Duas grandes redes de supermercados, muito conhecidas pelos brasileiros, acabaram dando um adeus definitivo ao país e compradas por rivais
O atual cenário está um verdadeiro filme de terror para muitos varejistas, inclusive marcas famosas. Muitas dessas organizações, empresas e lojas estão fechando suas portas e até vendendo ativos financeiros para os seus concorrentes.
Infelizmente, essa é a realidade de duas redes de supermercados conhecidas e que, com certeza, você já deve ter feito muitas compras para a sua casa nelas.
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Estamos falando das gigantes do varejo nacional, Makro e Big, que há anos prosperavam em todo território nacional.
Infelizmente elas também enfrentaram ondas turbulentas e inúmeros problemas financeiros. Como desfecho a Makro se despediu do país, com ativos vendidos à 3 rivais e o Big acabou sendo comprado pelo seu maior concorrente, o Carrefour.
Makro
A rede de supermercado holandesa Makro estava ativa no Brasil desde a década de 70. A companhia passou a vender várias unidades em todo o território nacional, sinalizando uma grave crise financeira e o possível fim de suas atividades.
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De acordo com o G1, em janeiro de 2023, o grupo vendeu 16 lojas e 11 postos de combustíveis para a rede paranaense Muffato.
Três imóveis negociados ficavam na capital de São Paulo, sendo três na capital e os dez restantes no interior do estado. Vale dizer que em 2020, uma parte das lojas, administradas pelo grupo holandês SHV, também foram vendidas ao grupo Carrefour.
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1-Vendendo tudo
Como mencionamos acima, o grupo Mufatto comprou 16 lojas e 11 postos de gasolina da rede atacadista. Na época, a Makro recorreu ao banco Santander para conseguir um comprador para as 24 lojas que possuía no Brasil.
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A empresa esperava com a operação obter cerca de R$2 bilhões e cedeu todas as suas unidades no país.
Segundo o portal Giro News, a Cade* (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a compra em março deste ano de 2023,
*O Conselho Administrativo de Defesa Econômica é uma autarquia federal brasileira, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, componente do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, ao lado da Secretaria de Acompanhamento Econômico
Em seu parecer, o órgão concluiu que a operação não acarretou em prejuízos ao ambiente concorrencial. Para o Grupo Muffato, a transação estrou em linha com sua estratégia de expandir para outras localidades, marcando sua estreia na capital paulista.
Já para o Makro, a venda das unidades estava inserida na estratégia do grupo SHV de encerrar sua operação no Brasil. Vale dizer que as demais lojas foram divididas entre o Savegnago e Grupo Pereira*.
Para saber mais sobre a situação do Makro, clique aqui
2-Despedida da Makro
Em julho de 2023, após terminar de vender suas lojas para o Grupo Muffato, Savegnago e Grupo Pereira, que a Makro Atacadista se despediu oficialmente do mercado brasileiro.
A rede encerrou as atividades de seu site e publicou, na plataforma e nas redes sociais, um comunicado sobre o fim de sua operação no país:
“Há 50 anos iniciamos nossa jornada no Brasil, e em todos estes anos participamos de sua história, da sua evolução e do seu crescimento.
Estivemos sempre ao seu lado e fizemos parte da sua família. Hoje, temos a certeza de ter conquistado um lugar no seu coração.
Nossa operação se despede do Brasil deixando nosso agradecimento a todos clientes, fornecedores e colaboradores que juntos fizeram parte desta história.”
Vale dizer que ao procurar o perfil oficial da Makro Brasil nas redes sociais ele não aparece mais, os únicos perfis ativos são os dos países em que ele ainda opera como Colômbia, Venezuela e Argentina.
Big
Já o hipermercado Big, foi uma rede que teve seu grande BOOM nos anos 2000. Entretanto, também sofreu uma crise financeira após não conseguir acompanhar a realidade do comércio na época e acabou sendo vendida por outro gigante varejista, o Carrefour*
Para saber mais sobre o BIG, clique aqui*
A operação se deu em maio de 2022, no entanto, logo depois, a empresa passou a fechar inúmeras lojas espalhadas pelo país. A compra recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Em síntese, a rede francesa de supermercado gastou cerca de R$7,5 bilhões com a compra. Essa operação gerou para o Grupo Carrefour o aumento da sua participação no país, com destaque para a região sul e nordeste.
Na época, Stéphane Maguire, CEO do Grupo Carrefour, declarou que o momento era histórico e que essa integração com o Grupo Big ofereceria oportunidades e fortalecimento da empresa no país, e que faria do grupo francês uma verdadeira potência no setor
Como foi a transação da compra do Big?
Na compra do Big, o Carrefour pagou em dinheiro a primeira parcela de R$5,25 bilhões aos controladores da organização, o Fundo de Private e e o Walmart.
Os 30% restantes da negociação foram pagos pela subsidiária da companhia francesa no país, através de seu capital social.
Em conclusão, o Walmart antes de ter uma participação da rede de supermercado Big, possuía a rede Contudo. A companhia acabou sendo vendida por R$1,2 bilhão.
Vale frisar, novamente, que atualmente o Carrefour é um dos mais fortes no ramo varejistas de alimentos.