BOMBA!
Facão à solta: O fim de 3 supermercados tradicionais no Brasil após venda ao Pão de Açúcar e Carrefour
24/03/2024 às 8h40
Relembre a história de 3 supermercados que acabaram tendo um fim após serem vendidos para rivais como Pão de Açúcar e Carrefour
Se tem um comércio que podemos dizer que seja mais que essencial é o supermercado.
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Seja para fazer uma comprinha de última hora ou uma compra grande do mês, algumas bandeiras desse tipo de comércio são as maiores referências na hora de escolher aonde ir.
Falando nisso, 3 nomes muito conhecidos do setor, sofrerão com um “facão à solta” e acabaram tendo um fim definitivo após serem vendidos para a concorrência como Carrefour e o Páo de Açúcar.
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1- Mercadorama
O Mercadorama foi fundado ainda na década de 50, pelo empresário José Luiz Demeterco, cuja primeira loja estava localizada na Praça Tiradentes, no centro de Curitiba.
Na década de 90, sua importância foi tão relevante que a Associação Paranaense de Supermercados (APRAS) listou o Mercadorama como a maior rede supermercadista do estado.
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Segundo informações obtidas na Wikipédia, no fim da década de 90, a rede foi comprada pela Sonae Distribuição Brasil, o que originou uma expansão da marca à época.
Por sua vez, no fim de 2005, o Mercadorama passou a ser controlado pelo grupo Walmart, quando o mesmo engoliu as lojas da rede que, até então, estavam sendo administradas pela Sonae.
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Pensando na reestruturação de suas marcas, em outubro de 2017 o grupo Walmart anunciou que transformaria a bandeira Mercadorama em Walmart Supermercados, com projeção para finalizar em 2021.
A ação visava englobar as 10 unidades existentes da rede. Duas dessas filiais foram convertidas para a nova bandeira, sendo elas situadas nos bairros Jardim das Américas e Juvevê, em Curitiba.
No mês de junho do ano de 2018, foi aprovada a aquisição de 80% das ações do Walmart Brasil pelo fundo norte-americano Advent International, que posteriormente transformou-se no Grupo BIG.
Com isso, as ações de reestruturação projetado pela Walmart Brasil foram suspensas e as lojas que receberam a nova bandeira (Walmart), retornaram a denominação original com a intenção de remover a marca Walmart do grupo.
Tudo isso acabou culminando no fechamento de algumas unidades.
Segundo o portal Gazeta do Povo, só em em Curitiba, 6 unidades do Mercadorama foram fechadas pela empresa.
Como mencionamos até em matérias anteriores, no ano de 2021, o também extinto Grupo Big, vendeu as suas unidades ao Grupo Carrefour Brasil*. O que acabou não incluindo a bandeira Mercadorama.
(Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui*)
Nova bandeira:
No dia 30 de março daquele mesmo ano, foi cravado que a bandeira paranaense de mercados seria descontinuada, e que as lojas com o seu nome seriam renomeadas para a bandeira Nacional.
Este processo de mudança, que iniciou-se com a unidade localizada no bairro Jardim das Américas, concluído em 30 de setembro de 2021.
Com a reinauguração das lojas sob a nova bandeira Nacional, culminou na extinção total da rede Mercadorama, fazendo com que ela sumisse do mapa de vez.
Conforme apurado pelo TV Foco, o supermercado Nacional ainda está ativo. Porém, no fim de 2023 foi anunciado que em janeiro deste ano, 4 lojas da rede estavam programadas para encerrar suas atividades.
De acordo com a Agência GBC, o Carrefour informou que essa medida foi tomada para otimizar o seu portfólio e que, nesse sentido, algumas dessas lojas seriam convertidas em outras bandeiras*
(Para saber mais sobre essa reestruturação do Carrefour, clique aqui)
2- Peg-Pag
Inaugurado em dezembro de 1954, em São Paulo, por Raul Borges e Fernando Pacheco de Castro, o Peg-Pag foi outro supermercado que marcou a vida de milhares.
Depois de um período de rápida expansão, nos anos 50, o Peg-Pag deu uma pausa, optando por consolidar a sua liderança no mercado paulistano.
Mas em março de 1963, ele conseguiu chegar ao Rio de Janeiro, com a abertura de uma unidade no bairro Ipanema.
Nos 13 meses seguintes, abriu mais lojas, nos bairros Leblon, Copacabana e Grajaú.
Em agosto de 1965, a rede instalou uma loja-âncora no Shopping do Méier, o primeiro autointitulado estabelecimento do gênero no país.
Foi ai que o GPA (Grupo Pão de Açúcar) passou a ser forte concorrente da rede.
Nesse período, foram instalados circuitos internos de televisão nas lojas para a promoção de mercadorias, inédito no país.
Além disso, a rede abriu o capital, sendo a primeira realizada por uma empresa do setor no Brasil. A partir de 1970, as ações Peg-Pag OP passaram a ser negociadas nas bolsas de valores do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Mas após o inicio da década de 70, o Peg-Pag passou com alguns problemas financeiros.
De acordo com o portal Wikipédia, após meses em negociação, a Souza Cruz assumiu o controle acionário do Peg-Pag e se tornou titular de suas 36 lojas, em janeiro de 1973.
Ainda naquele ano, ela era a quarta colocada no ranking do setor, com 10,22% das vendas totais dos dez maiores do ramo, mas caiu para o nono lugar, em 1978, com sua participação reduzindo para 5,73%.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido entre 1973 e 1977 atingiu a média de 12,06% negativos.
Na última temporada daquele período, o prejuízo foi de 27 milhões de cruzeiros, equivalente a 1,7 milhão de dólares.
Engolido pelo Pão de Açúcar
Foi aí que em julho de 1978, o Peg-Pag foi engolido novamente ao ser vendido para seu principal concorrente: O Pão de Açúcar.
A compra foi estimada em 250 milhões de cruzeiros. Após isso, os balanços voltaram ao azul; entre 1978 e 1980, houve uma rentabilidade média sobre o patrimônio líquido de 12,87%.
No início da década de 80, o seu capital foi fechado e, mais tarde, as lojas originais ganharam a bandeira Pão de Açúcar.
Qual outra rede de supermercado foi vendida ao Pão de Açúcar?
Por fim, nós temos o terceiro da lista dos supermercados extintos: O Supermercado Sirva-se.
Ele foi fundado ainda em 1953, um ano antes do Peg-Pag. De acordo com o portal São Paulo in foco, ele foi noticiado pelo Estadão como o primeiro supermercado da história de São Paulo.
Pelos registros do jornal, ele ficava na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Santos.
Ainda segundo o jornal, no começo os fregueses perguntavam sobre o “aluguel dos carrinhos” ou se havia “necessidade de comprar ingresso para entrar no estabelecimento”.
Podemos dizer que ele deu o ponta pé inicial para o começo do fim das vendinhas da cidade e o início da era das grandes redes, que facilitam nossa vida até hoje.
Conforme exposto pelo portal Lembraria, nos anos 60 ele foi vendido ao Pão de Açúcar, que mantém a matriz aberta até hoje, quase na esquina da Consolação com a Alameda Santos).
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.