“Tomamos uma decisão”: O fim de serviço popular da Petz no Brasil e 82 unidades atingidas diante de escândalo

Serviço extremamente popular no setor pet acabou sendo extinguido pela PETZ em 82 unidades em todo país após um escândalo vir à tona

O mercado dos pets cresceu e muito nos últimos anos e demonstra uma tendência consistente de crescimento, mesmo diante de tantos desafios econômicos globais, ainda mais envolvendo grandes varejistas nacionais e internacionais.

Podemos dizer até que durante a pandemia da COVID-19 vieram grandes mudanças significativas nos padrões de consumo e estilo de vida das pessoas, o que desencadeou um aumento no número de animais de estimação adotados* (Como iremos explicar ao fim dessa matéria).

Com isso não é de admirar que nomes como a Petz entre tantos outros, tenham ganhado cada vez mais evidência, seja pela credibilidade ou variedade, a empresa costuma receber milhares de consumidores diariamente, oferecendo o que há de melhor em produtos e serviços.

Porém, no ano de 2019, uma ação dessa gigante chocou o setor ao colocar fim em um serviço que muitas pessoas enxergam como popular.

Denúncia e escândalo

De acordo com um comunicado emitido pela própria Petz, no mês de fevereiro de 2019, a empresa colocou fim na venda de filhotes nas 82 unidades espalhadas pelo país após o escândalo de uma denúncia feita aonde apontava a irregularidade do canil Céu Azul, em Piedade (SP), na época.

Esse pronunciamento sobre a nova política adotada pela Petz veio por meio da rede social, do Presidente da Petz, Sérgio Zimerman.

“Ao nos perguntarmos sobre a possibilidade desse tipo de episódio vir a se repetir, chegamos à conclusão que o nosso processo era 99% seguro. Ocorre que 99% não é 100%. E se há a menor possibilidade de isso acontecer de novo, então não serve. Tomamos uma decisão: a partir de agora, as 82 lojas do grupo Petz espalhadas pelo Brasil não comercializarão mais cães e gatos” – Disse ele na época.

Ainda de acordo com a Petz, a venda de filhotes era realizada desde a inauguração da empresa, há 16 anos. Isso porque a maneira como cães e gatos eram comercializados nas ruas incomodava a visão da empresa:

“Fosse em porta-malas de carros, em feiras em praças públicas ou em postos de gasolina na beira de estrada. Decidimos então trazer essa comercialização para dentro das nossas lojas para que houvesse um processo mais controlado e mais ético”

Solução encontrada

Porém, no dia 13 de fevereiro de 2019, a Política Militar Ambiental recebeu uma denúncia anônima sobre a irregularidade do canil Céu Azul, de Piedade (SP), com quem a Petz possuía uma parceria. Mais de 1,5 mil animais foram encontrados no local e resgatados por uma ONG.

Após essa denúncia, a Petz tomou a decisão de fazer a doação de cercados, tapetes higiênicos e dezenas de caixa de transporte que estavam sendo necessárias.

Além dessa doação, Sérgio reiterou, em rede social, que a Petz colocou toda a rede de hospitais e clínicas do grupo Petz e do grupo Seres à disposição do instituto Luisa Mell para os atendimentos clínicos que se fizerem necessários desse resgate, além de eventuais cirurgias de castração.

No dia 20 de Fevereiro, a Petz veio à público mais uma vez para anunciar a extinção da venda de filhotes de cachorro e gatos em suas unidades.

O espaço que anteriormente era utilizado para a comercialização agora será destinado a ONGs e protetores independentes da causa animal para promover eventos de adoção, permanentes ou temporários.

Veja o pronunciamento de Sérgio na íntegra:

“Os últimos dias trouxeram para a Petz uma situação inédita em nossos 16 anos de história. O caso do canil de Piedade nos mostrou que, apesar de inúmeros esforços, não é possível garantir que todos os parceiros tenham a mesma preocupação que nós com o bem-estar animal. Não vamos mais expor filhotes a venda.

Com isso, nós seguimos nosso compromisso visando acima de tudo o bem-estar animal, promovendo adoção de cães e gatos em todo o país. A Petz tem muito orgulho de ser o maior doador de pets do Brasil, com mais de 50 mil caninos e felinos doados”

Vale dizer que a adoção de ajudar a diminuir a população de cães e gatos nas ruas, você ainda ganha um mais um membro cheio de amor e carinho na sua família.

Ter em casa um cachorro ou um gato pode ser muito benéfico para sua vida porque além de ótimas companhias, o convívio com esses animais cria vínculos de afeto e confiança.

Segundo os dados de uma pesquisa do Instituto Pet Brasil (IPB), a população mundial de pets aumentou cerca de 1,7% em 2020, em comparação ao ano anterior (2019), em especial de cães (2,1%) e gatos (3,1%).

E como mencionamos no inicio desse texto, a procura por adoção de animais aumentou 400% durante os primeiros meses da pandemia, de acordo com dados da União Internacional Protetora dos Animais (UIPA).

Outra pesquisa realizada este ano pelo Radar Pet mostrou que cerca de 30% dos animais adotados foram adquiridos durante o período de isolamento social, com predominância de adoção de gatos.

O estudo mostrou, ainda, que 23% das pessoas adquiriram seu primeiro pet durante a pandemia.

MAS ATENÇÃO! Antes de adotar, a pessoa tem que pensar muito bem para que haja uma adoção responsável e consciente.

É imprescindível planejar a questão financeira, a administração do tempo, o fator psicológico e o mais importante: é preciso evitar agir por impulso. É necessário se programar bem, pois é uma vida que dura em média de 10 a 15 anos.

Importância da Petz:

Inaugurada ainda no dia 17 de agosto de 2002, ainda com o nome de Pet Center Marginal, a rede Petz mantem em sua essência o DNA empreendedor e visionário, expandindo sua atuação e fortalecendo cada vez mais a conexão com apaixonados por pets.

Sempre antenada e pioneira em suas iniciativas desde a fundação, em 2003 ela tornou-se a primeira pet shop do mundo com atendimento 24 horas.

Qual a situação da Petz atualmente?

Atualmente a Petz está ainda maior do que sempre foi. Isso porque em abril de 2024, a mesma anunciou a fusão com outra gigante do setor, a Cobasi, como podem ver através desse link*

Vale destacar que a Petz, do empresário Sergio Zimerman, nasceu após uma tentativa fracassada de ser um franqueado da Cobasi.

De acordo com o portal InfoMoney, a solução foi abrir sua própria loja, no ano de 2002. Em 2023, a empresa registrou receita bruta de R$ 3,8 bilhões, em 249 lojas. A Cobasi, por sua vez, reportou receita de R$ 3,1 bilhões, com 234 lojas. Agora, Zimerman conseguiu finalmente unir sua trajetória à da Cobasi.