Fim após décadas no ar: O adeus de emissora gigante, rival da Band e demissão em massa cravada

Emissora gigantesca confirmou seu fim, após décadas no ar e situação culminou em demissão em massa

No dia 31 de agosto de 2023, uma grande emissora de rádio acabou tendo seu fim decretado após décadas no ar, o que pegou muitos ouvintes de surpresa.

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Estamos falando da Rádio Pelotense 620 AM, rival da Rádio Bandeirantes, da Band, cuja qual foi inaugurada no dia 6 de junho de 1925.

A rádio possuía 98 anos de trajetória, sendo considerada a emissora mais antiga do Rio Grande do Sul.

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Crise, dívidas e demissão

De acordo com o portal Coletiva.net, os motivos para o fechamento estariam ligados à venda do terreno onde está instalada a antena AM e à falta de finalização do processo de migração para o FM.

Além disso, a empresa acumulava dívidas de mais de R$13 milhões, conforme o Balanço Patrimonial de 2022. 

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O encerramento da rádio foi confirmado por uma funcionária da administração, assim como um colaborador e um ex-empregado do veículo que segundo o portal não quiseram se identificar.

Conforme explicou um comunicador atuante, a direção negociou o local onde fica a antena, situado em uma área nobre de Pelotas, na entrada da Praia do Laranjal:

“Começaram a tramitar para passar ao FM, só que, entre entregar o terreno e concluir o processo, não houve tempo hábil.”

Conforme o profissional, a gestão da rádio afirmou que continuaria tentando passar para o FM ma avisou os integrantes do fim da mesma e demitiu todos os funcionários.

Os avisos prévios começaram a ser dados ainda no final de julho de 2023.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Radialistas do Rio Grande do Sul, Ricardo Malheiros, foram mandados embora 11 os radialistas.

Inclusive o dirigente se dirigiu no dia 31 e 1 de setembro de 2023, para acompanhar e dar todo o suporte nas homologações no término da atividade. 

Malheiros disse ter se envolvido com a questão, inclusive tentando ajudar com contatos do Ministério das Comunicações (MCom) para o suporte na regularização na nova frequência.

Afinal, o diretor-geral, Paulo Luiz Barcelos Góz, e a diretora administrativa, Luciana Fonseca De Góz Markus, revelaram que não os entregaram a concessão.

Ainda de acordo com o líder sindical, ambos estavam há mais de um ano tentando realizar a migração. 

Manifestações

Existia até uma especulação sobre interessados na compra da rádio, mas não foi possível confirmar a informação com os diretores.

Ainda de acordo com o Coletiva.Net, ao tentar contato com a Luciana, os mesmos não obtiveram retorno.

Houve também a tentativa de ouvir o presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e TV do Rio Grande do Sul (SindiRádio), Roberto Cervo Melão, também sem sucesso.

Fora isso, na época, o SindiRádio afirmou que não se manifestaria.

Fora isso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) estava acompanhado a tramitação, apesar de não ter participação direta no processo dos profissionais, por conta da falta de sindicalizados na Pelotense.

Conforme a diretora Niara de Oliveira, o último vinculado ao Sindjors foi desligado alguns meses após a rádio ter encerrado o departamento de Jornalismo e Notícias, em março de 2022.

No total foram 11 funcionários demitidos, Niara ainda lamentou o ocorrido com a rádio e demais meios da mídia:

“Comecei a apuração porque é lamentável ver veículos tradicionais fechando”

la ainda adiantou que ainda conversaria com os compradores do terreno e com a herdeira da rádio para ter mais detalhes. 

Como foram as reações de funcionários após o fim da Rádio Pelotense?

De acordo com fontes exclusivas do Coletiva.Net, o clima na redação ficou péssimo após a notícia do fim da emissora.

Sabendo que o veículo encerraria as atividades em breve, os colaboradores enfrentavam a falta de motivação para trabalhar:

“É como um paciente que vai deixando de ter os os seus órgãos funcionando aos poucos. É bem complicado mesmo”

Foi apurado que os primeiros avisos foram cumpridos com dois operadores de áudio – um deles também é locutor e plantonista esportivo: “Começou o velório, com os primeiros saindo de fato“

Segundo o comunicador, que reside no município, a comunidade local também está triste e reagiu “pessimamente”.

Segundo ele a rádio era líder no segmento do esporte e muito forte na região com uma programação bem tradicional: “As pessoas estão muito acostumadas a ouvir os mesmos programas e os mesmos locutores há anos”