O adeus de carro amado que acabou sendo engolido pela concorrência
Manter o controle e estabilidade de uma grande empresa no Brasil, sem dúvidas, não é uma tarefa fácil. O fato é que, qualquer momento de oscilação na economia pode provocar uma grande desordem e ocasionar o fracasso.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Seja lá qual for o segmento, conquistar o queridismo dos clientes não é algo simples, principalmente pela concorrência acirradíssima em todas as áreas. E por falar nisso, foi essa a situação que um carro tradicional no território nacional viveu após não resistir a concorrência.
Estamos falando do Romi-Isetta, veículo que foi lançado no Brasil no dia (05) de setembro de 1956. Nascido na Europa no final dos anos de 1940, o automóvel urbano de tamanho compacto ficou com a fabricação a cargo das Indústrias Romi, famosa pela produção de tratores, em Santa Bárbara D’Oeste (SP).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Possuindo apenas 2,28 metros de comprimento e 1,38 m de largura, o carro caiu nas graças do público, principalmente, artistas. Ao todo, cerca de 3.000 unidades ganharam as ruas brasileiras ao longo dos cinco anos de produção.
O sucesso parecia absoluto, porém, o Romi-Isetta se viu no meio de uma grande POLÊMICA. O motivo? Acontece que existia a dúvida se o carro era considerado ou não um automóvel.
Para Claudio Romi, diretor da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), o Romi-Isetta era sim um automóvel. “De início, o Brasil não tinha regulamentação. Entretanto, o Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA) criou novas regras.”, disse.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Dessa forma, para que recebessem benefícios do governo de Juscelino Kubitschek (empossado Presidente da República em 1956), os veículos precisavam ter duas portas e duas fileiras de bancos. E não tínhamos”, completou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O que aconteceu com o Romi-Isetta?
Sem incentivos, o veículo teve o preço duplicado e passou a não ser tão vantajoso quanto os outros modelos do mercado, como o DKW-Vemag. Assim, o Romi-Isetta não resistiu a concorrência e acabou saindo de linha em 1961.