação.