Tradicional marca de chocolates teve falência decretada após se afundar em dívidas e enfrentar crise
E uma fábrica GIGANTESCA, amada por muitos brasileiros, em meados de fevereiro de 2023 acabou tendo sua falência decretada após se afundar em dívidas e enfrentar situações adversas.
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Estamos falando da memorável marca de chocolates Pan, que marcou a vida de milhares de brasileiros entre os anos 80 e 90, deve lembrar com muito carinho da mesma, que tinha como identidade doces em formatos divertidos e que mexiam com o imaginário da maioria.
Vale dizer que a mesma iniciou no mercado lançando os polêmicos cigarrinhos de chocolate, ainda na década de 40, o que foi um grande frenesi na época, mas que também foi alvo de polêmicas na década de 90.
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Pois é, de acordo com o G1, infelizmente essa icônica fábrica teve sua falência decretada, no dia 27 de fevereiro deste ano de 2023, pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem de São Paulo.
Uma série de problemas …
Ainda segundo com o G1, a empresa já estava em recuperação judicial desde o ano de 2021 e havia entrado com pedido de autofalência na Justiça, na 1ª RAJ (Região Administrativa Judiciária) do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), no dia 13 de fevereiro de 2023.
Ela ainda chegou a esse extremo após reconhecer a incapacidade de continuar operando e honrar as dívidas, que chegavam na casa de R$ 300 milhões.
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1-Não resistiu
Apesar da Pan ter pedido um prazo de mais 90 dias para tentar se recuperar, como tantas outras empresas, acabou não resistindo e, como mencionamos, teve sua falência enfim decretada.
Sendo assim, a administradora judicial deu inicio ao encerramento definitivo da fábrica e seguiu vendendo os ativos restantes para conseguir pagar os credores.
Segundo o que a própria empresa declarou, a pandemia foi fator determinante que dificultou ainda mais o cenário catastrófico.
2-Demissão em massa
Obviamente, a demissão em massa também foi inevitável, e mais de 50 funcionários acabaram sendo “jogados” na rua,
Inclusive, assim que saiu a sentença de falência, alguns funcionários da empresa pediram mais três meses a justiça afim de apresentar um novo plano para salvar seus empregos.
Ainda de acordo com o G1, um grupo deles emitiu uma nota pública sobre a situação na época:
“Nós, colaboradores da Chocolate Pan, com tudo que está sendo noticiado, queremos lutar pelo nosso emprego. Queremos manifestar nossa vontade na continuação da empresa”– Iniciou eles que continuaram:
Acordamos todos os dias cedo e estamos aqui trabalhando, produzindo e vivendo o dia a dia da empresa. Onde é nosso ganha-pão e queremos tornar pública nossa manifestação da empresa continuar operando”.
A ideia era aproveitar a Páscoa e o Dia das Mães para se reerguer, mas a Justiça foi irredutível na sua decisão. Diante desse cenário nada promissor, muitos funcionários chegaram a protestar pelos seus direitos trabalhistas e cobraram os pagamentos referente as rescisões.
3- Situação ainda mais grave
Fora isso, a empresa não recolhia impostos da forma correta há mais de 20 anos, o que justifica ainda mais a situação, em nota a administradora declarou:
“Há mais de 20 anos a recuperanda (Pan) não paga seus impostos regularmente, conduta que já foi considerada em outras oportunidades como fraudulenta e contumaz. Também há “insuficiência de caixa e a impossibilidade de regularização do passivo, fato que compromete, irremediavelmente, seu soerguimento”
4-Manifestação dos clientes
Segundo apurações feitas pelo TV Foco, as redes sociais oficiais da empresa não publicam mais nada desde dezembro de 2022.
Inclusive os clientes acabaram deixando comentários nas últimas postagens lamentando a falência desse ícone que até hoje vive no imaginário de muitos.
Mas como ficou a situação das instalações da fábrica?
De acordo com o portal Folha de S.Paulo, a antiga fábrica da Chocolates Pan, foi colocada a leilão em agosto de 2023, mas na época não havia recebido n nenhum lance, sendo esnobada por completo em menos de 20 horas do fim do certame.
Avaliado em mais de R$ 105 milhões, o complexo industrial tem 10.432 m² e está localizado na cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.
Segundo o que foi divulgado pela Positivo Leilões, os recursos obtidos com a venda serão usados para pagar credores e dar uma destinação útil ao imóvel para a sociedade.
Apesar das dívidas milionárias citadas no inicio desse texto, ao que tudo indica, caso surja um eventual comprador ele receberá o complexo industrial LIVRE DE QUAISQUER DÉBITOS*
*Para saber mais sobre esse assunto clique aqui”
Mas agora, no dia 15 de setembro, de acordo com o Diário do Comércio, O Grupo Cacau Show ofereceu R$ 70 milhões, com entrada de R$ 17,5 milhões e o saldo em 30 meses.
Fora isso, outros dois lances foram dados:
Um lance de R$ 65 milhões, pagos à vista, da DGD Participações Ltda e um da Construtora Patriani, de Santo André, que também ofertou R$ 70 milhões à prazo, mas condicionada a uma diligência técnica/ambiental para avaliar se seria possível construir prédios residenciais no local.
Agora a Justiça irá avaliar as propostas e homologar o vencedor.