Um dos maiores investimentos da Rede Record acabou tendo as transmissões encerradas e o sinal cortado
A Record, conta com 70 anos de história, sendo um dos canais mais antigos em atividade no Brasil. Em uma trajetória tão longa, a emissora atravessou diversos momentos importantes para a mídia. Porém, um investimento no passado não deu certo como era esperado, um canal comprado pela rede acabou cedendo à crise e tendo as transmissões encerradas.
Fundada em 8 de agosto de 1994 por Roberto Montoro, a ‘Rede Mulher’ nasceu com a proposta de oferecer uma programação voltada especialmente para o público feminino. Inspirada pelo sucesso da ‘Rádio Mulher’, que contou com presença da lendária Hebe Camargo entre suas vozes, a Rede Mulher rapidamente conquistou seu espaço na TV brasileira.
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Segundo o site ‘Wikipédia’, a Rede Mulher foi adquirida pela Record no dia 15 de abril de 1999, mas teve um triste fim. O custo rendeu um verdadeiro estouro aos cofres do bispo. Na época, a Rede Família, ligada à Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, investiu alto, com gastos em torno de US$ 1 milhão no lançamento do canal.
O conteúdo mesclava entretenimento e jornalismo, onde a grade era dividida entre moda, beleza, culinária, saúde, e notícias. Porém, houve uma reformulação depois dos novos donos. Disponível na televisão a cabo, a emissora passou a apresentar também uma programação com política e economia. E isso se manteve durante 5 anos, até começarem os problemas.
O que aconteceu com a Rede Mulher?
No mês seguinte a compra da Record, a Rede Mulher passou por uma série de mudanças nos bastidores, incluindo alterações na gestão e na programação. O investimento milionário da Igreja Universal do Reino de Deus trouxe consigo uma nova visão para a emissora, com um foco maior em conteúdos alinhados aos princípios da igreja.
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Em maio de 1999, a Igreja Universal do Reino de Deus retirou alguns programas do ar devido a conflitos de conteúdo com seus princípios. Pouco depois, a sede da Rede Mulher acabou sendo transferida para as instalações antigas da Rede Record, em Moema. Marcando uma integração mais estreita entre as duas emissoras.
A emissora também inaugurou um departamento de jornalismo no início de 2001. No entanto, em dezembro de 2004, a Rede Mulher enfrentou um processo de racismo junto a Record na 5ª Vara Cível Federal, devido à exibição de programas considerados ofensivos para religiões afro-brasileiras.
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Na época, a emissora, que se defendeu alegando que os “programas são de responsabilidade de quem os produz”, teve que lidar com o desafio de enfrentar um baixo desempenho no IBOPE, o que fez o Grupo Record tomar uma medida radical. Assim, o grupo decidiu lançar o canal Record News, um canal de notícias 24 horas por dia.
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No último suspiro da Rede Mulher, à meia-noite do dia 27 de setembro de 2007, o programa “Realidade Atual” marcou o fim de uma era. Seguido por uma contagem regressiva para o lançamento da Record News. Dessa forma, o canal teve o sinal cortado e as transmissões encerradas, devido à substituição pelo jornalístico.