Plano de saúde, considerado um dos maiores rivais da AMIL, teve um fim devastador no ano de 2023 o que deixou milhares de clientes em alerta com a situação
No dia 07 de abril de 2024, uma das maiores seguradoras de saúde do país, vista como maior rival da AMIL, acabou anunciando o seu “adeus” deixando milhares de segurados impactados.
Estamos falando da Allianz que informou sobre uma nova fase e a pretensão em concentrar a sua atuação nos segmentos de Ramos Elementares e Vida.
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De acordo com o portal Consumidor Moderno, esse movimento ocorreu após a companhia concluir o processo de aquisição das operações de Automóvel e Massificados da SulAmérica, por R$ 3,2 bilhões, resultado de uma das mais importantes transações do mercado de seguros nacional e o maior investimento do grupo no Brasil.
Firmando compromissos
Na ocasião, a seguradora comunicou que permaneceria invicta quanto ao seu compromisso em oferecer serviço e proteção de excelência aos seus clientes e segurados, dizendo que em saúde é necessário ter escala para oferecer o nível de serviço que gostariam.
A seguradora, por sua vez, alegou que oferecia apenas a modalidade empresarial e detinha 0,2% do market share deste setor, segundo dados da ANS.
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Sendo assim, a companhia deixou de comercializar o produto no dia 7 de abril de 2023 e informou que tudo ocorreria de forma estruturada.
Em junho de 2023, a Allianz passou a cancelar gradativamente os contratos dos clientes, conforme eles foram completando 12 meses.
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Preocupação no mercado e revolta de clientes
A operadora possuía cerca de 35 mil clientes e especialistas olharam com preocupação para essa notícia. Isso porque além do impacto que a decisão teria sobre os beneficiários do plano, o próprio mercado como um todo seria afetado.
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Ainda de acordo com o portal mencionado acima, com a saída da Allianz, o setor, que já é muito concentrado e dependente de poucas empresas, sofreria ainda mais com a baixa concorrência.
Rafael Robba, especialista em direito à saúde do escritório Vilhena Silva Advogados, em entrevista concedida ao portal Consumidor Moderno, alertou que desde janeiro de 2023 a Allianz vinha dando um “adeus” sem justo motivo a uma série de contratos coletivos.
Alguns desses casos inclusive foram parar na Justiça, porque clientes com tratamentos em andamento, se viram sem alternativas.
Para o advogado, os mais impactados com a saída da Allianz do mercado foram os próprios beneficiários com mais de 60 anos e aqueles que estão no meio de tratamentos.
Isso porque, com o cancelamento dos contratos eles encontrariam dificuldades de serem aceitos por outras operadoras.
O especialista em direito à saúde ainda explicou que em casos como o da Allianz, ao ter o contrato cancelado, o consumidor possui o direito de optar por trocar de plano usando a portabilidade de carência.
O declínio na saúde …
Segundo uma publicação do Valor Econômico, publicada em maio de 2023, uma deterioração do setor de saúde tem sido um fato mais que aparente.
Segundo o jornal, após três anos de pandemia, empresas de saúde perderam valor, venderam imóveis e estão negociando dívidas.
Segundo o especialista em direito à saúde mencionado acima, a discussão é complicada porque existe uma falta transparência nos dados das operadoras.
Ele ainda afirmou que os planos se beneficiaram com a pandemia, além de apresentar um aumento significativo do números de beneficiários e ao mesmo tempo uma queda de utilização dos serviços. o que gerou um acúmulo de lucro para essas empresas.
O número de beneficiários de convênios médicos cresceu em mais de 3 milhões desde a pandemia.
De acordo com a ANS, em fevereiro de 2023, o setor totalizou 50.335.453 de usuários em planos de assistência médica e 30.732.848 usuários de planos odontológicos, mantendo a sequência de recordes históricos pelo 13º mês consecutivo no segmento.
Nos planos médico-hospitalares, em um ano, houve crescimento de 1.312.310 beneficiários, comparando com os números de fevereiro de 2022.
Apesar do aumento recorde da sinistralidade em 2022, a tendência é que esse índice se estabilize e que é preciso esperar a volta total de uma certa normalidade para fazer uma avaliação mais profunda do setor.
Uma coisa não dá para negar, o consumidor está cada vez mais insatisfeito com os planos de saúde e as reclamações só aumentam e os principais temas das queixas são negativas quanto ao tratamento, rescisão de contrato imotivada e reajustes extremamente elevados.
Qual foi a manifestação da Allianz?
Em nota, a Allianz afirmou que concentraria sua atuação no mercado de seguros de vida e de ramos elementares, relativos a garantia de perdas e danos.
Como mencionamos acima, esse foi um dos principais motivos que fizeram a companhia a deixar de ofertar seguro saúde para comercialização ao mercado de no dia 7 de abril de 2023.
Segundo a empresa, o processo de descontinuação do produto está sendo realizado de forma organizada e estruturada, respeitando as partes envolvidas:
“O compromisso da Allianz é oferecer serviço e proteção de excelência aos seus clientes e segurados. No setor de Saúde, a escala é fundamental para promover o nível de serviços que a companhia prima por oferecer. Desde sua criação, o produto Saúde é voltado exclusivamente ao segmento empresarial e, atualmente, a Allianz Saúde detém 0,2% do market share deste setor, segundo dados da ANS”
A Allianz, que atua há 115 anos no Brasil, afirmou manter seu comprometimento com o País, onde tem uma estratégia de longo prazo.