Santander dono de gigante brasileiro
Além do Santander, apresentaram propostas os nacionais os bancos Unibanco e Bradesco, causando decepção entre os presentes ao pregão da Bolsa do Rio a diferença entre as duas propostas e a do Santander.
O Unibanco ofereceu R$ 2,1 bilhões, com ágio de 13,50%, e o Bradesco, R$ 1,86 bilhão, com ágio de apenas 0,53%. O Itaú, outro favorito, nem sequer ofereceu proposta.
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“Nós não demos um preço baixo, o preço deles é que foi alto”, disse o diretor de Investimentos do Unibanco, Cláudio Coracini, pouco depois do leilão.
Segundo Coracini, a oferta de um valor que concorresse com a proposta do banco espanhol prejudicaria o acionista do Unibanco.
Para o presidente do Santander no Brasil, Gabriel Jaramillo, o preço pago pelo banco não foi alto. “Estamos muito contentes por termos pago esse preço, independentemente das ofertas mais baixas feitas pelos concorrentes.”
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A expectativa era quanto à participação do Itaú, que antes do leilão dividia com o Bradesco a condição de favorito à compra. À medida que se aproximava a hora do leilão e os representantes do Itaú não eram vistos, aumentava a surpresa dos presentes.
O leiloeiro deu um minuto de prazo para encerrar o leilão. O tempo passava e nenhum outro candidato aparecia. Somente quando faltavam 15 segundos é que o representante da corretora Bradesco começou a se movimentar, entregando a proposta cinco segundos antes do prazo.
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QUANDO O BANCO SANTANDER COMPROU O BANESPA?
De acordo com o jornal da Folha de S. Paulo, o banco espanhol Santander pagou no ano 2000 o maior valor em reais já pago em uma privatização no Brasil, adquirindo o controle acionário do Banespa -cerca de 60% do capital votante do banco- por R$ 7,050 bilhões. O ágio pago foi de 281,02% sobre o preço mínimo de R$ 1,85 bilhão fixado pelo BC (Banco Central) para a parcela leiloada.
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Convertido em dólares ao preço de R$ 1,92 por dólar, o preço do Banespa foi de US$ 3,671 bilhões, o segundo maior da história das privatizações brasileiras, perdendo para os US$ 4,967 bilhões (R$ 5,783 bilhões, em reais da época) pagos pela Telefonica de España pela Telesp fixa, em julho de 1998.
O presidente do BC, Armínio Fraga, disse que o dinheiro arrecadado com a venda do banco paulista foi integralmente utilizado para abater a dívida pública brasileira.
Ele afirmou também que o governo seguirá com as privatizações de bancos estaduais e que, nos próximos meses, o cronograma será divulgado.